A BANALIZAÇÃO DAS TRAGÉDIAS!
Uma tragédia de enormes proporções, vitimando pessoas que não sabiam porque estavam sendo mortas, por causas e razoes presumidamente religiosas, provocou enorme comoção e gerou significativa repercussão em todo o mundo. As vítimas foram tantas e a estupefação dos que foram vitimados foi de proporções tais que, até agora, a perplexidade domina corações e mentes. A tragédia francesa foi deveras chocante e impactante embora crimes ambientais como o de Minas Gerais tão brutais e de consequências sobre o hoje e o amanhã de gerações que pagam o preço da incúria, incompetência e irresponsabilidades dos gestores públicos, tenham repercussão de maior relevo no pensamento e na atitude dos brasileiros!
Isto sem falar na violência que domina todos os rincões e classes sociais do País, marcada por chacinas, pela ação de grupos comandados pelo crime organizado e pelo que agora faz a droga com parcela considerável da população nacional, o que estabelece dimensões deveras assustadoras e não há indícios e sinalizações que os estragos possam ser contidos e minimizados pela ação de políticas públicas consequentes.
Há povos que, avaliados à distância, presumidamente, estariam habituados com tragédias. Máxime aquelas derivadas da imponderabilidade da natureza e de seus fenômenos — tsunamis, terremotos, maremotos, erupções vulcânicas, etc — ou aquelas fruto da incapacidade do homem de prevení-las ou minimizá-las. Se isto não bastasse, vive-se agora um pipocar de atentados, atos terroristas, confrontos sangrentos tudo fruto de questões e problemas de desentendimentos sedimentados por históricos e seculares conflitos tribais ou oriundos de conflitos étnicos.
Mais recentemente, os conflitos oriundos da intransigência religiosa tem ganho enorme espaço e, em nome de um Deus, não se sabe por quais desígnios, mata-se, na forma de chacinas, nas dimensões desse tenebroso e tragedíaco desastre ocorrido em Paris. Ao lado de chacinas dessa natureza assiste-se a homens e mulheres que se matam por alguma causa ou em nome da fé e da religião, à vista de todos, num espetáculo de babárie que assusta e mostra que mais e mais irracional e desumano é o habitante desse planeta.
Aqui, entre brasileiros, o fundamentalismo religioso até agora ainda não conseguiu sensibilizar a muitos e não deu margem para conflitos de monta. Nem tampouco, questões étnico-raciais, regionais ou políticas, conduziram os brasileiros ao desforço físico e ao pegar, literalmente, em armas, defendendo tais idéias ou tais presumidos ideais.
Embora aqui grasse a violência e surjam situações de verdadeira barbárie como linchamentos, chacinas planejadas, estatísticas crescente de homicídios, entre outros, até hoje parece que o sincretismo religioso, a miscigenação racial e a própria cultura tupiniquim tem impedido situações como essa que agora experimentou a França.
E, o que ocorreu em Paris, patrocinado pelo Estado Islâmico, em nome de Alá, e, isto é o mais grave, ocorre exatamente no momento em que os europeus começavam a se sensibilizar com o drama dos imigrantes do mundo árabe, da África e de alguns áreas asiáticas conflitadas e abriam caminho para o acolhimento nas suas sociedades e em seus territórios, de tantos cidadãos desesperados pelas situações de guerra civil, de conflitos de toda ordem e em função da fome e da falta de perspectivas de vida. E agora? Qual será a reação das populações européias?
As tragédias daqui, do Brasil e, até mesmo as americanas, estão na violência das ruas, na ação do crime organizado, na destruição de vidas provocado pelas drogas ou pela e, em muitos casos, em função do descaso, da negligência e da irresponsabilidade dos governos. É isto fica muito claro diante da TRAGEDIA de Minas Gerais onde a falta de planejamento, de ações preventivas e a falta de fiscalização mais pronta e séria levou ao desastre ambiental que comprometerá a vida das pessoas de uma enorme área de Minas como o futuro de geracoes!
Assim, o fim de semana que, ao dar uma trégua na crise que envolve o País, assistiu esses dois episódios que comoveram e deixaram uma enorme inquietação é uma grande incerteza do que será o mundo com a ameaça permanente de tresloucados gestos de kamikases modernos que se autoexplodem destruindo vidas, história, património cultura e esperança de um mundo melhor. E as pessoas se perguntam qual a diferença entre a barbárie do passado ou das tribos culturalmente atrasadas da África e o que esses grupos terroristas praticam?
Parece que se está a regredir e, a globalização, a convivência entre povos, os valores tão relevantes da revolução francesa — liberte, egalite e fraternite — foram esquecidos e a brutalidade passou a ser a regra para a superação de conflitos e de diferenças.
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PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!