APESAR DE INDAS E VINDAS, AS COISAS MARCHAM!

Não há dia sequer, nesses tumultuados momentos vividos pelo País, em que os brasileiros nao sejam surpreendidos por novos e impactantes fatos que alteram ou o seu humor ou as  suas expectativas  sobre circunstâncias, pessoas ou o amanhã, notadamente o amanhã mais próximo.

A Operação Lava Jato não deixa de registrar, a cada dia, mais e mais escândalos e, a apontar o dedo para aqueles que traíram a confiança do povo, descumpriram a missão que lhes foi confiada e apropriaram-se, de maneira indébita, do patrimônio público, não só dilapidando-o, mas levando a que os serviços ou obras compradas ou contratatadas pelo estado, fossem marcados por precariedades e elevadíssimas taxas de corrupção e sobrepreços intoleráveis!

Se tal operação de passar o país a limpo não “levantasse o tapete” onde se escondiam as diatribes, os mal feitos e os crimes cometidos por homens públicos, empreiteiros, empresários e funcionários, outros agravantes se colocam como desafios adicionais ao País!

Alén desse desfilar de atos e ações que provocam indignação e, as vezes, revolta na população. Já, se não bastasse,  a cada vez que o chamado governo interino abre as pastas do poder, descobrem-se erros, problemas, falhas e crimes que mostram a desorganização, a desestruturaçãor e o desmantelamento que foi levado o estado e o governo e as precariedades de suas políticas públicas, caracterizando quanto o país foi desmontado e saqueado pelos seus ocupantes nos últimos cinco anos, pelo menos.

Ao lado de todos esses problemas e desafios, vem agora a decisão da Inglaterra de abandonar a União Européia, o que levará a conseqüências graves a nações em todo o mundo, notadamente aqueles paises chamados emergentes. As bolsas, as moedas e os mercados acusaram, não apenas a perplexidade dos agentes mas ampliaram as suas incertezas, os seus temores e levaram-nos a migrar, num primeiro momento, das atuais aplicações para moedas mais seguras como o dólar e o iene, de busca de proteção contra os desvarios de um mercado ensandecido por essa decisão da Inglaterra.

Muitos analistas acham e dizem que, quando a poeira assentar é que se saberá o tamanho do estrago causado pela decisão dos ingleses de abandonarem uma união que, para muitos ingleses não estaria trazendo muitos beneficios à quinta economia do mundo,  mas muito mais ônus  pelas regras gerais estabelecidas e pela permissividade no que tange ao ingresso de imigrantes e de fugitivos de regimes em crise,  como é o caso da Síria.

Quais serão as implicações desse fato que desestabiliza a economia mundial, sobre os planos de recuperação da economia brasileira? Até que ponto as políticas e as estratégias já concebidas e em curso pelos condutores da política econômica nacional, serão inviabilizadas ou terão que ser alteradas?

Pelas declarações de algumas autoridades brasileiras, o fato pode contribuir para abrir uma parceria maior e mais intensa com os ingleses e, na nova concepção do universalismo da política externa que, segundo o Ministro José Serra, libertará o País do bolivarianismo e da chamada “opção preferêncial não por parcerias economicamente sustentáveis mas por um assistencialismo perverso”, para acordos bilaterais mais relevantes e, porque não dizer, mais justos, para a economia nacional!

Assim, o país continuará sendo sacudido, diariamente, pelos escândalos da Lava Jato; pelos que querem o rápido desfecho/ do processo de impeachment e os que lutam para devolver Dilma ao poder; pelos que querem o país reorganizado diante dos que não aceitam quaisquer sacrifícios bem como diante das tendências e das surpresas que o mercado internacional apresentará.

Assim será a caminhada do Brasil na busca do reestabelecimento dos fundamento da economia — câmbio flutuante, lei de responsabilidade fiscal, metas de inflação e superávit primário; na correção de desajustes como o ritmo de expansão do gasto público; na definição de critérios relacionados a reformas institucionais como, por exemplo, a da previdência; bem como da reconquista da credibilidade interna e externa e da criação de um  ambiente mais favorável ao investimento, notadamente nos gargalos infraestruturais que limitam ou, até mesmo, obstaculizam o crescimento da economia nacional.

Os desafios a vencer, não só o de convencer o Congresso Nacional; o de enfrentar, com habilidade e competência uma Oposição inconformada por haver sido defenestrada do poder; a capacidade para administrar as pressões e circunstâncias externas além da ação do imponderávelaY, não estão a desestimular os novos gestores do País, convictos do compromisso republicano, experimentados e vivenciados nos confrontos políticos de toda ordem além de terem noção da urgência e da oportunidade de certas medidas e providências, parece que estão cientes de tais problemas e dificuldades.

Assim, vários dados já mostram reversão de expectativas, melhoria de indicadores de desempenho e avaliação positiva dos agentes econômicos internacionais na equipe de governo embora paire, para quem está fora, dúvidas e incertezas, sobre a competência do governo para negociar, politicamente, com o Parlamento, medidas duras de ajuste e de correção de distorções acumuladas nos últimos anos.

Claro que as coisas são difíceis e requererão paciência, humildade e espírito de luta mas, ao que parece, a população está acreditando e confiante num bom resultado !

 

 

 

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