A “TCHURMA” VOLTOU PARA A ALEGRIA DE TODOS!

O novo diretório do PT trouxe de volta os antigos dirigentes que, segundo José Dirceu, “injustamente denunciados por algo que faz parte da prática política, pois que, o mensalão nada mais era do que uma espécie de caixa dois para o financiamento de campanha”. Inobstante tal acusação, a enfática defesa feita pelo homem que ainda hoje detém 33% do controle do Diretório Nacional do Partido, através de seus fiéis escudeiros, é das mais eloquentes. Não só a sua própria defesa, mas a de colegas seus também injustiçados “por essa falsa moral burguesa”. Graças aos “ingentes esforços dos companheiros”, os injustiçados como José Dirceu, José Genuíno, João Paulo Cunha, José Mentor, Virgílio Guimarães, José Guimarães, entre outros, foram “recuperados” ou “resgatados” ou “regenerados” pelo partido dos trabalhadores.
 

Na verdade, foi uma reentre de gala no Diretório Nacional do partido com direito a referência elogiosa do novo Presidente do partido que, em seu discurso de posse, afirmou que “iria se inspirar no compromisso, no trabalho e nas realizações dos ex-presidentes José Dirceu e José Genuíno”! Não importa a denominação que se pretenda dar a tal gesto da agremiação, muito embora o Ministério Público e a Polícia Federal, e, pasmem, até o Supremo, concordem que houve abusos e crimes por parte dessas figuras proeminentes do partido, contra valores éticos e contra o patrimônio público! E os quarenta do mensalão, juntam-se aos companheiros aloprados, aos sanguessugas, aos cuequeiros, aos produtores de dossiês e aos compadres do Presidente e, até mesmo, o “neto” do Brasil, para a obra de reconstrução do novo PT. E, para tanto, assumiram um discurso agressivo de esquerda, de natureza estatizante embora a prática política dos dirigentes maiores do partido seja, prudente e objetivamente, a do chamado “lulismo de resultados”.

É interessante como o PT, realmente, talvez até como uma manobra diversionista, tenha apresentado um programa tão esquerdizante e estatizante, para entreter a mídia, segmentos conservadores e um empresariado que nunca entendeu o jogo político. E assim, faz-se a campanha de Dilma, esquecendo os pecadilhos, os pecados mortais e as dúvidas existenciais quanto a pureza de princípios e propósitos da companheirada. E, a própria Dilma, orientada por Lula, dá uma “no cravo e outro na ferradura” ao dizer que as idéias expostas pelo coordenador do programa de governo que ela apresentará à sociedade, serão objeto de exaustiva discussão com a sociedade civil brasileira e com o PMDB, que mereceu especial menção da pré-candidata face as suas excelsas virtudes como parceiro de empreitada, para que represente uma síntese do sentimento da maioria dos brasileiros.

Na verdade, Dilma cumpre bem o “script” desenvolvido por Lula que, objetivamente, se propõe não a defender idéias, mas, tão somente ganhar a eleição. Depois aí a coisa se define e se estabelece. E assim “caminha a brasilidade”.