CELEBRAR CONSEQUÊNCIAS, CONDENAR AS CAUSAS!
Tem sido assim o tempo todo. Os petistas, hábil e competentemente, celebram os êxitos das telecomunicações privatizadas, mesmo condenando o processo de privatização; exaltam a relevância da estabilidade econômica e, sábia e talentosamente, não mencionam que Lei de Responsabilidade Fiscal, o câmbio flutuante, as metas de inflação, o superávit primário, entre outros, são instrumentos desenvolvidos e criados no governo que Lula sucedeu. As severas críticas à EMBRAER e a Vale, que, segundo os petistas, ao serem privatizadas, foram como que, doadas ao capital privado, embora exaltem a pujança, a competitividade e a expressão internacional dos seus êxitos e a sua expansão magistral!
Se a balança comercial faz saldos significativos, é fruto do que se fez agora e não tem raízes no esforço do empresariado e do que se fez, no passado recente, no estímulo e na promoção de tais exportações. Se o agronegócio é um grande sucesso, não se deve nem a ousadia de Juscelino de descobrir o Centro-oeste e, nem tampouco, a contribuição dos estudos, pesquisas e melhoramentos genéticos desenvolvidos pela Embrapa, nem ao pioneirismo e a ousadia de produtores rurais vindo, notadamente, do Sul.
Na verdade, nem o êxito de programas sociais surgidos por inspiração de homens públicos como Cristóvão Buarque, que inventou o bolsa escola depois transformado em bolsa família e, até a previdência rural, são contabilizados a favor do governo petista. Aliás, os êxitos do governo Lula são indiscutíveis, mas é preciso um pouco de humildade para aceitar que, o acaso não é pai nem do pré-sal, nem da descoberta de minerais estratégicos e nem a Petrobrás desenvolveu, só agora, a competência para explorar o petróleo no fundo do mar.
Talvez a oposição não tenha se apetrechado para, não combater Lula, pois, mais uma vez, um mito não se combate e, sim, aguarda-se que os seus excessos e a sua tendência ao narcisismo, o levem a autodestruição.
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!