O QUE VAI PELO MUNDO!

Os conservadores voltam ao poder

Parece que, em todo o mundo, há uma espécie de ar de cansaço com os socialistas ou arremedos de socialistas. Só na América Latina, quem diria, a frente do mundo, os bolivarianos e seguidores da antiga ideologia marxista, tenta “envivecer” uma aposta sepultada nos final dos anos oitenta e noventa.

Na Inglaterra, os conservadores já se preparam para a volta ao poder. Já está prevista a conquista de mais de 40 assentos para os trabalhistas. Volta aos velhos tempos do Thatcherismo, sem Margareth Thatcher. É esperar para ver o que muda na política econômica européia, nas relações da Inglaterra com a Zona do Euro e nas relações do Reino Unido com áreas de tensão e stress no mundo, como o Irã, a Coréia do Norte, o conflito árabe-israelense e, principalmente, as relações do novo governo com Barack Obama. Talvez surja uma nova geopolítica e uma nova forma de discutir as relações com os poderes emergentes.

Os tumultos na Grécia!

A reação da sociedade grega tem sido muito pesada ao pacote de ajuda da comunidade européia e ao FMI para a recuperação econômica da Grécia. Os 110 bilhões de ajuda em euros vão exigir uma dura contrapartida de sacrifícios, não só no enxugamento do estado, no corte no valor das pensões e ainda ter que amargar uma redução do PIB de 4,6% este ano e 2,0%, pelo menos, no próximo ano. Porém, sem tais medidas e sem uma redução do déficit público dos 13,6% para os 3%, média dos compromissos dos países da zona do euro, muito difícil seria a superação do “imbróglio” grego. E a comunidade européia não faz isto pelos belos olhos dos gregos, mas para que a sua crise não contamine, em primeiro lugar, Portugal e, depois, a Espanha, representando uma nova crise econômica de repercussão, talvez, mundial!

Excepcional matéria sobre o Brasil!

O Financial Times, de Londres, traz um suplemento, na sua edição de ontem, sobre o Brasil. O mais importante da análise é a sua sobriedade onde nem desconsidera o que de válido se faz, mas não deixa de fazer advertências sobre problemas que advirão caso não sejam enfrentados, com celeridade, diligência e competência, os estrangulamentos logísticos ao crescimento econômico – rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, etc. – como a inviabilização das cidades não só no que toca à violência, ao trânsito, a falta de um modelo de transportes de massa, que supera a falência das cidades com a entrada, sem controle e continuada, de mais e mais veículos.

Além do mais, analisa a questão da favelização das cidades, a leniência e a falta de pulso firme para enfrentar o caos derivado dos problemas de habitações em área de risco, o controle das zonas pobres pelo tráfico, etc.

Trata, também, da questão do saneamento ambiental e chama a atenção para o fato de que o País não se deu conta de que os investimentos em saneamento básico reduzem, dramaticamente, os gastos com saúde. E, nos dias que correm, a contaminação hídrica mata milhares de crianças Brasil afora.

O exame crítico dos desafios que levanta até a indagação se o Brasil poderá estar pronto para fazer os dois grandes eventos mundiais previstos, a copa do mundo de futebol e os Jogos Olímpicos de 2016, representa uma advertência sobre a urgência que o governo atual e o próximo governo deverão adotar de medidas para enfrentar tais desafios, sob pena de que a meta de crescer, pelo menos, 4% ao ano nos próximos dez anos, seja totalmente sacrificada.