PÓS-JOGO BRASIL VERSUS COSTA DO MARFIM!

Este cenário, talvez por covardia ou por uma espécie de “wishful thinking”, temia a ousadia, a agressividade guerreira, a ginga e a habilidade dos bem preparados fisicamente, onze da Costa do Marfim.

De repente o Brasil joga, não o que os brasileiros desejavam e sonhavam, mas o suficiente para afastar os temores de que o Brasil pudesse ser surpreendido, como o foram a Espanha, a Itália e a Alemanha.

E aí o pessimismo desaparece e, mesmo discordando de Dunga, a gente começa a acreditar e a apostar no futuro da seleção brasileira. Reacende-se o sentimento de brasilidade e voltam os brasileiros a apostar na amarelinha.

E assim, até os problemas mais urgentes do País dão um tempo e convencem a todos de que tais problemas podem esperar, enquanto a euforia pelo nacionalismo de dimensão menor não passar.

Portanto, vai ser difícil estabelecer uma pauta de assuntos mais relevantes para a sociedade brasileira. Esta semana, nem o Congresso e nem os candidatos a presidente, por mais que se esforcem, conseguirão levantar qualquer tema que empolgue e que mobilize uma discussão nacional.