O TEMPO DA VIOLÊNCIA E DOS IMPASSES!
A Palestina é uma área de conflito sem qualquer perspectiva de encontrar uma forma de convivência, se não pacífica, pelo menos, existindo uma presença de uma autoridade internacional com competência, responsabilidade, delegação de autoridade e poder de “enforcement” de suas decisões, capaz de, se necessario, mediar pequenas rusgas e diferenças. Mas, cada vez mais a situação se torna insuportável e de difícil superação, pois tudo é ódio, violência e ações terroristas.
Muito distante de existir a possibilidade de se resolver esse problema secular através da negociação e da diplomacia. Na região os impasses crescem e aumentam, todas eles cada dia mais marcados por violências inconcebíveis. O problema na Síria também está longe de encontrar um equacionamento. As dificuldades de pacificação no Egito só conseguem ser superadas ou equacionadas, parcial e temporariamente, através da tomada do poder pelos militares. Também, a crise na Turquia, que se prolonga já por algum tempo, pode se ampliar bastante, com desdobramentos imprevisíveis.
Fora da área, a questão da intransigência russa em relação a Criméia esquenta e, piorou após a tragédia provocada pelos separatistas da Ucrânia, com o lançamento de um míssil contra um avião de passageiros vindo da Malásia! E tal desatino provocou um dos maiores desastres do últimos tempos, com a morte de 295 inocentes! Isto sem contar com os dramas no Afeganistão, no Iraque e as profundas agressões contra a natureza humana, como o que ocorre na Nigéria, onde centenas de jovens mulheres estão sendo mantidas reféns e vendidas num mercado de escravos, em plena era da internet e do alto desenvolvimento das preocupações com os direitos humanos!
Mas, tal desastre parece pouco diante de 130 milhões de jovens mulheres, muitas ainda meninas africanas, subordinadas a violência da chamada mutilação genital feminina ou a ruptura forçosa do clitoris, numa tradição desumana do continente africano, clama aos céus por seu fim. Ou uma Índia que faz vista grossa diante da violência provocada contra mulheres, vítimas de estupros, inclusive por membros de forças policiais ou de autoridades constituídas.
Parece que, conflitos étnicos, religiosos ou encontro de contas históricos voltam à tona e desencadeiam uma série de tensões estimuladas pelas ambições políticas de líderes nacionais, de um modo geral, títeres que, por interesses distintos, estimulam paixões desenfreadas que levam, muitas vezes, aos desencontros e embates sangrentos. É a barbárie assumida as vezes em laudatórios discurso em defesa de direitos civis e humanos!
Até agora o Brasil, por sua natureza, pela sua cultura, pela sua história, não tem tradição de violência, embora situações como o justiçamento ou o fazer justiça com as próprias mãos, em face da ausência de uma ação séria e honesta das autoridades judiciais e policiais, começa a se generalizar, ao lado da atitude beligerante dos “black blocs”, criando um clima de desequilíbrio emocional em uma sociedade que, de um modo geral, sempre mostrou uma índole pacífica.
O “stress”, a tensão, as preocupações e as inquietações com o dia a dia do País, começam a gerar um clima de agressividade inaceitável, como ocorreu, por exemplo, com os xingamentos a Dilma na abertura da malfadada Copa do Mundo, bem como diante das chacinas e execuções, de toda ordem, que hoje tomam conta do país. Aliás, tal sentimento que ora se alastra país afora, deriva de uma revolta que também domina o sentimento popular diante da impunidade que grassa em face da violência perpetrada por bandidos ou pela generalização do uso e do comércio de drogas, de toda ordem.
Assim, o mundo atual, volta a uma espécie de clima de barbárie que domina, inclusive, agora, a Europa! O berço da civilização ocidental agora é palco de atitudes xenofóbicas onde há um clima de rejeição ao imigrante de qualquer origem, não apenas pelos temores de que o imigrante possa tomar os empregos dos oriundos, além dos ranços antigos onde volta à tona, a velha teoria de superioridade de raças que baseou muito do nacional socialismo alemão e do fascismo italiano.
Alguns analistas mais apressados temem que, conflitos como o da Ucrania ou a retomada da violência no Iraque ou ainda o massacre que os israelenses ora impõem as populações palestinas, venham a dar lugar a uma possível guerra mundial, de proporções catastróficas. Aliás, o temor é que o terrorismo, a violência e os conflitos regionais, étnicos e religiosos, bem como os interesses econômicos em choque, sejam os ingredientes desses novos e perigosos tempos.
Até bem pouco tempo o Brasil não tinha qualquer ingrediente dessa natureza pois, nunca foram causa de conflitos ou distúrbios problemas étnicos, religiosos, regionais ou de interesses econômicos díspares. Na verdade, a única violência que se dissemina por estas plagas deriva de crimes oriundos da generalização do consumo e do negócio das drogas, dos grupos criminosos organizados e, do processo de violência urbana fruto da impunidade, de uma polícia corrupta, desorganizada e desaparelhada, além, é claro, das frustrações com os destinos do País, o que cria um ambiente de tensão e de hostilidade.
O temor é que, diante da agudização dos problemas internos do país e da política externa nacional, marcada por uma generosidade inexcedível que leva o Brasil a fazer gastos e investimentos excepcionalmente altos e injustificáveis em Cuba, Venezuela, Equador, Bolívia e outros menos relevantes, dentro da política de terceiromundismo, cria um clima desagradável diante de tantos problemas aqui dentro e que não encontram equacionamento.
Por outro lado, o dispensar dívidas aos países africanos, além de sustentar algo inviável como é o Mercosul, apenas para garantir um apoio intransigente a uma irresponsável Argentina, gera um sentimento de indignação e de revolta e isto pode promover um espirito belicista no comportamento dos grupos sociais do país. Como Deus é brasileiro, se Ele quiser, a crise em breve irá passar e tal risco não venha o país a enfrentar.
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!