QUAL O “TIMING” DE TEMER?

Quanto mais tempo pode ser a demora ou quanto tempo decorrerá  para que sejam aprovadas as medidas capazes de ir alterando o humor e o grau de confiança dos cidadãos brasileiros? Parece que, mais e mais, a sociedade não consegue nutrir entusiasmo e esperança em relação ao amanhã deste país. Ou seja, parece que a paciência dos desmpregados, desestruturados e que perderam seus empregos e os seus negócios, tambem perderam a esperança de recuperar o tempo e as coisas perdidas.

Urge que Temer tire já e já “o coelho da cartola” no sentido de apresentar idéias, proposições e decisões capazes de, efetivamente, transmitirem ao povo a sensação de que as coisas estão mudando. Ou que, em breve, estarão mudando. Porque se sente que, insuflado pelos defenestrados do poder, o povo está no limite de sua paciência e, até  quando se conseguirå aguentar a pressão popular!

Isto porque, em tempos tão difíceis como os que vive o País, ninguém daria um “cheque em branco”, até mesmo para quem estivesse no auge da popularidade e da confiança da sociedade civil, imagine-se para quem assumiu o poder, no centro de um tiroteio e sem ser conhecido pela população brasileira. Ademais, tendo que enfrentar a revolta de um grupo que, por treze anos, dominou, com avidez, o poder, não só aparelhando-o como fazendo uso abusivo de todas as agências de poder, para fins politico-eleitoreiros.

Talvez seja este quadro que representa o inferno astral de Temer. Ter que enfrentar uma crise de proporções homéricas, sem uma idéia do momento em que ela começará a ser revertida e, sem ter uma mensagem convincente de esperança para 14 milhões de desempregados e suas famílias  e para milhares de pequenos e médios empresários que perderam os seus empreendimentos e não se sentem animados a retomar e recomeçar as suas empreitadas.

O lançamento do novo programa de concessões anunciado pelo governo federal, com inovações capazes de reduzir os óbices relacionados a prazos, exigências ambientais além de restrições à lucratividade dos empreendimentos e de exigência de participação do poder público nos negócios — como era o caso da privatização dos aeroportos com a presença desnecessária e complicadoras da  INFRAERO no controle das atividades privatizadas– parece que foi bem recebido pelos empresários.

Claro está que até os editais serem lançados, a concorrência ser concluída e os investimentos começarem, será coisa para, no mínimo, meados do próximo ano!

É por isso que muitos economistas acham que o desemprego ainda vai  piorar até o final do ano e, só começará, realmente a melhorar, quando fevereiro chegar. Ou seja, o que fazer para reduzir o drama e a angústia de tantas famílias sem emprego e sem renda? Que políticas de emprego poderiam ser postas em prática, de forma compensatórias, capazes de gerar uma descompressão social tão necessária para o momento politico nacional? É crucial continuar apresentando novas propostas relacionadas a uma maior agressividade no que concerne a investimento em mobilidade urbana e na busca de juntar esforços no sentido de integrar as ações com estados e municípios que, por acaso,  tem uma série de obras que estão paralisadas e que são fundamentais  à retomada da expansão e do crescimento de tais unidades da Federação.

Caso a União promovesse esta ação integrada de buscar o financiamento para projetos estruturantes, ora parados nos estados, projetos esses que podem acelerar e dinamizar as economias de muitos estados e municípios brasileiros, então as possibilidades de superação da crise econômica severa, em prazo mais curto, seria um alento para abreviar as agruras e o sofrimento da população brasileira.   Com as medidas saneadoras das finanças públicas, de correção de desvios de gestão dos fundos de pensão, do Bndes, da Caixa e dos bancos regionais brasileiros,  além da limpeza ética nos programas sociais, estes são os ingredientes para melhorar o ambiente econômico nacional.

A questão básica é o governo estabelecer um marqueting de gestão aproveitando todos os fatos, ações e providências destinadas a superar os problemas do País,  além do lançamento frequente de projetos que leve o cidadão a afirmação  do tipo  “eu acho que é por aí”, mudando assim o clma de pessimismo que ora domina corações e mente dos brasileiros.

Acho que, embora ainda no fio da navalha, Temer vai conseguir convencer a população brasileira de que os problemas monumentais ora experimentados pelo Brasil, embora enormes, estão sendo enfrentados numa estratégia que minimize a tendência natural de medidas saneadoras de agudizar os problemas sociais. E isto leva tempo e muito jeito já que as medidas tem que ser negociadas com a classe política,  o que, convenha-se, ē desafio dos mais dificeis de serm superados.

No próximo comentário o cenarista intentará usar a sua imaginação criadora para sugerir algumas medidas emergenciais que componham um quadro de propostas capazes de gerar emprego e renda nas pequenas, nas médias e grandes comunidades a curtíssimo prazo.

 

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