TUDO COMO DANTES NO QUARTEL DE ABRANTES!
Hoje, 22 de novembro, há cincoenta anos atrás, John Fitzgerald Kennedy, foi assassinado em Dallas, nos Estados Unidos. Este homem, que, sem nenhuma dúvida, marcou a história da América e do Século XX, deixou uma série de contribuições ao resgate e respeito dos direitos humanos, a questão latino-americana e ao equilíbrio de força e poder de um mundo, àquela época, bipolarizado.
Até hoje são contraditórias as interpretações das causas e das responsabilidades pelo seu sacrifício. Mas, a coisa ficou de tal forma mais difícil de encontrar mandantes e razões para tal gesto pois que, pouco tempo depois, seu irmão Robert Kennedy, teria o mesmo fim tragedíaco! Não se sabe, até hoje, a quem interessava os assassinatos dos irmãos Kennedy!
No Brasil, quem o conheceu, em termos de obras e compromissos com a história, rendem homenagens ao homem que, no seu discurso de posse, fazia um chamamento maior à cidadania e a defesa da América, quando dizia “não pergunte o que o seu país pode fazer por você mas o que você pode fazer pelo seu país”!
Mas aqui, na Pátria amada, a hora não é de exaltar a quem quer que seja mas de refletir sobre o “imbroglio” em que está o País metido porquanto, os indicadores econômicos, os dados da gestão pública e o resultado primário para os 12 meses últimos, de setembro a setembro, indicam um superávit de, apenas, 1,58%, muito abaixo dos 2,3% pretendidos pelo Governo e os 3,1% necessários para atender os compromissos de pagamentos de juros da dívida.
E o pior é que, nào só o pessimismo toma conta de empresários e analistas econômicos como já começa a afetar as avaliações da agências de “rating” que, pelo que se tem notícia, somente 10% de analistas dessas agências acreditam que o País não terá rebaixada a sua nota, comprometendo, portanto, os investimentos e o fluxo de capitais para o País. E isto é tão verdadeiro que, até o mercado de câmbio começa a demonstrar que o mercado dá sinais que não acredita na política fiscal, achando-a frouxa e, não vê perspectivas de melhora para 2014!
Para os que acreditam que o “mood” do mercado internacional pode mudar, se algumas providências foram tomadas para disciplinar as contas públicas, é preciso que algumas coisas, efetivamente, ocorram. Em primeiro lugar, é crucial que os leilões de concessão de exploração dos aeroportos de Confins e Galeão, saiam como desejado e previsto.
Por outro lado, que o governo não queira, ao apagar das luzes, ainda fazer transferências vultosas de recursos do Tesouro para o BNDES. Espera-se também que, no registro das contas públicas, não venha mais a ocorrer truques e maquiagens contábeis, como sói ocorrer até agora, pois isto tira muito o mercado do sério.
Ademais, espera-se que o governo suspenda a criação de novas estatais, não permita que o Congresso a autorização para a criação de mais municípios e que a União, contenha os seus próprios gastos. Não é possível que a expansão dos gastos públicos continue a base de 7% reais ao ano e que, o resultado primário em Setembro, para 12 meses, por exemplo, esteja em 1,58%, bem longe dos 2,3% desejados e estabelecidos pelo governo. Claro está que, o necessário, repita-se, seria de um superavit deveria ser de 3,1%!
Por outro lado, o mercado estará atento para a forma como o governo vai autorizar o realinhamento dos preços de derivados de petróleo e das tarifas de energia, água e transporte público. Imagine-se que se pudesse fazer um pacto para impedir que o gasto publico não pudesse crescer mais do que o crescimento do PIB pois que, nos últimos anos, tal expansão de despesas foi muito além da expansão do PIB nacional.
Imagine que mundo seria esse se se definisse a redução dos ministérios e agências do governo à metade, os cargos comissionados também à metade e se estabelecesse que renúncias fiscais só poderiam ser garantidas se houvesse provisão no Orçamento da União?
Isto ainda seria pouco mas, diante dos desregramentos atuais, já representariam, tais medidas, grandes avanços na recuperação da credibilidade do governo junto aos agentes econômicos do País e os administradores e analistas das agência de “rating” lá fora!
Mas, pelo andar da carruagem e a busca de votos para a reeleição, dificilmente a União adotará tais medidas saneadoras!
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!