A SEMANA GORDA E TUMULTUADA II

A atitude da diplomacia brasileira no que respeita ao episódio Honduras/Zelaya tem sido marcada por erros, equívocos e confusões quase patéticas. A última e mais grave que, segundo o Embaixador Rubens Barbosa, fez o Barão do Rio Branco revirar-se no túmulo foi a atitude antiética, anti-diplomática e deselegante atitude do governo brasileiro ao receber uma carta enviada pelo Presidente Barack Obama, sobre a questão hondurenha, enviada ao Presidente Lula. A resposta mandada ao Presidente Obama foi feita, concebida, encaminhada e assinada por um membro do terceiro escalão do governo, o Senhor Marco Aurélio Garcia. “Nunca antes na história” da diplomacia brasileira a ideologização das relações internacionais havia chegado a tal ponto de agredir-se a um presidente de uma nação, máxime da maior nação do mundo, em relação a qual o Brasil tem mantido as melhores e mais respeitosas relações. E mais. Antecipando-se ao que as demais nações da América do Sul manifestaram em relação às eleições daquele país, o Brasil, sob a orientação de Chaves, decidiu que não aceitaria qualquer que fosse o resultado ali chegado mesmo sabendo que os Estados Unidos haviam externado que, se houvesse licitude qualificada pela presença de observadores internacionais, Barack Obama reconheceria o eleito! É, está indo muito mal a diplomacia terceiro-mundista e bolivariana do Brasil.