A CONVERGENCIA DE PROBLEMAS E DIFICULDADES!
Afirma o dito popular que “em casa onde falta pão todos brigam e ninguém tem razão”.
O país assiste a uma série de problemas e dificuldades que geram uma perigosa convergência que pode culminar numa possível crise de caráter institucional. Não se pode falar que na casa não falta pão pois os mensaleiros e os doleiros nunca deixaram que, pelo menos, para os amigos do poder, nunca faltasse o lubrificante cívico!
Não bastassem os problemas econômicos de toda ordem, a seca no Sudeste, cada dia mais preocupante; o difícil equacionamento do problema energético — agora mesmo os conselheiros da Camara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) demitiram-se por discordarem do auxílio de 11 bilhões a empresas de energia elétrica que o governo forçou a instituição a aprovar a medida — ; além da incontida escalada de violência por todo o pais, surgem escândalos de toda ordem, culminando com o da Petrobras, cada vez com mais desdobramentos, envolvimentos e, agora com a decisão da Ministra Rosa Weber de fazê-la exclusiva no Senado, a gelatinosa base de sustentação parlamentar da Presidente está em crise e em polvorosa. Ninguém sabe o que fazer e o bate cabeça ocorre em todas as áreas de atuação do governo da Presidente.
E, diante de tantos problemas o governo vive desencontros, promove um jogo de culpas e parece mais perdido do que cego em tiroteio.
A atitude de, para esconder ou minimizar problema, manipular números, maquiar estatísticas ou forçar mudanças de metodologia para apuração de dados, tem levado a crises em vários órgãos do governo federal como o IPEA, o IBGE e agora a Camara de Comercialização de Energia Elétrica.
O mais grave é que tudo é resultado de avaliação que os assessores de Dilma e a própria fazem dos indicadores econômicos e sociais que, ora sendo divulgados pelos órgãos competentes, não agradam ao poder. Ou seja, porque fogem as suas expectativas. E, para tanto, antes de tornados públicos ou sofrem maquiagens ou alquimias, como foi o caso do superávit fiscal no fim do ano passado, ou as desencontradas informações sobre Passadena, sobre a Refinaria Abreu Lima e a venda de uma refinaria da Petrobras, na Argentina, para amigos de Cristina ou os últimos episódios sobre a inflação e as expectativas do mercado de que, a mesma, superará o limite superior da meta.
Os desencontros continuam ocorrendo em quase todas as áreas e em todos os front. Agora mesmo, num extravagante pisar na bola, alguém muito brilhante do governo, temeroso diante do esperado rompimento do limite superior da meta de inflação, propôs que se excluísse, para efeito do cálculo do Índice de Preços ao Consumidor, os aumentos dos preços dos alimentos! Proposta tão inoportuna e inusitada para não chamá-la de indecente que, mais ligeiro do que imediatamente, o ministro Guido Mantega veio desmentir a estapafúrdia idéia!
Sabe-se que, nessa tentativa absurda de mostrar resultados favoráveis, o comando do governo tentou criar embaraços tais que gerou um clima insustentável tanto no IPEA como no IBGE. Isto porque a realidade dos dados vencia as conveniências políticas do poder.E, o pior, os dados divulgados pelas respeitáveis instituições eram corretos e, só não foram alterados, pela atitude digna de seus técnicos e pela inestimável colaboração da mídia!
A questão toda era que, até pouco tempo, era possível mascarar informações, manipulando-as ao bel prazer do poder instalado. De um modo geral, quando não havia uma base tecnica e profissionalizada no órgão, a tendencia era que o aparelhamento do estado, pelos petistas e sindicalistas, garantia que, procedimentos dessa ordem, seriam acobertados por referidos aliados. Isto ocorreu, a larga, nas
chamadas agencias reguladoras que se prestaram, tambem como a Eletrobras, a Petrobras, o BNDES, a Caixa e o Banco do Brasil, a ajustarem as suas políticas e estratégias a serviço dos projetos de poder do PT e dos aliados!
Hoje os problemas estão muito mais complicados do que num passado recente. O aparelhamento do estado decretou o fim de um pouco de meritocracia que ainda existia; ampliou-se o trafico de influência e reduziu-se o nível de competência do trato da coisa publica. Mas, restaram alguns profissionais com a capacidade de se indignar e de não se aviltar deixando manipular pelos desejos e ânsias do poder.
E o que se espera é que o ano acabe para ver se o próximo ano será melhor que o atual, pois a confiança dos agentes econômicos ê quase nula, as agências de ” rating” avaliam o Brasil cada vez pior e, só se sente algum sopro de esperança quando as pesquisas mostram uma queda na popularidade de Dilma. Aí a bolsa sobe, o dolar cai e, até as boas noticias de fora começam a surgir, tendendo a gerar expectativas
de que 2015 pode nào vir a ser tão ruim quanto o momento atual.
E Dilma vive o seu inferno astral. Os petistas só geram constrangimentos como os de André Vargas e de Sergio Gabrielli. Lula, por sua vez, fazendo coro com muitos petistas e aliados faz críticas acervas a forma de condução da economia e o jeitão de Dilma de conviver com os políticos e, de modo estranho, estimula o movimento volta Lula. E Dilma, cada vez mais irritada com a atitude de correligionários e aliados e, pela sua presunção e arrogância, parece cada vez mais solitária e perdida. E, com isto, o pais a deriva, nao tem caminho e nem saida para os seus problemas e, poucas são as vozes que ainda conservam algum otimismo quanto ao amanhã do País.
Só se acredita num amanhã com mudança dos protagonistas, notadamente aqueles que detém o poder maior de alterar rumos e caminhos da sociedade. E, aí, por enquanto a coisa pega!
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!