A SUCESSÃO PRESIDENCIAL E OS TEMORES DO MERCADO!
As avaliações do mercado em relação aos prováveis candidatos que deverão confrontar-se em outubro de 2010 seriam, segundo as hipóteses mais prováveis, Dilma e Serra. Se isto ocorrer, o cenário que se pode antever é que, diante das incertezas das linhas de conduta dos contendores, o mercado enfrente certa angústia e, de certo modo, sofra uma espécie de paralisia. Ou seja, em um primeiro momento, a própria sucessão em si, conduz a um processo de fuga de capitais externos, de refreamento dos planos de investimentos das empresas e, diante das limitações legais, um processo de diminuição do ritmo de investimentos públicos em todos os níveis de governo.
A par de tais condições ambientais, é possível antecipar ações e prováveis reações dos oposicionistas em face de ousadias do poder que não quer abrir do poder. Ou seja, se sem uma campanha legalmente instaurada, os abusos cometidos pelo Executivo Federal no sentido de beneficiar a sua candidata já atingem limites questionáveis, imagine-se na hora que resultados não se mostrarem tão confortáveis!
Por outro lado, mesmo que a disputa se cinja a Dilma e Serra, o mercado tem suas apreensões em relação a cada um dos dois. Quanto a Dilma os temores são tanto quanto a uma certa irresponsabilidade fiscal dos chamados desenvolvimentistas aliada a um afrouxamento da política fiscal, aumento do intervencionismo estatal e potencial de reformas contrárias ao que todos esperam e aguardam.
Se há apreensões em relação ao curso das coisas com uma Dilma Presidente, com seu jeitão grosseiro de lidar com as pessoas e sua atitude autoritária e arrogante, não deixam de também ocorrer apreensões em relação às atitudes de Serra, com o seu ar de auto-suficiência, de determinados vezos em relação à política cambial e que, de certa forma, assustam ao sistema bancário e financeiro. Por outro lado, o empresariado apresenta certo temor diante da perspectiva de ver Serra reproduzir uma atitude à moda que adotou à frente do Ministério da Saúde e no início do Governo de São Paulo.
São estes os temores que o mercado, a princípio, tem apresentado sem ainda conhecer, efetivamente, as propostas dos referidos candidatos porquanto, até agora, eles não as expuseram, publicamente.
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!