A MARCHA DA INSENSATEZ!

Marcha célere o Brasil para o fundo do buraco. E não é dramatização ou uma apelação barata. Está o país sem rumo e sem prumo e sem ter onde se segurar ou onde buscar qualquer esperança de que um caminho crítico possa ser encontrado para superar um quadro tão difícil. Não há idéias, nem homens e nem nomes. Não há a que e a quem recorrer! E o mais grave de tudo, é que não existe sequer um Dom Corleone, por essas plagas, líder maior das contravenções e de crimes de toda ordem, para sugerir aos concorrentes e também aos possíveis parceiros de que, se não se alinhassem e se aliassem,  independentemente das diferenças e dos interesses, nenhum caminho surgiria para superar os impasses, os conflitos de interesses e as diferenças dos vários grupos do chamado crime organizado!

A coisa enlouqueceu de tal forma que, o embate mais sério e que mais atrai atenções tem sido o combate intenso, sem tréguas e sem qualquer possibilidade de um entendimento,  entre os contentores que sustentam o governo e aqueles que fazem o exército de Eduardo Cunha! O processo tem culminado com atos e gestos que mostram uma total falta de compromisso com qualquer coisa séria e é de uma insensatez e do predomínio da mediocridade que clama aos céus. A decisão do STF não encontra paralelo e não se justifica a não ser pelo jogo de interesses em conflito na proporção em que invade a competência de outro poder, substitui-lhe as regras estabelecidas nos seus regimentos internos e confere interpretação contrária a que a legitimidade do voto popular conferiu aos parlamentares para o exercício de seu múnus!

“Nunca antes na história desse país” assistiu-se a tantas e reiteradas demonstrações, não apenas de total descompromisso para com o País e para com a sua história, por parte de suas elites, como nunca se observou  uma marcha tão célere no caminho da insensatez! A decisão do Supremo é desastrada, inopinada, injustificada e inconsequente pois desrespeitou a independência dos poderes, invadiu a competência do Legislativo, judicializou o Regimento Interno da Câmara e, interpretando a seu bel prazer, quando e onde era desnecessário, o que a letra da Constituição, cristalinamente, definia e expressava!

A atitude do Supremo, questionada, incisivamente, por ex-dirigentes daquela Corte,  pela mídia e por muitos formadores de opinião, teve o desplante de tirar da representação popular a sua legitimidade e a sua competência, conferindo superpoderes ao Senado e ao seu Presidente, esvaziando qualquer papel da Câmara dos Deputados. Até os mais incautos ficaram, tal qual Rosamundo, o distraído, personagem impagável da crônica brasileira, se perguntando por que aqueles que eram, figadalmente os mais leais ao governo, defenderam, intransigentemente, o parecer do Relator, que ia na direção oposta aos interesses do Executivo, enquanto os que se esperava votassem a favor do relator, votaram contra! Isto, necessariamente, desorientou Rosamundo!

Se a violência do STF nao bastasse, o Procurador Geral da República, assentado numa argumentação marcada pela subjetividade e pelas suas diferenças com o Presidente da Câmara, propôs ao Supremo o seu afastamento do mandato e a sua consequente destituição da Presidência da Câmara dos Deputados, sem qualquer fundamentação objetiva e, necessàriamente, perdendo uma excelente oportunidade de não se permitir manifestação tão inconsequente e tão pouco atenta ao quadro de problemas institucionais do País. Não esperou, sequer, pelas conclusões do processo que corre no Conselho de Ética da Câmara e, num inconsequente propósito de “queimar etapas”, já se buscou credenciar a ser o responsável pela defenestração de Cunha!

No Executivo, a saída de Levy, que desde o início de suas funções à frente do Minifaz vinha sendo, sistematicamente, boicotado pelo PT, pelo Ministro do Planejamento e, depois pelo próprio Lula e por Dilma, mostra que a falida proposta da nova matriz econômica de Mantega, cujo executor era o seu Secretário Executivo, no caso o novo Ministro da Fazenda, não deixa a ninguém qualquer convicção ou certeza de que o ajuste fiscal prosperará! O império da mediocridade e da incompetência, foi reestabelecido e, com toda a sua imponência!

Se a ópera bufa necessitava de uma pitada de intriga, o que faz Renan com Michel e a guerra que se trava na bancada do PMDB na Câmara, tem caráter quase circense! Um dia um Líder. No dia seguinte, um outro e,quem sabe, amanhã um terceiro, além das propostas contra a Câmara e Eduardo Cunha  e, agora, engrossando o coro de petistas, Renan, para assumir maior protagonismo, estimula denúncias  contra o próprio presidente do seu partido!

Se tais desencontros já não bastassem, a chamada Operação Catilinária pareceu uma proposta que objetivava tirar o foco da Lava Jato, além de desmoralizar o processo tão bem conduzido pelo Juiz Sérgio Moro e, ao abrir uma frente ampla, perder-se em questões aparentemente menores. MIsturar crimes do Petrolão com crimes tipo falta de decoro não ajuda, em nada, a Operação Mãos Limpas brasileira.

E o Congresso, para fazer jus a sua fama, vive a sua tradicional falta de seriedade e de propósito quando destitui líderes, negocia interesses com o Executivo, confronta a Câmara e o Senado, e, os 26 partidos que lá atuam, não tem ideologia, não seguem qualquer doutrina, carecem de linhas programáticas e, acima de tudo, são comandados pela esperteza e pelo oportunismo.

E Dona Dilma, continua a passear a sua incompetência e irresponsabilidade pelas avenidas de Brasília, pedalando, de fato, enquanto se busca uma base fiscal adequada para honrar as pedaladas que exigirão mais de 60 bilhões do Orçamento de 2016 para cobrí-las. Orçamento este que, além de um superávit chifrin, incorpora o que não existe, como as receitas derivadas do aumento do PIS/COFINS, da CPMF e talvez até de um possível ressuscitar da CIDE! Além da desastrada gestão das finanças públicas e de uma incompetente, incoerente e inconsistente política econômica, o país tem a sua frente uma governanta sem qualquer visão de planejamento estratégico que lhe desse e dê credibilidade interna e externa.

É esse o triste balanço que se faz desse desmantelamento do estado brasileiro e da desconstrução de sua economia e de seu amanhã. Do jeito que a coisa ficou, talvez nem reza resolva mais!

 

 

 

 

para que pudessem sobreviver e manter seus negócios.

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