A SUCESSÃO AINDA INDEFINIDA!
Este cenarista continua insistindo na tese de que o candidato das oposições não será Serra, apesar das pesquisas continuarem a mostrar que, de longe, ele bateria a candidata Dilma Roussef, provavelmente já no primeiro turno. Isto tudo reflete uma situação que se poderia considerar, anômala, porquanto Aécio, se ainda não decolou, a seu favor, pesa o fato de que só existirem dois candidatos lançados, de fato, na praças: José Serra e Dilma Roussef. Os demais pré-candidatos se colocam apenas como coadjuvantes no processo onde ou falta apoio dos próprios partidos; ou falta estrutura ao partido e ao candidato bem como o chamado “lubrificante cívico” para financiar o início da campanha; ou, como é o caso de Ciro Gomes, uma dúvida hamletiana a assaltar as suas noites de sono ou de insônia, sobre ser ou não ser candidato, sem as bênçãos de Lula. Aliás coisa que parece improvável de ocorrer!
Por outro lado, cada vez mais, Serra se coloca mais do que qualquer outra como a face da chamada “elite branca, preconceituosa contra trabalhadores, sindicalistas, nordestinos e pobres” que domina a cena política de São Paulo e o PSDB, segundo o discurso de Lula. E, aos poucos, lideranças expressivas de outros partidos, começam a definir as suas possíveis opções, inclusive até, em termos do nome que melhor agregaria apoios, melhor somaria adeptos e melhor encararia os novos tempos para o Brasil, superando os graves problemas que ora enfrenta a sociedade nacional, mas numa proposta que soma e que, ao contestar, não desmerece o que se realizou de relevante. E, ao que parece, Aécio se coloca como a mais interessante e oportuna hipótese.
Dessa forma, o DEM, através de seu Presidente, o jovem deputado Rodrigo Maia, já declinou a sua preferência por Aécio Neves; o PTB também já se manifestou mais favorável ao seu nome; o Presidente Nacional do PSDB também já demonstrou que Aécio facilitaria muito o trabalho de costura de alianças e, o velho PMDB de guerra, preocupado mais com a sua sobrevivência e com a garantia de nacos de poder, estaria mais bem servido com Aécio que daria quase ou nenhum trabalho para ser “vendido” aos seus eleitores.
Ademais, se for o candidato José Serra, a eleição será plebiscitária, “do sim contra o não, do Lula contra o pessoal da privataria, do entreguismo, do desprezo ao patrimônio nacional, da discriminação contra pobres e nordestinos”, segundo petistas mais emperdenidos, o que afogará o país, provavelmente, numa disputa das mais sujas que a sociedade brasileira já assistiu. Se porventura Dilma não emplacar e, ao que parece, com tão alta rejeição, não emplacará, aí morará o perigo pois que, sem candidatura alternativa na manga, o que farão ou tentarão fazer os amigos de Lula?
Com 80% de apoio popular e diante das dificuldades para superar problemas não só dentro do PT mas nas alianças nos vários estados – Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pará, entre outros – qual seria a solução mais “adequada”? Seguir o caminho percorrido pelos demais países da América do Sul, notadamente aqueles adeptos dos valores da chamada “Revolução Bolivariana”: propor um terceiro mandato para Lula, acabando com o sistema atual que permite mais de duas reeleições, com intervalo de tempo entre a segunda e a terceiraão uma vez e nunca mais como ocorre nos Estados Unidos. É delírio, é fantasia ou é algo passível de ocorrer?
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!