UMA NO CRAVO OUTRA NA FERRADURA!
As coisas, para a economia brasileira, segundo a maioria dos analistas e dos empreendedores, não estão legais. Parecem bem complicadas e, se não houver uma reversão em determinados indicadores e dados, a tendência é piorar e deteriorar ainda mais o quadro, máxime no que diz respeito as contas e finanças públicas, bem como, as perspectivas inflacionárias. Isto sem considerar o fato de que, já se dar por quase perdido o ano em que se cresceria acima de 3% o PIB nacional porquanto o próprio Ministro da Fazenda já admite algo em torno de 2,5 e, organismos internacionais acreditam que mal chegue aos 2,1%!
Esta semana ter-se-á uma sinalização objetiva sobre que circunstâncias experimentará o País em relação ao evoluir das suas finanças públicas, porquanto, ao Supremo, caberá decidir se a demanda de grande parte dos cidadãos brasileiros de cobrarem a reposição de perdas causadas pelos planos de estabilização da moeda — Planos Cruzado I e II; Plano Bresser, Plano Collor — que montam a mais de 180 bilhões de reais, a serem pagas pelos bancos!
Se a incursão de Dilma que, soube, não se tem certeza se por competência pessoal ou porque alguém soprou ao seu ouvido, que seria melhor não agredir, questionar ou acusar o Supremo, face a decisão sobre os mensaleiros. Isto porque, estará na pauta do STF desta semana, a questão dessa ação que já está aguardando julgamento faz algum tempo. Se os emissários de Dilma forem felizes na argumentação e humildes no petitório, é bem possível que a mais alta Corte do País, atenta ao quadro de desorganização dos fundamentos da economia nacional, se mostre sensível ao julgar a matéria.
E, se resolver garantir o direito dos cidadãos bem como considerar o significado de tal decisão sobre as finanças e a economia do País, poderá buscar estabelecer uma espécie de solução de compromisso onde a decisão será capaz de minimizar o impacto nos bancos e, por consequente, no preço e no custo do dinheiro para a sociedade.
Portanto, Dilma abriu o caminho para o diálogo com o STF e, quem sabe, se não conseguir que a Corte maior considere a demanda dos cidadãos improcedente, pelo menos pode propor uma forma de devolver tais direitos, de tal forma a não gerar tensões e distorções no processo econômico.
Se tal notícia é preocupante, diante dos dados das finanças públicas do País e dos desequilíbrios externos, algumas notícias mais amenas e geradoras de um ambiente mais otimista para a sociedade brasileira, estão no ar. O resultado do leilão das concessões de dois dos principais aeroportos brasileiros, com um ágio elevado e com a presença de importantes grupos disputando as referidas concessões, deu novo alento de que, agora, o governo descobriu o caminho correto de estimular e fazer não desertas as licitações de outras concessões como as de ferrovias, rodovias e portos.
Esta semana deverá ir à leilão, também, a exploração dos campos terrestres de gás natural, em cinco provincias do País, com um potencial de gás recuperável de mais de 13 trilhões de metros cúbicos. Embora a acorrência de grandes grupos, ao certame, até hoje não havia se manifestado, espera-se que o leilão, ainda assim, venha a ser bem sucedido.
E, diante do êxito que foi o leilão do campo de libra do pré-sal, das novas explorações de energia eólica e, agora, dos aeroportos, espera-se que, daqui para frente, ventos mais auspiciosos e promissores soprem em direção ao governo Dilma. Embora o ano esteja terminando, espera-se ainda leilões de campos do pré-sal, de ferrovias, rodovias e portos e, ainda, que haja manifestação do governo em relação ao marco regulatório da mineração. Se isto ocorrer, abrir-se-ão boas perspectivas de novos investimentos em infra-estrutura no País.
Ademais, é bem provável que notícias alvissareiras surjam no campo de exploração das obras de mobilidade urbana, máxime dos metrôs e dos veículos leves sobre trilhos, além de outras intervenções mais profundas, para resgatar a vida nas grandes cidades, advindas da atração de grupos chineses, coreanos e de outros países do “far-east”, para participarem, juntamente com grupos nacionais, de tais obras!
Finalmente, diante da contribuição indireta dos mensaleiros para a causa, talvez sejam abertas grandes possibilidades relacionadas a construção de novos presídios, melhoria de condições de operação dos atuais e, até mesmo, a montagem de PPP”s para a construção e operação desses novos conjuntos prisionais, hoje tão urgentes e necessários ao País.
Grato amigo e parceiro! Espero contribuir para uma reflexão crítica sobre tais questões.
Obrigado, Turquinha. Continue lendo, critique e estimule! Beijos
Parabéns pela brilhante análise da situação do país.
Uma ótima fotografia da situação da economia e finanças do país, nada alvissareira. Mas em compensação, mostra o lado otimista do autor, que lhe peculiar, ao apresentar possibilidades de se obter fatos positivos, mas que, ao meu ver, esbarram na falta de atitudes do governo.