QUANDO A NEGAÇÃO PODE SER UMA CONFIRMAÇÃO!

A Presidente Dilma afirmou, peremptoriamente, que não haverá reforma ministerial, pelo menos, por enquanto, máxime na área do comando da economia. Claro que a assertiva pode ser aceita, “in limine”, considerando que não é propósito seu renunciar ao seu mandato pois, como é público e notório, é ela que define todos os lineamentos das políticas, notadamente as medidas econômicas adotadas pelo País.

No entanto, tal negação tão incisiva, num sábado, parece com o que ocorre no futebol que, quando a torcida pede ou exige a cabeça do técnico, a primeira atitude dos dirigentes do clube é ir a pÚblico afirmar , peremptoriamente, que o técnico está mais sólido quanto uma rocha, contando com toda a confiança da diretoria e, no mais, são boatos sem base. E, no dia seguinte, ou o próprio técnico se demite ou é, sumariamente, demitido.

E, o que corre à boca pequena, é que, assim que sair a próxima pesquisa sobre a popularidade de Dilma, embora, segundo os petistas, não será mais que um “boato propagado por aqueles que apostam, no quanto pior melhor”, ela deverá cair mais dez pontos percentuais, aí ninguém conseguirá segurar a “troupe” petista que comanda a economia. Com certeza, ela cairá mesmo. E a coisa poderá até chegar a Luciano Coutinho, diante da matéria publicada na Folha deste sábado, mostrando os desacertos da política de investimentos e de participação acionária do banco o que, segundo analista, fragilizou, bastante, a entidade!
É difícil sustentar o “andar da carruagem”. As notícias sempre são as piores ou as que mostram perspectivas de piorar ainda mais, inclusive, contaminado as perspectivas para 2014, no que diz respeito ao cenário econômico!
Sem uma mudança no comando da economia, sem uma revisão crítica das políticas ora em curso e sem se definir, claramente, que será difícil segurar propostas destinadas a garantir o apoio à reeleição da Presidente e, ao mesmo tempo, apoiar aquelas objetivando reduzir a inflação, reposicionar os fundamentos da economia, estimular o investimento e garantir celeridade as ações do setor público.
Parece que, se não houver uma ação imediata da Presidente, o tombo pode ser pior do que o de Anderson Silva que, pateticamente e tristemente, foi derrotado ontem à noite, no UFC!