MEIRELLES E A SAÍDA!
Finalmente, aquilo que já era esperado, ou seja, o que já fazia parte do “script” na cabeça de Lula, começou a se desenhar para o “distinto público”. Desde o momento em que Lula botou na cabeça que a candidata a presidente seria Dilma Rousseff, ele começou a engendrar uma maneira de, além de garantir minutos preciosos de TV do PMDB bem como um apoio parcial do maior partido do País, criar a possibilidade de gerar um candidato a vice, do PMDB, sem os estigmas do grupo de Michel Temer. Porém, na sua cabeça, para vender uma “ex-guerrilheira” ao País, seria necessário fazer com que agregasse um acompanhamento mais palatável, principalmente para os segmentos conservadores do País.
Para tanto, era necessário “envolucrar” Dilma com uma candidatura a vice capaz de, mesmo o país confiando em Lula, assegurar que, mesmo sem Lula presente, o compromisso assumido de estabilidade sem sobressaltos, seria mantido. E foi aí que Lula inventou a sua nova Carta aos Brasileiros, versão 2010, revista e atualizada, na figura de alguém que, ao lado de Dilma, desse a garantia de que as bases da política econômica contariam com um guardião confiável e respeitável e, por mais que Dilma pudesse vir a ser monitorada pelo PT, tal figura “seguraria as pontas” e daria o aval necessário para que se acreditasse que nenhum solavanco, de vulto, ameaçasse as bases da economia brasileira. E esse alguém, com muito carinho e dedicação, foi trabalhado para assumir tal papel e ser colocado, para julgamento da opinião pública, no momento o mais oportuno possível. Fê-lo filiar-se ao PMDB e, também, dizer a todos e a tudo, que se manteria no governo até o final do período lulista. Assim foi “inventado” Meirelles para colocar, “goela abaixo” dos dirigentes do PMDB, como o “seu” candidato a vice de Dilma. E, como ficarão os donos do partido? Mas que partido, perguntarão os que conhecem o DNA do PMDB? Se o partido já está e sempre esteve mais do que partido e repartido? Vão, os espertos dirigentes nacionais do PMDB ter que “engolir” o que o sapo barbudo inventar para vice de Dilma, porquanto, amanhã, segundo antecipam as más-línguas, sairá uma nova rodada de pesquisas onde Serra deverá cair mais um pouco, o que coloca Lula, com a “faca e o queijo” na mão para dizer para o PMDB: “é pegar ou largar do jeito que eu oferecer”. E, ao lado de alguns mimos do tamanho moral do partido, dobrar as “espinhas” mais rígidas do partido.
Aí então, Meirelles será ungido vice de Dilma, o empresariado e a classe média conservadora ficarão atendidas e, a própria comunidade internacional, não verá Dilma como um perigo iminente. É esperar para ver o que vai acontecer!
Realmente foi uma jogada muito esperta. Não acredito que tenha saido da cabeça do presidente a entrada do Meirelles no PMDB. Isso não é coisa do Zé?