NA PRIMEIRA NOITE ELES SE APROXIMAM E PISAM NAS NOSSAS FLORES E…
“Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.”
Alguns dizem que tal manifestação seria de Bertold Bretcht. Outros afirmam ser de Maiakovsky. Para os propósitos das preocupações que aqui são externadas, não importa muito se a autoria é de um ou de outro ou de nenhum dos dois. A advertência clama por uma atitude por parte de qualquer um que preze a liberdade, o direito de ir e vir e o de respirar o oxigênio do exercício das faculdades que a vida livre e solta permite! Relembrando o texto o mesmo adverte que, a qualquer ameaça as liberdades, há que se agir, com urgência, diligência e presteza, para evitar que tudo o que se construiu com tantas dificuldades, venha a ser subtraído pela omissão e pelo descaso.
Os episódios de invadir os curricula de jornalistas, adversários do poder, no caso Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg e plantar informações que denigrem a imagem, a história e a biografia de tais cidadãos, é algo inaceitável e inadmissível em qualquer sociedade democrática! E isto, lamentavelmente, parece ser uma prática recorrente, desde a época em que fizeram o mesmo com o jornalista Merval Pereira em 2011 ou quando foram montados dossiês contra José Serra e, pasmem, contra a própria Primeira Dama do País, Dona Ruth Cardoso o que, provocou até em Lula, uma dura reação ao classificar de “aloprados”, os petistas que cometeram tal insanidade!
Mas, lamentavelmente, o Brasil tem sido marcado por essas frequentes invasões de privacidade. Recentemente o terrorismo, disseminado por todo tipo de midia, com ameaças de toda ordem, atemorizou de tal modo o ex-Presidente do Supremo Joaquim Barbosa o que, segundo alguns, tais ameaças a integridade física e moral dele e desceis familiares, levaram-no a renunciar a Presidência da Corte e pedir a antecipação da sua aposentadoria.
A violação de direitos e da privacidade tem sido comuns e, até mesmo o próprio sigilo bancário, vez por outra, sem mandato judicial, é desrespeitado. Alguém há de se recordar quando, através das agencias bancárias da Camara dos Deputados, ocorreu que extratos bancários de contas de parlamentares foram expostos, de forma pública, com vistas a desmoraliza-los e a pressiona-los a aceitar determinados comportamentos e atitudes do governo central.
Alguém há de dizer que isto nã0 é prática só do Brasil ou de estados totalitários, haja visto o escândalo recente onde as agencias de inteligência americanas foram denunciadas de espionarem até mesmo os celulares de mandatários de algumas nações, entre eles Angela Merkel e Dilma Roussef, além de outros chefes de estado. Mas, macaquitos como são os brasileiros, todas essas práticas bobas tendem a ser copiadas por estas plagas, pondo, muitas vezes, em jogo, as instituições nacionais. Enquanto prática dentro do estado totalitário, não se aceitava e repudiava-se, embora, compreendia-se, diante da excepcionalidade do regime.
Aparentemente, ao citar essa advertência que surge em forma de um texto literário, notadamente oriundo de circunstâncias ou de países que sofreram o guante do autoritarismo e do cerceamento total das liberdades civis, poderia parecer exagero de que uma espécie de “Big Brother” esteja sendo operado no Brasil. Mas, diante do expresso desejo de respeitáveis próceres do PT, de uma intransigente defesa da implantação de uma espécie de Lei da Mordaça, sobre os meios de comunicação do País; da proposta de criação dos conselhos sociais, verdadeiros sovietes sobrepassando as competências do próprio Legislativo e do excessivo controle que o Executivo exerce sobre o Parlamento e sobre o Poder Judiciário, os temores não são um despropósito e nem um despautério!
Isto porque, diante do aparelhamento do estado por membros do PT e dos sindicatos e, dado o viés ideológico de quem acha que “triste do poder que não pode”, os temores não são de todo inusitados pois se se deixar que as coisas avancem sobre o ir e vir das pessoas, então a republica bolivariana estaria prestes a chegar ao Brasil, mais cedo que se espera.
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!