A ECONOMIA PROMETE MAS A POLÍTICA… ESTÁ CADA VEZ MAIS CONFUSA!
O tiroteio politico-institucional continua intenso, cheio de contradições, falácias, muito controvertido e sinalizando no sentido de que as dificuldades atuais só tendem a se magnificarem, caso a economia não venha a dar sinais convincentes de que vai reverter as tendências pessimistas que se mostravam tão patentes ainda no final de 2016. Aí, com certeza, se tal não se concretizar, a cobra vai fumar! Isto porque a crise na seguranca pública, pondo em polvorosa as populações, não só como ocorreu em Manaus com a terrivel chacina que se registrou no presidio federal; com a repetição de um evento assemelhado, num presídio federal, dominado pelo crime organizado, em Roraima; depois, a chacina registrada em Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, assustam e põem em risco a estabilidade das instituições.
Aliás, a crise da segurança pública é a exteriorização de desequilíbrios de toda ordem na sociedade brasileira que vem sendo engendrados e ampliados no correr dos últimos anos e se intensificaram, na sua dramaticidade, nos cinco duros e difíceis anos que marcaram o governo Dilma Rousseff. Foram anos de crise econômica, d intensificação de desigualdades sociais, de desestruturação do estado e de sua gestão, da piora significativa de valores e de quadros políticos e, como consequência, da perda da confiança nas instituições e da esperança na própria capacidade do País de superar seus desafios.
E, como se não bastasse, o total desmantelamento do controle político do estado sobre a sua própria força de segurança, como ocorreu no Espírito Santo e que pode, por incrível que pareça, se alastrar por outros estados, como é o caso do Rio de Janeiro, a certeza de que vive o Brasil uma série crise de autoridade do poder público e de credibilidade das instituições. E, o mais grave é que o País, em momentos de perplexidade como esse, se pergunta aonde estão os líderes ou os presumidos salvadores da pátria, acreditando, equivocadamente, em tal saída para as crises e os conflitos, ao invés de apoiar as suas crenças nas instituições democráticas. Esse sebastianismo ultrapassado não é mais capaz de garantir respostas convincentes e objetivas para esse “tsunami” de desafios à competência e a capacidade de dar solução a tão sérios problemas.
Por outro lado, a pobreza de quadros políticos e gerenciais e a ausência de compromissos das elites, impede que se construa um debate norteador de mudanças e reformas que estabeleçam um outro itinerário para o País, subordinado a uma ética de compromisso e de responsabilidade e que vá gerando esperança consequente. A única luz que se enxerga é que, como dizia James Carville, assessor de Bil Clinton, ao construir as senhas de comunicação para garantir a sua vitória sobre George Bush, na sua linguagem muito incisiva, “é a economia, estupido”! Ou seja, para que se possa dar um tempo a tantos estruturais e institucionais desafios, só a economia retomando tornará possível melhorar o ambiente, o “mood” e as perspectivas de reconstrução do País.
E, estão se desenhando cenários, estabelecendo-se indicadores e o mercado começou a engrenar um sentimento de que, apesar das agências de “rating” internacionais não favorecerem esse espírito de recomeço, as coisas iniciam a retomar um rumo mais otimista inclusive porque, hoje, as pessoas já dizem “na economia o Temer vai bem mas na política, com essas companhias e essas escolhas, a coisa não anda tão favorável”. Ou seja, as pessoas jâ sentem que, embora fosse muito profunda e séria a dimensão do problema nacional, as medidas já tomadas, a confiança, mesmo parcial, já reconquistada, mostra que, apesar de muito difíceis, as coisas começam a tomar jeito.
Assim apesar de tantas limitações, problemas e dificuldades, o ar que se respira, apesar das balas perdidas, das articulações do crime organizado, da esperteza dos políticos e de muitos vícios comportamentais da sociedade, as coisas começam a indicar que tendem a dar certo. E, parece não ser apenas uma espécie de “wishful thinking” mas, mesmo com percalços como de alguns indicadores não se mostrando positivos ou sofrendo alterações ou flutuações desanimadoras quanto a desempenho de alguns indicadores econômicos, as coisas tendem a melhorar pois assim já se comportam os agentes econômicos.
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!