FELIZ O QUE?
2014 pode ser considerado o ano mais tumultuado da vida dos brasileiros. Não apenas pela enorme quantidade de problemas acumulados mas, pior que tudo, pela descrença nas instituições e nos homens públicos que tomou conta dos cidadãos desse belo e enorme país.
O pessimismo é generalizado. Os escândalos pipocam a toda hora, em todos os dias e, não é apenas em qualquer lugar mas, em todos os lugares. A cada momento são anunciados mais réus e mais denunciados nesse momentoso Petrolão, o maior escândalo, sem dúvida, da história do Brasil e que, pelo andar da carruagem, vai ter mais e mais desdobramentos.
Por enquanto, dizem os mais pessimistas, as investigações cingiram-se apenas a uma Diretoria da Petrobras e, quando chegar a vez das outras diretorias, algumas até mais estratégicas, aí, dizem, o bicho vai pegar. E, na periferia dos escândalos, vão surgindo outros como é o caso dos navios comprados pela Transpetro, a recente denúncia de quatro projetos assinados entre a Andrade Gutierrez e a Petrobras, recentemente denunciado pelos procuradores do Rio, além das denúncias de Venina Veloso da Fonseca, que estão assustando a todos.
Como se isto não bastasse a classe política e o próprio Poder Central encontram-se em terrível estado de nervos e numa espécie de paralisia porquanto insinua-se que são setenta o número dos políticos favorecidos por tais negócios espúrios.
Por outro lado, agora mesmo os acionistas minoritários da Eletrobrás reagiram contra a tentativa da Presidente Dilma de conceder financiamento de 100 milhões de dólares a Nicarágua, recursos esses cujo futuro se sabe que é o seu não pagamento como vai ocorrer com os empréstimos a Cuba, Venezuela, Equador, Bolívia, Argentina e alguns países africanos.
E a Oposição ainda está a prometer abrir a “Caixa Preta” dos empréstimos concedidos pelo BNDES, tanto a empresários brasileiros — Eike Batista, Friboi, Odebretch, etc — além de problemas já tradicionais nos Dnits da vida que, diante das dimensoes do Petrolão, representam ação de punguistas ou de meros batedores de carteira!
Além de tais desafios e problemas, ainda vem de fora notícias ruins como a ação que se move, nos EUA, contra os gestores da Petrobras, a não entrega de seu balanço nos prazos estabelecidos, as ações da empresa derretendo na bolsa e, apesar do sopro de esperança com a nova equipe econômica, as decisões da Presidqente Dilma de conceder empréstimo do Tesouro para capitalizar o BNDES e o “rasgar” a Lei de Reponsabilidade Fiscal com a vergonhosa anuência do Congresso, tornam o quadro ainda mais complicado e a confiança mais reduzida.
Duas coisas estão a intrigar nesse quadro todo. A primeira, até que ponto Renan e Eduardo Cunha não estão com os nomes envolvidos nesse processo, o que simplesmente embaralhará todo o quadro pois, ou, se todos estiverem envolvidos, a única solução para o imbróglio é um grande acórdão ou rememorando a velha tese de Millor Fernandes “ou nos locupletamos a todos ou restauremos a moralidade”!
Ou seja, ou se aceita que está todo mundo envolvido e, a única maneira será o “entendimento visando a pacificação nacional” ou o “impeachment” da Presidente Dilma. Mas, há quem diga, que a Presidente pode ter sido leniente e até irresponsável, diante de todos os crimes de seus amigos, parceiros e cúmplices mas, ela mesma, não teria se beneficiado do processo.
Mas há também quem diga que o grande mentor, condutor e gestor de todo o processo teria sido Lula cujo silêncio, no momento, chama deveras a atenção. Se for verdadeiro e se o escândalo ou os escândalos de toda ordem chegarem a ele, como hoje todos insinuam, então pode ser que a Presidente Dilma não venha a ser “impinchada” mas que, pelo jqeitão, o PT será impinchado, por certo.
Finalmente, a pergunta que paira é, até que ponto Michel Temer não espreita a chance de assumir a Presidência num possível afastamento de Dilma e qual estratégia estará na sua cabeça e dos peemedebistas vendo a chance de assumir o poder sem ter que ir a luta para ganhá-lo?
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!