TUDO SE RENOVA, ATÉ O FUTEBOL CARIOCA!
Coisas estranhas passam a acontecer nesse “mundo velho sem porteira”. Depois de mais de sessenta anos, de domínio de uma mulher que, por sinal, já conseguia manter a tradição da outra Elizabeth e da Rainha Vitória, a nobreza e a monarquia inglesa vivem um momento singular com o nascimento do filho de William e de Kate Middleton, um terceiro na ordem sucessória da coroa britânica. Só que, agora, são três homens: Charles, William e, se fosse depender de David Beckham, o nome do terceiro na linha sucessória, seria, pelo menos, David! Mas, sabiamente, como os duques não são noveleiros e nem apaixonados pelo futebol, o nome do futuro rei da Inglaterra, é George Alexander e mais dez outros nomes!
Os súditos da Rainha Elizabeth II, estão em estado de graça com o nascimento do Príncipe de Cambridge, pois que, o jovem herdeiro vem com toda a tradição britânica, com a história novelesca de sua avó e com o ranço de quem assiste a avó querer superar o recorde de sua antecessora a frente do Império Britânico, quando reinou por mais de 63 anos!
Se não bastasse o nascimento do novo Príncipe, a visita do Papa ao Brasil, até o futebol carioca consegue, a duras penas, se renovar. O que se assiste agora é que, com a ajuda de um grande profissional que é o holandês Seedorf, o Botafogo é líder do Brasileirão e, o Flamengo começa a mostrar padrão de jogo, o Vasco vence o Fluminense e garante, pelo menos, três excelentes reforços e, o próprio Fluminense, terminada a ressaca das vitórias do ano que passou, deverá voltar a apresentar o bom futebol de alguns meses atrás.
Agora os brasileiros vão ter a chance, na véspera de mais uma Copa do Mundo, de assistir o renascer de clubes tradicionais do Rio, de São Paulo, de Minas, do Rio Grande do Sul, do Paraná e, pasmem, aqueles que estão nas primeiras colocações do Brasileirão, no caso o Coxa, o Bahia e o Vitória!
Vasco e Flamengo estão se reestruturando com o apoio de velhos ídolos, — no caso Juninho Pernambucano; Alex no Coritiba; Gilberto Silva, no Grêmio; Paulo Bayer, no Paraná, etc — ou, no caso de outros clubes, apoiados no compromissos de dirigentes menos marcados pela cobiça e a desonestidade!
Parece que, começa-se a descobrir a pólvora. O problema do futebol brasileiro é de gestão e de competência gerencial, além de afastar suspeições de uso indevido dos meios, dos profissionais e das negociações de passes de jogadores. Imagine o leitor se as escolinhas fossem recriadas, se a proposta que este cenarista fez de, o Governo Federal pagar, aos clubes tradicionais que tivessem e mantivessem escolinhas, com um mínimo de estrutura básica e garantisse ensino fundamental aos futuros craques, o que paga para manter um presidiário, provavelmente, o País daria um salto fenomenal nesse que o esporte mais democrático de todos.
Se, por outro lado, empresas fossem estimuladas a adotarem atletas olímpicos, pagando-lhes o treinamento e uma bolsa de manutenção, seria bem possível alcançar êxitos excepcionais nos jogos que se aproximam. Bem, mais isto é ainda sonho de uma noite de verão.
Amigo Asa,
Eu nunca respondo e sim aprovo os comentários seus, bastante lúcidos, objetivos e oportunos! Um abração amigo!
Renê,
Perdoe-me por não lhe ter respondido em tempo hábil. Estava viajando por terra, com Angélica , filhos e netos. Ví os comentários outros mas não o seu, marcado pela generosidade, fruto de uma amizade estabelecida na base do respeito e da admiração recíprocos.
Espero que você sempre faça os seus comentários, as suas críticas e apresente as suas sugestões. Um abraço a você, a Vera e a “tchurma”.
Uma divida de 700 milhões, em 240 meses, daria um prestação de quase 3 milhões por mes, considerando juros de 0%. Ou seja, impagável por qualquer clube brasileiro, nos atuais moldes de governança do esporte no país. Como o maior credor do embroglio é a União ou vamos ver o caos aumentando ou a viúva vai acabar tendo que entubar de graça ou esperemos que apareça um salvador da pátria que resolvera a situação num passe de mágica. Como parece que vai sobrar é pra viúva, só espero que pelo menos, os brilhantes legisladores produzam um novo modelo de governança do esporte, onde a gestão ruinosa – seja em clubes, associações, federações e confederações – aos interesses do esporte e do país, controlados pelo Ministério Público, seja considerada crime hediondo e inafiançável.
Concordo com os seus argumentos! A minha proposta da MP que propus era destinada a, amortizar a dívida e, simultaneamente, com a metade da dotação seria destinada ao programa de retirada das ruas decrua crianças carentes das ruas. Ou seja, seria um Refis para os clubes onde o clube, dispensadas multas e juros, a divida seria parcelada em 240 meses. Um terço pago pelo clube, um terço paga com uma parte dos recursos do programa das escolinhas e um terço assumido por um patrocinador oficial! Como o valor a ser pago por cada criança da escolinha seria igual o que se paga por um presidiário, o valor recebido, metade seria para pagar a divida e a outra metade para financiar o programa!
O atual modelo do futebol brasileiro está falido. Todos os clubes devem milhões , não pagam e ninguém é responsabilizado por isto. Qual governo vai ter a coragem de fechar algum grande clube no Brasil? A sua ideia do Governo Federal ajudar os clubes é muito boa, mas antes é necessário resolver o problema das dividas e das responsabilidades dos gestores dos clubes. No Flamengo os atuais gestores ao recebem o clube souberam que este devia certa de R$ 300 milhões, resolveram fazer uma auditoria e descobriram que na verdade a dívida é de mais de R$ 700 milhões. Como pagar isto tudo, apesar da enorme boa vontade dos atuais dirigentes?. Nos demais clubes a situação é parecida e uma séria auditoria apuraria uma dívida muito maior de todos. Enquanto isso a CBF e as Federações nadam em dinheiro.