Humildade industrializada?

Depois da passagem de Francisco, o Papa da bondade, da generosidade, da solidariedade e da esperança, corações e mentes, até os mais arrogantes e os mais presunçosos governantes, mudaram o tom, diante das lições de grandeza e humildade daquele que granjeou o respeito, a simpatia e a admiração dos brasileiros, bem como diante das manifestações de rua, passaram a rever conceitos e, intentaram uma auto-crítica. Pelo menos, por um momento, meditaram sobre Francisco, sua atitude, as suas palavras e quanto isto conquistou o povo. Pesou também, para eles, o temor de que, o estímulo do Papa peregrino, para que os jovens protestassem, representasse uma nova onda contra a classe política e os dirigentes públicos. E, voltaram-se para os valores mais caros da cristandade, numa espécie de conversão tardia ou, para sensibilizar o eleitoral, demonstrar que a mensagem deixada pelo Papa não teria sido em vão!

Num primeiro momento foi o Governador Sérgio Cabral que, diante do despencar monumental de sua popularidade, do assédio, ao seu apartamento, por manifestantes e, diante das denúncias do uso de símbolos de poder, como o helicóptero usado, as vezes, para os fins de semana seus e da “criadagem”, resolveu fazer um “mea cupla”, reconhecendo erros de condução de questões menores e dizendo que aprendeu lições de humildade, com a rua e com o Papa!

Agora é a vez de Dilma, sempre vista, pela grande maioria, principalmente por aqueles que tiveram ou tem contacto com ela, como arrogante, autoritária, prepotente e pouco se lixando para a opinião e os conceitos dos outros a seu respeito, mesmo que de seus companheiros de partido. De repente, faz-se humilde, controla a arrogância e guarda a prepotência para fazer prevalecer ou valer-se dela, só em momentos especiais — por quanto tempo, só Deus sabe!

Dentro dessa estratégia, buscou reatar as relações com a sua base de sustentação político-parlamentar, atualmente arredia, insatisfeita e meio que incontrolável. Fez juras e promessas de amor e disse que “nunca mais irei tratá-los mal e nunca mais deixarei de ouvi-los antes de enviar qualquer matéria de repercussão maior ao Congresso”.

Do outro lado da mesa, os seus “fiéis e leais” correligionários, composto por gente esperta e mais escorregadia que “mussum ensaboado” “ou gente capaz de dar nó em pingo d’água, ouvia atento as juras e, fazendo cara de crente e de bobo, aguardava a fatura que a Presidente iria cobrar deles. Dilma solicitou que os líderes deixassem, para a próxima semana, tanto a votação do Orçamento Impositivo quanto a repartição dos royalties do petróleo do pré-sal, entre educação e saúde.

Também pediu que a Emenda 29, aquela que obriga a destinação de 10% do Orçamento da União para a Saúde, já que, há mais de uma década a vinculação de receitas para estados e municípios já havia sido aprovada pelo Congresso, esperasse uma nova reunião dela com a bancada da Câmara, na próxima segunda-feira, dia 12!

Também, deixou claro que, por enquanto, não quer diminuir a insatisfação do empresariado para com o Governo, na proporção em que nada disse sôbre a reação que o Congresso irá manifestar face o veto sobre a extinção da multa de 10% sobre o FGTS, no caso das demissões sem justa causa.

Na reunião com os senadores, Dilma acha que a coisa não será tão complicada quanto àquela com a Câmara, onde as promessas de um tratamento mais carinhoso e a garantia do “lubrificante cívico” devidamente depositado — no caso, a liberação de parte das emendas parlamentares — talvez a coisa seja um pouco mais complicada.

Muita gente alí do Senado disputará eleição majoritária e, a partir d’agora, todo mundo está já jogando para a platéia e, aquilo que não for do gosto do eleitorado, vai ser difícil passar naquela Casa Revisora!

Parece que dois bilhões de reais de emendas liberadas significa muito pouco para o “sofrimento” enfrentado pelos senhores parlamentares até agora e para a fatura que os seus correligionários estarão apresentando, em breve, para garantir-lhes a reeleição.

E isto parece que fica demonstrado quando, Henrique Alves, o Presidente da Câmara dos Deputados, já informou, ao distinto público, que colocará em votação, dia 06 ou 07, o tal do Orçamento Impositivo. E, o Líder do PMDB que, joga afinado com Henrique, já antecipou que a questão dos vetos requer capacidade de convencimento do governo para que seu encaminhamento favoreça o que Dilma quer!

Isso é conversa que, para um bom entendedor representa, que no caso dos 10% da multa sobre o FGTS, enquanto o financiamento de campanha for feito por empreiteiros e banqueiros, deputados não votarão, “nem a pau” contra os seus financiadores.

A Emenda 29, pode até conseguir que se adie um pouco a votação mas, como explicar a governadores e prefeitos que só a União não cumpre a obrigatoriedade de aplicar um percentual do Orçamento no setor? É difícil “prá dédéu”!

E, finalmente, é mais fácil o PDT sair do Governo do que abrir mão do relatório do seu Líder na Câmara e Vice-Presidente Nacional, Deputado André Figueiredo (CE). E, a bancada da saúde, vai para o pau e não aceita alterar o relatório do deputado nos termos que o Governo quer e que o Senado votou.

O que a experiência mostra é que, pelo andar da carruagem, os dignos parlamentares não acreditam em Dilma, não confiam nos seus interlocutores e, a única coisa que esperam é que a economia melhore um pouco para poder voltar a votar nas matérias de interesse do Governo, sem medo da opinião pública e da cobrança do seu eleitorado.

4 Comentários em “Humildade industrializada?

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    Quando abordamos o assunto transportes de cargas,estamos falando de prestação de serviço que não é homogêneo, simplesmente carregar e entregar ,deve-se levar em consideração todos os modais,perfil das cargas etc.

    Vamos dividir por etapas os setores envolvidos no transporte.
    1º – Governo Tributos, nosso sócio majoritário não abre mão da sua participação tributação altíssima onde todos concordam sejam nas esferas Federal,Estadual e Municipal.

    2º Sindicatos e Entidades representativas.(Patronal)
    Fabricas de arrecadar dinheiro com isenção de impostos pelo governo por serem tratados sem fins lucrativos, arrecadam dinheiro com empresas sócios mantenedoras, contribuições empresas de transportes sem representação junto ao governo. Não conseguem atender as necessidades do empresários transportes. ( caixa Preta). redução tarifas de pedágio, obrigatoriedade emissão dacte- CT-e, para empresas que possuem frota de veiculos de entregas e não emitem o CT-e, deixam de pagar os tributos que nos empresários transportes pagamos e contribuem com os congestionamentos grandes cidades. Vale lembrar que muitas empresas poderiam terceirizar suas entregas mas não os fazem devido a essa diferença no custo só dos tributos.

    3º Area de restrição para entregas e abastecimento urbano (Mais uma vez o Governo), as prefeituras restringem a circulação dos veículos com seus rodízios de placas e consequentemente a área de circulação para veículos menores “Vuc’s” capacidade menor de carga no veiculo, aumento preço do frete.

    4º Preço Combustível, pedágios e estradas.(Governo).

    Infraestrutura de péssima qualidade, insumos e pedágios altíssimos e estradas que geram alto índice manutenção veículos.

    5º Lei Regulamentação Motoristas. (Governo).

    Trouxe segurança para os motoristas atitude certa porém impactou direto custo frete.

    6º Seguradoras e Gerenciadores de risco.

    Esse assunto é fatídico, as transportadoras contratam suas apólices e repassam aos embarcadores como um plus dos seus serviços. para passar segurança aos seus clientes. Muito embora já existem ações transitadas e julgadas pelo Supremo deferindo as transportadoras o não pagamento de sinistro não ressarcidos pelas seguradoras ou pela falta da apólice,por entender cabe ao Estado prover segurança pessoa física ou jurídica ( Jurisprudência). Existe a administração desse serviço porém alguns embarcadores querem segurança não contratam direto o seguro, mas questionam a taxa. Acontece que virou mais um empecilho que geram mais custos,contratação de gerenciadores de risco ,que por sua vez obriga a instalação de rastreadores tudo venda casada e altas taxas de Gris para liberação dos motoristas onde eles cobram dos dois lados, do motorista e transportadora.

    7º Embarcadores e Destinários.
    Criam obstáculos cobrando para carregar e descarregar,falta de estrutura operacional e mão de obra reduzida recebimento não assumem a cobrança TDE (Taxa dificuldade entrega)

    8º Bancos Financiamentos.

    BNDES só para empresas cunho politico, não serve para microempresários útopia, participei evento organizado Setcesp financiamento,mandaram captar junto ao nossa instituição financeira. Taxa 4,5% ao ano não existe, eles emprestam a essa taxa para o banco que repassa mais caro ele é responsável pela captação.

    9º Concorrência Desleal.

    Só existe porque tem demanda para esse tipo de empresa, a grande maioria dos embarcadores só visam custo sem avaliar riscos e comparam sempre nossos serviços que pagamos todos os tributos por baixo (Com essa Concorrência). Todos nos sabemos não existe mágica a diferença cotação oscila 3 a 5%, números acimas destes percentuais são duvidosos. Enumerei 9 situações , com certeza outras ocorrências deixei de citar que impactam diretamente nos custos de fretes.

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