A ERA DA INSANIDADE E DOS INSULTOS!

Alguém, crítico feroz dos lulistas, dilmistas e petistas, afirmou que a crise existencial, notadamente a insegurança que marca as atitudes, que invade as cabeças e os sentimentos dos atuais detentores do poder, em face da queda livre na popularidade de Dilma e das enormes dificuldades por que passa a economia brasileira, deve-se a algo bastante objetivo e pragmático.

Com a perda do poder, a pergunta que não quer calar é “como ficarão os órfãos dos “programas compensatórios de renda”, não aqueles legítimos beneficiários dos programas como o bolsa-família, a LOAS, a previdência rural, entre outros, mas aqueles outros que, pela militância, pela intimidade com o poder e pelo papel na defesa intransigente de Lula e do petismo, credenciaram-se a auferir as benesses do poder!

O que se discute é que, ao serem apeados do poder, retornando a planície e voltando a ser cidadãos comuns, como irão se virar os petistas e seus mais próximos, sem as sinecuras e as boquinhas, tão ao gosto de ideólogos, sindicalistas e de militantes do petismo?

Ou seja, onde o partido irá buscar empregos, pelo menos, para um milhão de militantes que, por certo, poderão vir a ser defenestrados do poder, após 12 anos de participação nesse grande banquete? Embora Friedman afirmasse “não existir lanche de graça”, o PT demonstrou, à saciedade que, diferentemente do que pensava o direitista Friedman, era possível garantir, para alguns muitos, o estado de bem estar social, bancado pela Viúva e, dessa forma, por um longo período, conseguir negar a afirmação do grande economista de que não havia “lanche de graça”!

E sofrem, por antevisão e antecipação, as angústias e dramas, os militantes e filiados petistas tentando descobrir como será possível substituir os efetivos resultados auferidos com o tráfico e com o uso das influências? E por qual mecanismo? Como os benefícios hoje tão bem apropriado pela “tchurma”, nas várias instâncias e níveis de poder, poderão ser mantidos sem o controle do poder? Depois que, apeados do poder, em função do desaparelhamento do estado, onde eles buscarão abrigo e apoio para garantir a sua sobrevivência?

Como ficará a pelegada de CUT, CGT, UGT, Força Sindical, MST, et caterva, com o fim dos gordíssimos convênios dos mesmos com o estado, nos seus vários níveis e instâncias? Como ficará o partido sem o poder político de definir quem recebe ou não recebe o bolsa-família? Definir, também, quem terá acesso aos financiamentos da agricultura familiar? Ou então, ao seguro safra? Ou aos inúmeros vales criados no País? A tantas outras benesses desse estado de tetas grandes e cheias?

Aí, quando bate o desespero, a “tchurma” enloquece e é um Deus nos acuda para buscar formas de garantir a sobrevivência e a sua manutenção do poder! E aí vale tudo! E, nesse jogo pelo poder, vale tudo! O recurso mais usual e corriqueiro é desmontar, desarticular e desmoralizar os potenciais beneficiários do desgaste de Dilma e do PT; da fadiga do material que ora experimenta o lulopetismo e dos erros e incompetências cometidos pelos atuais detentores do poder.

Aí o processo começou com a infiltração de pseudo vândalos, baderneiros e irresponsáveis no meio dos manifestantes que mostravam a sua insatisfação com políticos, com a política, com o governo, com a crise nos serviços públicos, com a corrupção, entre outras.

Eles, os manifestantes, ocupavam, pacificamente, as ruas do Brasil, no último mês de junho! De repente cenas de violência, depredação e vandalismo, começam a surgir, a partir da ação de grupos isolados e, nitidamente, marcados por uma atitude deliberada obJetivando desmontar e descaracterizar o movimento, buscando retirá-los da rua, o mais rápido possível e, tentando minimizar e reduzir a expressão de descontentamento que eles demonstravam. E, diga-se de passagem, era, de fato, o que as ruas caracterizavam, um sentimento que era da maioria da sociedade brasileira! O caso do Rio é bem emblemático onde o grande beneficiário pelas manifestações, até agora, é o Senador Lindemberg e o grande prejudicado é o Governador Sérgio Cabral!

Depois, a disseminação de informações, idéias e insinuações maldosas e de uma desonestidade a toda a prova, contra possíveis beneficiários político-eleitorais da situação ou de quem se colocava no caminho da reeleição de Dilma e da alternância do poder!

Assim foi com Eduardo Campos, onde uma saraivada de críticas pesadas, não só da tropa de choque do lulopetismo, mas do próprio Lula, Dilma e Companhia, que o agrediram e buscaram descredenciá-lo junto aos seus pares; forçaram, quase chantageando, seus correligionários a não apoiarem a sua possível postulação à presidência; reduziram as verbas dos programas federais para o seu estado, entre outras atitudes baixas e rasteiras.

Depois de Eduardo Campos, foi a vez de Aècinho onde, não só se disseminou a crise existencial da tucanada, estimulou-se o conflito entre Aécio e Serra e, pelas redes sociais, buscou-se descontruir a imagem do ex-governador de Minas insinuando-se vício de cheirador de cocaína, playboy das noites cariocas, preguiçoso! Para concluir a contrainformação, procuraram demonstrar que lhe falta gás, gana pelo poder, de não ser conhecido pelo país e, por fim, de não dispor de uma proposta convincente para mudar o País.

Vem a vez de Marina Silva, agora representando uma ameaça as pretensões de Dilma. vez que, na última simulação, a acreana já garantiria o segundo turno da eleição presidencial. O mesmo grupo tenta dizer da inviabilidade de sua campanha, a falta de partido e possibilidades de coligação e, por cima, insinuam que ela está a serviço dos americanos; que os seus aliados mais próximos são comprometidos com a direita e que ela não dispõe de qualquer experiência gerencial e de cargo executivo!

Por conta da corrida presidencial, Dilma já vive um eleição em dois turnos pois que, na última enquete do IBOPE, Marina já estaria com 23%! E, para alguns estrategistas aliados da Presidente, necessàriamente, desconstruí-la, a partir de agora, é a estratégia mais oportuna.

Agora é a vez de Joaquim Barbosa, Presidente do Supremo que, colocado, à sua revelia, pela mídia e pelos institutos de pesquisas de opinião, como um dos possíveis nomes como candidato à sucessão presidencial, já está sendo espinafrado nas redes sociais como aliado do capitalismo yankee, como tendo recebido salários indevidos da UERJ; tendo se beneficiado de ajustes extemporâneos de vale alimentação; viajado ao Rio, por conta da Viúva para ver o jogo do Brasil, entre outras atividades fora das suas atribuições e competências.

As tais redes sociais estão buscando arrebentar com Barbosa e, já antecipam que ele, ao sair do Supremo, por renúncia, diante da derrota de seu relatório e vitória de José Dirceu e cia, será convidado a ser uma espécie de cavaleiro da esperança, de um timoneiro das boas novas e de um comandante que conduza a uma verdadeira cruzada ética e moral tão combrada pelo País! Mas, aí é que os mesmos estrategos, deverão explorar uma presumida vulnerabilidade e, dado o temperamento um tanto irascível do Ministro, será disseminada a idéia de que não teria jogo de cintura para conduzir a nação brasileira!

Será que é esse tipo de política, de disputa, de concorrência que o povo quer? Será que tal tipo de atitude faz bem à jovem democracia brasileira? Será que, não seria com respostas objetivas e competentes aos problemas que ora crescem e se ampliam País afora, que o lulopetismo poderia se repaginar, se reinventar e buscar se manter no poder?