SÓ APELANDO AOS SANTOS! E PARECE QUE A TODOS SANTOS!

Como nordestino do semi-árido, a única forma de ver as coisas tomarem jeito é acreditando que o santo da nossa devoção, aquele capaz de reacender as esperanças de que, se São Pedro frustrou aos homens e mulheres do campo do Nordeste, com a falta ou escassez de chuvas em janeiro e, depois em fevereiro, foi para março que foram encaminhadas e depositadas todas as esperanças a partir do santo das chuvas, São José! E, ao que parece, depois do 19 de março começaram a cair as chuvas, não tão generosas num primeiro momento mas que, quando abril chegou, engrossaram e produziram até enchentes nas grandes cidades litorâneas nordestinas. Claro que a passagem do equinócio pode ter alguma relevância científica mas, a fé no santo querido é maior do que certas veleidades presumidamente científicas.

Os santos estão representando as únicas alternativas para que não se deixe morrer a esperança de que as coisas poderão melhorar nesse Brasilzão que, lamentavelmente, só
tem registrado, ultimamente, índices decepcionantes.

Se os nordestinos, táo apegados a fé ainda torcem para a chuva cair, os sulistas estão voltando as suas esperanças para os santos que possam mitigar a falta d’água que ja cria situações difíceis e embaraçosas, até para a oferta do precioso liquido para saciar a sede das populações.

Mas, se falta água para o abastecimento humano, há que se apelar para outro santo que ajude a resolver o problema dos reservatórios. notadamente para aqueles que respondem pela oferta de energia elétrica no sul e sudeste do Pais, pois, pelas informações divulgadas, a coisa está bravíssima por lá.

Por outro lado, segundo dados divulgados recentemente pelas autoridades brasileiras, o endividamento das famílias ja atingiu mais de 45% e o do país esta num crescendo que começa a preocupar, seriamente. Então aí só recorrendo a Santa Edwirges para que proteja os endividados brasileiros não só como sociedade civil como um todo mas, como empresas e governos.

Por outro lado, colecionando indicadores negativos de toda ordem, não só no campo dos índices sociais e econômicos como da credibilidade junto a credores internacionais, inclusive com a ameaça de redução do grau de investimento do Brasil, tiram a tranquilidade a não favorecem as expectativas mais promissoras dos brasileiros.

Está o Brasil de volta ao topo dos países que praticam as mais altas taxas reais de juros do mundo, desestimulando novos investimentos externos, desorganizando as finanças de empresas brasileiras endividadas lá fora e, criando grandes problemas e embaraços para a gestão das finanças publicas do pais na proporção em que aumentam, significativamente, os encargos da divida externa do Pais. E, o pior é que, segundo a própria Presidente, a inflação, se Deus ajudar, ficará no limite superior da meta, o pib foi reavaliado para algo em torno de 1,4 e, as dificuldades em atender um mínimo as demandas para a Copa, sao enormes.

Se esse náo e uma boa noticia, o buraco nas contas externas apresenta os piores resultados desde 2001.

Na área energética os problemas, os impasses e as contradições, só não são piores que a crise em si, porquanto o risco de racionamento está presente. O custo de mais de 35 bilhões para socorrer as empresas eletricitárias será pago com uma elevação de impostos — para um país que já enfrenta uma carga de 37% sobre o PIB, é duro aceitar mais acréscimos — além de se constatar que as obras das novas hidroelétricas e das linhas de transmissão ainda continuarão deveras atrasadas, comprometendo Por outro lado, quem vai pagar a conta vai ser “a nova classe média de Lula” pois o governo, pois o governo já antecipou que, aquela cervejinha e aquele cigarrinho, vão ficar um pouco mais caros.

E para piorar o cenário, os escândalos, restringindo-se apenas a Petrobrás, estão prosperando não se limitando apenas à Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos mas, também o caso de uma compra de uma refinaria no Japão e, agora, uma aquisição de uma refinaria na Argentina. Se se junta a isto, o desastre que foi o acordo para a construção da Refinaria Abreu e Lima, no Porto de Suape, em Pernambuco, cujo orçamento saiu de 2 bilhões de dólares para 20 bilhões e, diante do calote que a PDVSA venezuelana deu no Brasil, por falta de contrato explícito sobre as responsabilidade das partes na construção do empreendimento, então e que a Petrobrás fica mais enrolada ainda.

Na verdade, a situação está tão confusa que a única alternativa que resta aos brasileiros é pedir a proteção de Santo Expedito, o santo das causas impossíveis, para ver como a gente consegue, aumentar o pibinho, fazer a inflação convergir para a meta, reduzir o tamanho do rombo nas contas publicas, diminuir a crise do setor externo e passar incólume por todos sobre esses escândalos, sem comprometer a base institucional do País.

É por isso que o cenarista anda meio jururu pois o que tem a se falar e a se comentar só causa desânimo, desalento e pessimismo pois não surge nenhuma noticia boa ou, pelo menos, perspectiva de noticia que devolva o ânimo e diminua a impaciência e a incredulidade dos brasileiros.

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