E AGORA, FELIPÃO?
Qual categoria define mais precisamente o jeito de ser e o estilo muito particular de Felipão? Se não fosse tão teimoso e tão turrão, hoje, talvez, não estivesse nessa tremenda saia justa, diante daquilo que pode ser caracterizado como um crime explícito do colombiano contra Neymar!
Como se sair da enrascada? Substituir Thiago Silva, o excelente zagueiro que é, aliás considerado o melhor do mundo, na posição, pode ser razoavelmente reposto pelo excelente Dante que, por jogar na Alemanha e no Bayern, onde muitos jogadores da seleção alemã jogam, parece que estaria praticamente resolvido o problema! Quanto a liderança dentro de campo, no que concerne as funções de capitão, David Luiz dá para o gasto e, pela raça e vibração, será mais incisivo, no puxar a vibração e o entusiasmo que, mesmo, o próprio Thiago Silva.
Na retaguarda as coisas estão aparentemente tranqüilas, inclusive com a entrada de Maicon que tornou o setor defensivo, no meio de campo, bem montado e estruturado. A presença de Fernandinho e o retorno de Paulinho, aparentemente voltando a jogar um bom futebol, permite, com certeza, um bom sistema de cobertura dos laterais. Claro está que se se pretender maior consistência do setor defensivo, já é possível contar com o retorno de Luiz Gustavo, pois cumprida a suspensão de praxe, estará a disposição de Felipão.
Mas, sem Neymar, quem cria? Quem pensa? Quem desequilibra? Quem gera esperança de gols? É difícil pensar qual a estratégia que Felipão adotará. Quem poderá cumprir o seu papel? Oscar? William? Bernard, Hernandes? Ou uma composição repetindo a de 2002 com três zagueiros, um robusto meio campo defensivo e dois a três atacantes?
Se Felipão tivesse convocado o Philipe Coutinho, o maravilhoso meia armador do Liverpool ou, até mesmo um Kaká, para organizar a armação, com um mínimo de criatividade do meio de campo, aí talvez fosse possível minimizar o prejuízo, face a ausência do garoto Neymar.
Talvez reposicionando Oscar para que ele intente fazer um pouco do papel do Neymar, além de usar um William ou um Bernard, para criar, inventar e desestabilizar, pela velocidade de deslocamento, drible fácil e a capacidade de propiciar jogadas inesperadas, talvez a seleção consiga um bom resultado frente a Alemanha!
Oscar pelo meio armando, sem qualquer preocupação e obrigação
de voltar para a marcação, com liberdade de jogar em qualquer parte do campo, provavelmente abrirá espaços para Hulk e a figura não convincente do Fred, teimosia de Felipão!
O jogo vai ser difícil pois se prevalecer a filosofia de Carlos Alberto Parreira de que o importante é não tomar gol, aí só mesmo a disputa de pênaltis pode levar a um resultado favorável ao Brasil. Mas, é claro que o Sobrenatural de Almeida pode vir a dar a Pátria de Chuteiras a sorte de que, agora, ele tanto precisa!
Se puder contar com os zagueiros artilheiros, com um meio de campo inspirado para chutes a distância e mesmo não contando com futebol bem jogado, talvez, como Deus é brasileiro o hexa sorria à macacada!
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!