O QUE ESPERAR DA AÇÃO DE LEVY?
Todos os brasileiros, até os menos envolvidos com as discussões sobre os problemas e impasses enfrentados pela sociedade brasileira, tinham e tem perfeita consciência de que os desarranjos, os desequilíbrios e as dificuldades da economia nacional não poderiam mais esperar por contemporizações. Ou seja, não poderiam mais esperar por postergações, maquiagens ou tentativas de demonstrar que os problemas não eram extremamente complexos e que seriam de fácil solução! Medidas duras destinadas a superar tais limitações eram, de há muito, aguardadas, não importando quem fosse o eleito no pleito presidencial passado.
Ou seja, todos tinham a quase certeza de que era necessário proceder ajustes e tomar providências enérgicas com vistas a uma rearrumação das finanças públicas e a superação de medidas patrimonialistas e paternalistas que oneravam deveras o Tesouro, inflavam os gastos públicos , alteravam os preços relativos e promoviam desajustes de toda ordem no sistema de alocação de recursos da economia.
Renúncias fiscais despropositadas e sem quaisquer consequências que favorecessem a dinamização da economia; financiamentos generosíssimos do BNDES; o uso de empresas como a Petrobras e a Eletrobras para fazer combate ou controle da inflação; uma irresponsável política de preços administrados e um total desregramento nos gastos públicos, levaram a um processo de desorganização tal da economia que, praticamente, desmontaram os seus fundamentos básicos e estimularam a retomada da inflação, promoverá o desequilíbrio externo e provocaram uma quase recessão da economia.
Agora estão sendo tomadas medidas amargas que, embora necessárias e inadiáveis, afetarão todos os segmentos da sociedade. É, difícil. Em tais circunstâncias, promover uma justa distribuição dos sacrificios, num primeiro momento. Não serão apenas cortes de despesas, redução de investimento publicos, fim de incentivos e subsídios de toda ordem, além da restrição à práticas de concessão de benefícios fiscais e benesses outras, além dos cortes nas fraudes nos benefícios previdênciarios , no auxilio-desemprego, no seguro por morte e outras pensões.
Também, em outros segmentos — TJLP, socorro a empresas públicas ou privadas, capitalizações com recursos do Tesouro onde os desvios de conduta e a ineficiência da gestão pública que favorecem a comportamentos indesejáveis e a desequilibrios e distorções na operação na economia, são objetos do planejamento e da ação compreensiva de LEVY.
Levy, até agora, parece que vai passando no teste não apenas pela visão compreensiva de, para corrigir erros, não incorrer em novos equivocos e descompensações ou impor perdas em ganhos notórios no capítulo social, ao mesmo tempo parece estar conseguindo convencer Dilma de que não há outro caminho para garantir a própria governabilidade do que agindo dessa forma.
O País terá que alcançar as metas de reequilibro fiscal, recuperação da credibilidade interna e externa e não permitir que as distorções que levaram ao atual estado de coisas se repitam, se mantenham, se alarguem ou se transferiram para outros segmentos da economia.
E, na verdade, as intervenções de LEVY são de caráter abrangente, compreensivas e estratégicas, até mesmo quando propõe a recriação da CIDE, um possível aumento de Pis/Cofins ou, até mesmo, quando faz vista grossa para os movimentos dos governadores de recriação da CPMF. Isto porque considera os próximos dois anos que o Brasil estará em estado de emergência e, se houver compromisso, notadamente da Presidente Dilma, será possível acriação das bases para que volte a crescer em bases seguras, dinâmicas e sustentáveis!
E o interessante desse processo em curso é que ele está se espraiando pelos estados, pelos municípios, pelas empresas privadas e até pelas pessoas físicas, numa espécie de consciência critica da sociedade sobre o estado das artes do País. A sensação que se tem é que, o “timing” das providências está sendo correto, a adesão do empresariado e da mídia tem ocorrido, o Congresso Nacional fechado e o governo central sem outra saída, estão ajudando “a tour de force” que empreende Levy. E já aparecem sinais de que os agentes econômicos brasileiros e os de fora, mostram-se mais compreensíveis e já reveem idéias de diminuir o grau de investimentos do país e restabelecem a confiança nos gestores da política econômica nacional.
Assim as coisas marcham e as expectativas são favoraveis a que se encontrem saídas para os graves problemas nacionais. Apesar da pressão dos petistas, dos aliados e de interesses de grupos que entraram em crises nos últimos anos, até agora LEVY está podendo trabalhar!
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!