AINDA SEM O BARULHO DA CPI DA PETROBRÁS, DILMA CAI!
A queda do apoio popular de Dilma foi, de Novembro para cá, de 7 pontos percentuais. Ademais, como fatos novos para efeito da avaliação, não foram incorporados a tais resultados, os impactos derivados do escândalo da Petrobrás e, nem tampouco, a aprovação da CPI,, por parte do Senado!
Por outro lado, dois dados adicionais aumentam as preocupações dos que cercam Dilma. O primeiro e, talvez o que venha a “tirar mais o sono” dos petistas, máxime do “sábio” marqueteiro João Santana, que, recentemente havia anunciado que Dilma voltaria a conquistar os 57% do apoio popular que detinha num passado não muito distante, viu-se às voltas com uma queda maior da popularidade da Presidente, notadamente nas pequenas cidades e entre os jovens! São informações que preocupam, deveras, na proporção que, os próprios filhos do Bolsa-Família — pequenas cidades — começam a manifestar a sua insatisfação e, os jovens, via redes sociais, acham que Dilma não tem correspondido aos seus sonhos e anseios!
Ademais, quando os dados econômicos, examinados e avaliados pela população, na mesma pesquisa, aí as coisas se complicam ainda mais para a Presidente. A reação da população ao aumento dos preços dos alimentos, a não elevação das oportunidades de emprego, a estagnação do valor do salário médio real, além dos problemas de violência urbana, entre outros dados, não é nada agradável e as quedas foram significativas em cada um dos indicadores avaliados.
Por outro lado, a reação da BM&F/Bovespa, subindo mais de 4 mil pontos e das ações da Petrobrás e da Eletrobrás, aumentando os seus valores em apenas um dia, em 7 e 9%, bem como uma análise dos especialistas do mercado afirmando, sem outras preocupações e temores, que a Bolsa reagiu, positivamente à perspectiva de alternância de poder e a convicção de que, a oposição ganhando as eleições, tais empresas não seriam usadas mais, politicamente, representa um dado deveras sintomático talvez a comprometer a caminhada de Dilma em busca da reeleição.
É cedo para afirmar se a queda de popularidade é uma tendência ou não mas, pois tendo caído quatro pontos em janeiro, sem que houvesse o barulho estridente das manifestações de rua como ocorreu em Junho quando a sua popularidade caiu a ponto de chegou a 30% e, agora, tendo caído mais três pontos percentuais, é difícil não admitir que há algo no ar além dos aviões de carreira.
As próximas pesquisas mostrarão quem se beneficiou, na oposição, de tal queda ou se, apenas, os insatisfeitos não se manifestarão a favor de quem quer que seja. Na verdade, os programas partidários de Eduardo Campos e Marina, este último que foi ao ar ontem e, o de Aécio, que deve ir ao ar, em breve, deverão fustigar, bastante, a Presidente. Por outro lado, o número de insatisfeitos na base aliada, particularmente dentro do PT, reacende a chama do movimento “Volta Lula” que, para os analistas, só faz enfraquecer a candidata à reeleição.
Claro que ainda muita água vai correr por debaixo da ponte antes que se tenha um quadro melhor definido das perspectivas eleitorais para esse ano. A montagem dos palanques estaduais entra na sua fase mais decisiva porquanto, na próxima semana, os atuais ocupantes de cargos executivos deverão se desincompatibilizar acenando para possíveis postulações eleitorais e, aí, saber-se-á quem dará palanque a Dilma e quem ficará com a Oposição.
Considerando que a eleição, cada ano se torna mais cara e dispendiosa, a tendência é de quem já está no jogo, apresente uma alta fatura para apoiar a Presidente, vez que, na visão dos políticos, a “Viúva” pode pagar qualquer conta e, não pouparão, a dirigente maior do País, das naturais pressões e chantagens. A propósito, no Estado do Ceará, por exemplo, a previsão é de que a eleição de um deputado federal que já tenha nome e conhecimento custe, no mínimo, dez milhões de reais e a de governador, os valores se tornam estratosféricos, máxime quando se tem um candidato como, no Ceará, o Senador Eunício Oliveira, que não tem limites nem restrições de gastos para se tornar governador.
Embora o quadro não seja nada alentador para Dilma, como no Brasil as crises viajam, tiram férias ou prolongam o fim de semana, quem sabe, algo de novo possa ocorrer que mude o quadro e desanuvie o ambiente para a Presidente!
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!