PARA ONDE VAMOS?

A Europa está em crise. Os efeitos deletérios da crise dos grandes especuladores financeiros mundiais ainda abalam a Velha Senhora. A Grécia vive o seu momento mais crítico, embora a União Européia tenha resolvido enfrentar o desafio de tentar reorganizar as suas finanças e superar a sua crise estrutural. 30 bilhões de euros é o tamanho do apoio para superar o “imbróglio” dos gregos. Mas, vale por toda contribuição civilizatória.

Se os gregos estão em crise, o Leste Europeu também enfrenta situação crítica e difícil. Não só a bela República Tcheca, a Polônia e a Hungria, mas o restante do que sobrou dos escombros da parte “bolchevique” da Europa, sofre, penosamente, a crise econômica mundial.

E ainda não se sabe como os problemas de Portugal e da Espanha serão enfrentados. Portugal amarga um desemprego de 10,3% diante de 8,7% da União Européia e 3% da Noruega. Mesmo que os índices de desemprego não sejam tão altos, embora os da Espanha atinjam mais de 19%, segundo os opositores do governo, o quadro de crise é preocupante. Não obstante tal situação, recentemente, Zapatero apresentou plano de recuperação econômica e do emprego na Espanha. Tal proposta está inspirada e assemelhada a um conjunto de medidas que o governo austríaco adotou que, segundo a crônica internacional, tem o jeito de uma proposta que deve garantir o enfrentamento do desafio de superação da crise econômica internacional.

Na verdade, a grande dúvida que ainda persiste no ar é que mesmo diante de todo esforço para sanear o sistema financeiro internacional, as “bolhas” que ainda persistem talvez não tenham sido “espocadas” bem como as regulações cobradas ainda não tenham sido redefinidas para impedir que novas crises com a dimensão desorganizativa da última que o mundo enfrentou, venha a surgir. Obama, de forma muito confiante, afirma que os Estados Unidos superaram a grande crise e que já retomaram o crescimento e o emprego. A China, novo motor da economia mundial, deve crescer a uma taxa superior a 9% e rejeita qualquer idéia de desvalorizar o seu “yuan”. O Japão dá sinais de que pode estar saindo do seu impasse, qual seja, de continuar “patinando” sem conseguir crescer como esperado, a partir de uma retomada pequena, mas firme, de expansão de sua economia.

Daqui de Portugal, onde esse cenarista se encontra, acompanha, com vivo interesse, não apenas a avaliação do plano de recuperação econômica do Presidente Zapatero, da Espanha, como as negociações e proposições de Cavaco Silva, para superar o “imbróglio” português.
No mais, é só aguardar como as coisas andarão por esta terra brasileira, mesmo à distância, acreditando que, para o bem do país, o vaticínio do Fado Tropical se concretize e “que esta terra ainda vai se tornar um imenso Portugal” e, consequentemente, torcer para que a “pátria mãe gentil”, no caso, o nosso querido Portugal, saia da sua crise e continue a inspirar os brasileiros com os seus exemplos legados, não só do sincretismo religioso, da miscigenação racial e do acendrado amor pela pátria amada e idolatrada, conquistada pela luta e exemplo português, na busca e conquista da unidade territorial e linguística alcançada pelo Brasil.

Nenhum país dotaria uma colônia com tanta coisa boa, com tanto afeto e com tanto amor e carinho como o que Portugal legou ao Brasil. É por isto que, qualquer brasileiro de boa cepa, não deixa de torcer por um país que deu ao Brasil um legado de tanta relevância!