TEOLOGIA DA RECONCILIAÇÃO VERSUS VANDALIZAÇÃO DA POLÍTICA!
Um belo momento vive o Brasil, apesar das suas agruras politicas, das incertezas econômicas e das dúvidas sobre o que podem esperar os brasileiros do amanhã! E isto é fruto desse generoso vento de fé, desse sentimento de fraternidade e de solidariedade que um argentino tem propiciado aos “macaquitos” brasileiros!
Enquanto o Papa Francisco busca uma reconciliação entre progressistas e conservadores dentro da Igreja, através do que seria uma chamada Teologia da Reconciliação, na política, lamentavelmente, mesmo com o recesso parlamentar, os ânimos se acirram e o entendimento ou a disputa política em nivel elevado, fica cada vez mais distante.
Assim, um papa que busca conciliar o conservadorismo doutrinário mas, com visão cristã contra preconceitos, restrições e intransigências quanto a valores, mores e costumes exigidos pelas sociedades modernas, com a opção preferencial pelos pobres, sem ideologismos e dogmatismos. E, tal atitude marca a perspectiva de um estadista à frente de uma instituição universal e sagrada e, espera-se que deveria inspirar os brasileiros na busca de uma conciliação nacional, via o exercício de uma política com P maiúsculo!
Pelo lado da política, Lula volta, com toda a carga, ao cenário, para uma defesa intransigente, aparentemente de Dilma mas, de fato, de manutenção do PT no poder! Falando para mulheres, sobre o negro e as mulheres no quadro de referência das conquistas alcançadas no Brasil, afirmou que “eles (os presumidos adversários e críticos) estão colocando as unhas de fora. As minhas eu estava cortando nos dentes. Agora vou deixar crescer”. Afirmou ainda que, não se justificam as exacerbadas críticas à Dilma, críticas que antes eram dirigidas a ele e, que ela faz um grande trabalho em favor dos brasileiros.
Os petistas atribuem os erros do governo atual e os problemas de toda ordem ou as circunstâncias externas ou a infidelidade dos aliados, diga-se particularmente, do PMDB e a alguns traíras dentro do próprio PT, como é o caso do Deputado Cândido Vaccarezza.
Acrescente-se aos protestos a voz de um aliado — no caso Ciro Gomes — na sua crítica virulenta e acre quando afirma que, embora solidário e respeitando a competência de Dilma, tem o “feeling” de que a Presidente tem uma “equipe de 5a. categoria” e opera num “cenário de putaria”, não se sabe se o adjetivo de baixo calão refere-se a base de sustentação parlamentar do governo ou ao excesso de ministérios e instâncias decisórias. O fato é que, na sua declaração, ele defende, com veemência, a redução do número de ministérios para, no mínimo,15!
Por outro lado, nesse extravagante e confuso cenário, o PT desautoriza o próprio PT — Lider José Guimarães diz que Cândido Vaccarezza não representa o pensamento do partido na condução da Comissão de Reforma Política! — e a Executiva do partido afirma que Dilma precisa se ver livre dos aliados (Quais? Todos? Quando? Como?) e aí não se sabe que caminhos tomará a articulação e a negociação política do governo.
A coisa vai ficando cada dia mais complicada na proporção em que os aliados, e, até mesmo, petistas de carteirinha, acham que o governo não poderia ir melhor, diante do estilo intransigente da Presidente, da precariedade e limitação dos seus auxiliares e, também, pelo principal aliado político, uma agremiação gulosa, egoísta e desleal como tem sido, para os petistas, o PMDB!
E, na proporção em que a crise econômica brasileira não dá tréguas, reproduzindo um cenário que mais se assemelha aquele de 2009 — o emprego caiu 21% no primeiro semestre deste ano, aumentando o desemprego para 6%; o PIB continua a encolher, segundo as mais variadas previsões; o déficit do balanço de pagamentos cada dia requer mais “hot money” para ser coberto; a inflação continua rondando o teto máximo da meta; a confiança dos consumidores cai assim como a confiança dos investidores também vai minguando; a tendência é que a popularidade de Dilma continue a cair, Marina continue a subir e os adversários se encham de esperança e se “assanhem” ainda mais, com a esperança de que possam tomar o poder dos petistas.
Ainda bem que o Papa Chico, o que “não traz ouro nem prata” mas a chama do amor de Cristo, veio trazer esse sopro de alegria, de fé e de esperança aos brasileiros, o povo mais otimista do mundo mas que, agora, anda de crista meio baixa!
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!