TUDO MARCHA OH! GRANDE DEUS!

Há um cheiro no ar de que as coisas tenderão a ser mais sérias e que critérios éticos serão respeitados mais amiúde, daqui por diante! E isto ficou, de certa forma, demonstrado, por dois gestos. Um, de Michel Temer, que teve “guts” para vetar o aumento aprovado pelo Congresso Nacional, para os defensores públicos. Nada contra os defensores mas que a decisão do Congresso, ao aprovar tal aumento, ia na contra-mão do que a sociedade, pede, cobra e espera, em termos de austeridade nos gastos públicos.  Em seu favor e, nessa mesma linha, o Presidente disse, claramente, que é contrário ao aumento proposto pelo e para o Judiciário, pelo efeito cascata e pelo processo de aceleração da crise financeira dos estados e municípios.

E tal atitude parece que sensibilizou a Presidente do Supremo Tribunal Federal pois  que se tem notícia de que ela  já coordena uma comissão destinada a estudar como estabelecer a desvinculação dos salários dos membros dos tribunais superiores dos salários, não apenas  em relação aos Parlamentares mas, também,  de toda a magistratura.

Se essa foi uma decisão aplaudida pela sociedade civil brasileira, o Congresso Nacional, particularmente a Câmara dos Deputados, se redimiu, de última hora, mesmo que não em  um gesto espontâneo mas provocado pela reação de alguns Parlamentares,  de cometer um desrespeito ao País quando ia votar a anistia de caixa dois em emenda ao projeto que criminalizaria tal ato. Tal emenda, marcada pela esperteza e pela má fé, acabou sendo retirada do texto a ser votado.

Se tais decisões são um alento de que as coisas começam a tomar jeito, as informações recentes da economia e as expectativas relacionadas às suas perspectivas, favorecem um quadro mais positivo para a atividade produtiva do país!

Na verdade os indicadores da tímida recuperação da economia demonstrada pela indústria manufatureira e pelo varejo, a par do excelente desempenho das exportações do agronegócio, além do fortíssimo ingresso de capitais externos, adicionam ânimo adicional a tal sentimento.

Por outro lado, o lançamento da nova proposta relacionada à concessões, as indicações de investimentos adicionais chineses e as expectativas favoráveis relacionadas a reunião de Temer com investidores americanos, abrem novas possibilidades para o País.

Se, ao lado de tais indicadores o governo adotar equilibradas medidas compensatórias e anti-cíclicas de emprego e renda, as possibilidades de uma recuperação da economia mais rápida do que a prevista, será possível. Por outro lado, uma negociação da divida dos estados e municipos, marcada por uma exigência de contrapartidas em termos de responsabilidade fiscal e limites de expansão  do gastos públicos e da dívida global, terá o condão de estabelecer regras de comportamento mais equilibradas e menos irresponsáveis.

O Presidente Temer tem, como prioridade fundamental, aprovar o projeto que limita a expansão do gasto público e estabelece tetos para o crescimento do dispêndio e da dívida pública por parte do Congresso. E, para acelerar a retomada do crescimento, a antecipação do processo de discussão da reforma da previdência e dos ajustes necessários na legislação trabalhista representarão indicadores, para os agentes econômicos, de que o governo está empenhado em por a casa em ordem e gerar o ambiente favorável ao estímulos às atividades produtivas.

Feitas tais considerações e, ocorrendo a promoção de tais ajustes, o que as pessoas ainda estão a perguntar é “por quanto tempo se estenderá a Lava-Jato”? E a resposta deve ser, pelo tempo que for necessário porquanto se exige que se estabeleça, para a maioria da sociedade,  que “o crime não compensa” e que “a impunidade não prosperará”! Claro que outras pré-condições para criar-se o ambiente propício para que a sociedade prospere em paz e com justiça social, será necessário superar alguns clássicos problemas estabelecidos pelas regras atuais do jogo político-eleiçoeiro; a complexidade, lentidão e injustiça da operação do sistema jurídico nacional e o excesso de burocracia que permeia toda a ação e relação do estado com o cidadão.

Mas, pelos indícios, pelas manifestações e pelas exposições de fatos e circunstâncias ligadas à atividade econômica, as coisas parecem estarem caminhando no rumo certo. Um pouco de paciência, compreensão e boa vontade dos brasileiros, o governo atual, dotado de lideranças expressívas e experimentadas, de uma equipe econômico extraordinária, tem todos os elementos e apetrechos para levar o Brasil a retomada da estabilidade econômico e do desenvolvimento social sustentáveis.

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