A LEI DA PALMADA!

Há uma discussão que, tendo sido mudada de eixo e de enfoque, hoje se tornou quase bizantina, qual seja, se o ato de disciplinar as crianças com as, segundo alguns, “boas e justas palmadas”, deveria ser terminantemente coibido, pela brutalidade que encerraria e os efeitos deletérios que provocaria.

O que se deveria buscar, com mais afinco, seria algo mais sério. Por exemplo, como refletir por que o País gasta 14 vezes mais com a terceira idade do do que  com a pré-infância ou com as crianças nos seus primeiros anos de vida?

Por outro lado, por que não se aproveita o IBGE para que se examinem as condições de “fiscal and mental deprivation”, sobre as crianças nos lares brasileiros. Também avaliar como os pais conduzem os filhos às drogas – como usuários ou “aviões” -, à prostituição infantil e, até mesmo, como os próprios familiares são os responsáveis pela sevícia, pela violência física e sexual de seus filhos. Que políticas seriam adotadas para combater tais patologias? O que fazer com as chamadas Casas de Correção da FEBEM que, na forma como são concebidas e geridas, são “fabricantes” de facínoras e bandidos da pior qualidade ao invés de reeducarem as crianças deliquentes ao retorno ao convívio da sociedade.

Na verdade, os excessos verborrágicos de políticos ou de pretensos entendidos na matéria, são mais eloquentes do que qualquer medida prática, séria e comprometida com a juventude. Provavelmente, a causa maior da violência no País derive da falta de políticas sérias, convincentes e realmente conducentes a criar perspectivas menos trágicas para esses que são chamados, cìnicamente, o “futuro” do Brasil. Com os candidatos, a palavra!