ALÉM DE QUEDA, COICE!
Não bastassem as frustrações já presentes no dia a dia, desde o vandalismo monitorado por interesses espúrios nas saudáveis manifestações de rua, passando pelo desânimo provocado por uma economia que patina, uma inflação que não cede e o desencanto com o que ocorreu no Supremo, veio a desmontagem de qualquer laivo de otimismo que foi o tsunami alemão que se abateu sobre o escrete brasileiro.
Agora o governo, depois de muita resistência, teimosia e desencontro de informação, vem comunicar que o pais já se encontra em uma quase recessão. As previsões do governo são de um crescimento de 1,8%, segundo o Ministério do Planejamento, de 1,6%, segundo o Banco Central e, o mercado com uma hipótese de 0,87 ou coisa parecida. E, o pior. Até o momento, o governo anunciava, aos quatro ventos, que o fraco desempenho dos indicadores econômicos era causado por fatores e pela crise externa, sem considerar os erros e imprudências da gestão da política economica e a leviandade como sempre foi tratado tudo aquilo que diz respeito a questão da responsabilidade fiscal. A explicação nunca foi convincente e, mais ainda, quando todos os países do mundo estão saindo ou já saíram da crise, lamentavelmente, só o Brasil enfrenta o empeioramento dos seus indicadores.
E com isso vai a confiança dos agentes econômicos nas instituições, no governo e nas possibilidades de reverter as tendências pessimistas que dominam a cena brasileira. Todos os dias o que se assiste é algo do tipo “esse é o pior resultado desde 2002 ou 1998 ou algo parecido. Lá de fora, o que aguarda o pais é a desconfiança dos investidores, são as agências de rating retirando ou ameaçando retirar o grau de investimento do Brasil e a frustração em relação a um pais que tinha tudo para alcançar a posição de quinta maior economia do mundo e viu, a partir de 2011, reverterem-se todas as expectativas.
“Dessa mata não vai sair coelho” é o que hoje pensa, até mesmo o homem comum, em relação ao que o atual governo poderá fazer para reverter o quadro. E, a ânsia de mudança é tamanha, mesmo com a descrença nos políticos como um todo que, toda vez que cai a popularidade de Dilma, a bolsa reage, subindo e melhorando o seu desempenho. A tendência é que as coisas operem como antecipava Lampeduza, segundo quer o governo, que as coisas mudem para ficar do mesmo jeito.
É difícil acreditar que hajam significativas mudanças na formulação e na gestão das políticas Públicas,com as mesmas idéias, os mesmos formulações e com os mesmos gestores atuais! Isto se assemelha ao que ocorre com a seleção brasileira de futebol, com a mudança da presumida direção e formulação de uma nova proposta de renovação com a mesma direção e gestão e com os mesmos condutores!
E, pelos dados das sondagens de opinião, só a rejeição do governo Dilma, em São Paulo, já alcançando patamares superiores a 52%, parecem indicar que, no maior colégio eleitoral do Pais, nem o PT, nem Dilma e nem o próprio Lula conseguirá reverter tal tendência. E, até mesmo no Nodeste, nós dois principais colégios eleitorais, no caso a Bahia e Pernambuco, os dados não são mais tão animadores como foram num passado não muito distante.
Isto sem falar em Minas, e nos estados do Sul do país bem como em currais do bolsa família como foram Bahia e Pernambuco, onde o quadro agora é totalmente outro e a realidade se alterou, substancialmente, em desfavor da Presidente. E, em Brasilia, o que se comenta é que Dilma deverá repetir o desempenho de 2010, alcançando apenas, um módico terceiro lugar, como ocorreu naquele pleito!
Há, como que, em toda a sociedade, uma impaciência com um governo que não consegue produzir qualquer resultado que recrie esperança na população. E é esse o caldo de cultura que está a estimular e gerar um clima de desejo de mudança. Diante disso petistas já pedem que Lula venha a tutorar Dilma, como forma de intentar reverter as tendências que, os números atuais ao garantir, com certeza, um segundo turno, não dão a confiança de que a vitória da Presidente seria, favas contadas.
Parece que o requiem para Dilma já está sendo cantado e “a canção do adeus” para o PT já esteja a caminho. A coisa tem se deteriorado a tal ponto que nem Lula, com seu jeitão bonachão, conseguirá trazer a esperança de volta. Parece que agora, o jeito de governar do PT, cansou e cansou mesmo! E muita gente acha que, agora é só ter a paciência de esperar o cinco de outubro para consagrar quem quer que seja no poder, menos Dilma!
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!