ACERTAR NÃO É DIFÍCIL!

O Governo Federal é previsível. O cenarista poderia estar se jactando do que o antecipado no cenário de ontem, acabou se concretizando, do jeito que aqui foi abordado e antecipado. E, com certeza, é bom que se diga que o cenarista não tem vocação para advinho e não é nenhuma pitonisa. No caso, o que foi feito pelo cenarista foi juntar pedaços e montar o fácil quebra-cabeças, que o governo tentou armar.

E, aí, dá para antecipar o andar da carruagem ou, como dizem os nordestinos, perceber para onde as “malas batem”. O leilão do campo de Libra ocorreu como esperado, bem como, do jeito que o governo queria pois ele adotou todos os procedimentos conduzentes a alcançar tal desideratum. Ainda bem que não houve frustração das expectativas do governo! O consórcio ganhador foi aquele que o governo federal, as expectativas de Dilma, os sindicalistas e os remanescentes do Petróleo é Nosso, queriam!

O resultado não deixou de ser bastante interessante! Ninguém pode negar que, com o que ocorreu, aos poucos, o País vai começar a recuperar a credibilidade perdida junto a investidores internacionais e, até mesmo, a consumidores e investidores nacionais. Ademais, diante de tantas críticas ao atual modelo posto em prática, o tal do modelo de partilha, com a obrigatoriedade de ser a Petrobrás a líder do consórcio, a tendência é que alterações já estejam sendo pensadas!

Verificar-se-ão, daqui para frente, as exigências de pagamento antecipado dos leilões e as limitações para financiar a expansão de outras áreas do pré-sal. Também outras restrições levantadas pelo setor privado, serão melhor avaliadas.

Graças ao bom Deus e, aos chineses, que estão a representar os novos caminhos a serem perseguidos, pelo menos, pelo mundo dos emergentes, como é o caso brasileiro, as perspectivas começam a desanuviar! Já não está o país tão pessimista e sem crença no amanhã!

É bom que se diga que, após algumas dúvidas e incertezas sobre os rumos que tomaria a economia chinesa, as coisas voltaram aos bons tempos e os cidadãos, do chamado Império do Centro, continuam a comprar os nossos grãos, os nossos minérios e a quererem participar do pré-sal! E, quem sabe, também de investimentos em infra-estrutura, em mobilidade urbana e outros gargalos, ajudando O Brasil a fugir de um isolamento maior, que estava a ocorrer quando, inclusive, estava deixando de ser opção de negócios dos fundos de investimentos daqui e de alhures!

Se os chineses abrem os olhos para o Brasil, diante do seu, deles, protagonismo internacional, outros investidores e empreendedores virão na sua esteira e, em breve, como este cenarista já antecipou, até as obras de mobilidade urbana, que não andam nem a pau e, da mesma forma, até um PAC que não se move, poderão começar a se mexer. E diante do desenlace do “imbroglio” americano, sem alteração nas taxas de juros ali praticadas e nem modificação dos estímulos à economia do Tio Sam, só basta um ânimo maior da Zona do Euro para que o Brasil consiga alterar as suas perspectivas de crescimento da economia nacional.

Diante do que ocorreu com o leilão do pré-sal, as concessões de estradas, ferrovias, portos e aeroportos, tenderão a receber os bons fluídos e poderão acelerar o passo, dando guarida as propostas de investimentos desejadas pelo governo. Claro que elas não deverão ocorrer nas regras do chamado capitalismo de estado concebido pelo PT, nem subordinado ao idelologismo de Marco Aurélio Garcia, mas sim subordinado ao que se pratica no mercado internacional! Só alterando a concepção errrônea, estatizante, retrógrada dos ideólogos instalados no governo, é que as coisas poderão vir a ocorrer no Brasil.

E se o Governo Dilma se entusiasmar e resolver definir as bases do novo marco regulatório da mineração? E se a Miriam Belchior entender e convencer Dilma que, entregando aos estados e grandes municípios as obras do PAC, reduzir-se-á o desgaste do Governo Federal, os estados e municípios acelerarão o passo para a execução das obras e as mesmas poderão ser feitas com, pelo menos, um terço de economia diante do que custam, quando feitas pela União? Aí então o clima, o ambiente e as possibilidades de crescimento se alterarão, sobremaneira.

Há muitos ganhos com uma descentralização pensada estrategicamente e controlada sabia e oportunamente pela União, pelo Ministério Público, pelo TCU e pela mídia. Mas, requer um gesto de coragem e quebra de paradigmas herdados do estado monárquico, centralista e autoritário de tempos idos e vividos. Será que os brasileiros assistirão assim em breve?

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