MIL DESCULPAS!
Uma incompetência gerencial no trato com as questões do mundo virtual privou o cenarista do contacto com os seus poucos e fieis leitores e, em consequência, os comentários feitos de sexta até hoje não foram ao ar. Assuntos relevantissimos como a aprovação da MP dos Portos e o trade-off que a viabilizou; o chocho discurso de Aėcinho na Convenção do PSDB e as auspiciosas notícias do lançamento exitoso de 11 bilhões de dolares de ações da Petrobras, na maior emissão de bônus de países emergentes nos últimos anos, já seriam novas para lá de alvissareiras. E, se se considerar o destravamento do setor mineral e o leilão prestigiado promissor de novos campos de exploração de petróleo do pré-sal, são notícias que diminuem o pesado clima de insegurança e incerteza do Pais até bem pouco. O desânimo parece que vai diminuir. Claro que tais notícias não devem reduzir as preocupações com a inflação, com a desindustrialização do Pais, com o pouco dinamismo da economia, com a pobreza da gestao do governo e nem com a cristalina incompetência do Planalto para negociar com o Congresso Mas, as boas notícias não devem ser olvidadas na avaliação das perspectivas do Pais. Mas, com mais ponderação e equilíbrio, amanhã o cenário estará de volta, com toda a força e entusiasmo!
O Cenarista não tem porque se desculpar. Registro apenas a dúvida quanto ao sucesso do lançamento de ações da Petrobrás. Devemos nos lembrar que a intervenção quase que irresponsável do governo no mercado da empresa, com a desculpa de conter preços (olha a maquiagem outra vez), fez despencar em mais de da metade o valor da empresa, o que mais que qualquer outra coisa tornou interessante aos olhos do mercado o lançamento dos papéis da empresa a preços quase que de aguarrás. Se o MPF e a PF quiserem saber quem ganhou com a manobra, basta ver quem vendeu antes da intervenção do governo e quem comprou agora os papéis da Petrobrás. Será que serão os mesmos de sempre?