O MUNDO COMEÇA A RESPIRAR ALIVIADO!
A informação liberada pelas autoridades americanas de que a economia havia crescido 3,5% no último trimestre em relação ao trimestre anterior, gerou uma onda de otimismo no mundo inteiro, com reflexos intensos nas bolsas, inclusive na BOVESPA, onde a recuperação foi de quase 6%. Ademais, referida recuperação da maior potência econômica do mundo, embora não possa representar a superação da crise mundial, significa a saída técnica da recessão daquela grande potência. Na esteira das importantes superações dos efeitos mais danosos da crise, Japão, Itália, Noruega, França, entre outras nações, já apresentam indicadores que mostram a superação dos momentos mais críticos do processo.
Algumas observações e conclusões podem ser extraídas desse evento saudado de maneira tão efusiva pelo mundo todo. Em primeiro lugar, ainda não se saiu completamente da crise e nem tampouco foram feitas as mudanças regulatórias no sistema financeiro internacional para coibir abusos de toda ordem. A segunda observação é a de que se deve estar atento para a não formação de novas bolhas capazes de criar novos embaraços à economia mundial. A terceira conclusão é a de que os mecanismos e instrumentos anticíclicos estavam bem mais modernos do que aqueles que o mundo pode contar quando da crise de 1929.
O arsenal hoje disponível é muito respeitável e dá mostras de que 2008 não teve a dimensão que teve 1929.
Para sair do buraco de 1929, não foi somente o impacto do keneysianismo posto em prática pelo New Deal além de todos os dramas e sofrimentos, por quase dez anos, sofridos pelos cidadãos americanos. Foi preciso que, o continuar da guerra de 19 em 39, estimulasse os investimentos produtivos na Europa e nos Estados Unidos. Agora não! A intervenção do estado nas economias; o alerta sobre a fragilidade dos sistemas bancários em vários países; a demanda por uma regulação e controle dos fluxos financeiros, entre outras medidas, foram alguns dos ingredientes utilizados pelos “policy makers” do mundo inteiro. Com um mundo interdependente, complementar e globalizado, não há medidas tomadas por alguma nação que a instantaneidade da informação não permita que qualquer país tenha acesso.
Amigo Pedro,
Grato pelo comentário. Estou abrindo um espaço, copiando aquele local de Curitiba, chamado de Boca Maldita, para que as pessoas coloquem as suas críticas, diretamente, ou através de pseudônimos.É interessante como muita gente quer ter um espaço democrático para colocar suas idéias e opiniões. A internet veio estabelecer a verdadeira revolução do espaço midiático que faz parte da revolução da cidadania.
Seu site é bem interessante. A falta de comentário se deve a que os leitores podem não querer se expor, por se tratar de “opiniões” bem sopesadas. Tenho esse problema também no meu site, que é “acadêmico” (pesado, textos longos, reflexivos…). Mas é isso mesmo. Acho que vai dar certo. Felicitações.
Pedro Demo