A CLASSE MÉDIA VAI AO PARAÍSO!
A evolução observada do número de pessoas que ascenderam na escala social e alcançaram o “status” de classe média baixa – rendimentos entre mil e quatrocentos reais e quatro mil reais/mês – atingiu o notável número de quase metade dos brasileiros: 90 milhões!
Segundo os últimos dados disponíveis pela Fundação Getúlio Vargas, a nova classe media já representa 47% da renda nacional, frente a 44% representados pelas classes A e B.
Tal cifra representa um valor que supera os 500 bilhões de reais, além do mais dinâmico mercado para bens de consumo duráveis e não duráveis do País.
Esse segmento tem muitos sonhos de consumo a realizar e a referida investigação demonstra que os que fazem a classe C não admitem que se possa viver ser computador e têm aspirações que fazem a alegria das grandes lojas varejistas do País.
As razões encontradas para a agregação de mais de 32 milhões de brasileiros à classe media nacional, são desde o efeito do Plano Real a reduzir o impacto negativo da inflação sobre a sua renda disponível, passando pelo aumento da escolaridade, ampliação do emprego e do salário médio, além do acesso ao crédito com juros menos escorchantes dos que eram praticados até bem pouco tempo.
E, para o futuro? Quanto mais de brasileiros poderão ser acrescentados a tal contingente? A tendência é que, vegetativamente, tal grupo vá aumentar, mas caso haja alterações na estrutura tributária reduzindo a sua regressividade; redução dos impostos de importação sobre bens duráveis; financiamentos de casa própria de forma mais adequada; acesso à escola de melhor qualidade e grande avanço nas oportunidades abertas pelas escolas de ensino técnico, a tendência é que, até 2014, sejam agregados mais 20 milhões de brasileiros.
Este cenarista defende medidas relativamente simples na área tributária, como a isenção parcial de impostos sobre a cesta básica e sobre os serviços industriais de utilidade pública – água, energia elétrica, esgoto, lixo, comunicações – e, mantido o ritmo de expansão da economia, será fácil ampliar o número de brasileiros na classe C.
Por outro lado, se se juntar o que ocorre no Nordeste, onde o dinamismo econômico tem se mostrado superior ao nacional e, segundo alguns experts, é possível ampliar em 8% o PIB regional, bastando que se reduza em 10% a desigualdade de renda, então a nova classe média terá chegado ao paraíso.
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!