AS COISAS SE COMPLICAM CADA VEZ MAIS!
O processo politico-institucional do Pais sofre uma avaliação critica das mais pesadas, que passa por frustração dos organismos e da midia internacionais, incluindo-se aí o FMI, pelas agencias de rating e a pela própria mídia externa, como, por exemplo, The Economist que, numa ampla reportagem recente, chegou ao extremo de pedir a própria cabeça de Mantega.
Os críticos internos, mesmo aqueles que tem buscado diminuir o viés de suas posições politico-partidárias e ideológicas, estão deveras pessimistas, não apenas com os rumos que a economia está tomando como com as crises derivadas dos problemas na base parlamentar do governo, nas empresas estatais, nas agencias reguladoras e nas contas externas do país. Os dados de inflação e, agora, de desemprego, são os que mais assustam o Planalto, pelas implicações que poderão ter na popularidade da Presidente e no que a espera em termos do pleito de outubro próximo. As crises estão em todo lugar. Agora mesmo, após o problema da divulgação errônea de dados de uma pesquisa realizada pelo IPEA, tal fato levou a demissão de um dos seus coordenadores.
E, nesta semana, a crise tomou conta da secular instituição IBGE em função das restrições criadas pelo Planalto por conta da divulgação de dados da pesquisa da PNAD – Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios. Isto porque, após mudança de metodologia, o IBGE divulgou dados de desemprego diferentes daqueles que o governo mostrava como uma grande conquista de sua gestão. Na metodologia anterior, mesmo a economia dando com os burros nágua, o desemprego continuava nos 5,1%, fazendo inveja aos americanos, ainda amargando algo como 8% ou acima de tais níveis. Pela metodologia, mais abrangente no universo pesquisado, a taxa sobe a 7,1% o que levou a uma pesada reação do Planalto e, com isso, provocou a demissão de uma diretora e de uma coordenadora da instituição.
Ademais a crise ainda se mantém e, na próxima semana, haverá o seu desfecho porquanto as equipes técnicas não aceitam que os dados analisados não sejam divulgados com a freqüência que historicamente vem sendo. O governo federal só admite que nova divulgação de dados de emprego da PNAD só se faça após o final do ano, temendo, é claro, o impacto negativo sobre a avaliação do governo.
Se o problema com a maquiagem dos dados, a estilo Cristina Kirchner, não é bem recebido na parte profissionalizada e não aparelhada do estado brasileiro, Dilma está às voltas, também, com o problema da Petrobrás que, quando mais se investiga mais séria e complicada fica a coisa e, sua abrangëncia, em termos de envolvimento de personagens do governo ou a ele vinculados ou alinhados, se torna cada vez mais extensa. E, não se sabe em que a CPI vai dar mas, com certeza os respingos são, aparentemente maiores que aqueles gerados pela CPI dos Correios a qual culminou no famoso Mensalão!
Por outro lado, não se sabe se estimulado pelo próprio Lula, o movimento destinado a fazê-lo substituir Dilma na disputa presidencial, cada vez toma mais corpo e cada vez mais complica a vida da Presidente. Embora o PT tenha uma enorme capacidade de se recriar e de se reinventar, superando os processos de desnudamento e desmoralização dos seus principais expoentes porque já passou e ainda passa, o momento agora estimula a que se pense que esteja na hora de uma renovação de quadros e que, de uma certa forma, os grupos formadores de opinião acham que o Governo já sofre da chamada fadiga do material.
A pergunta que não quer calar é se a queda de seis pontos de Dilma na última pesquisa foi realmente provocada pelo aumento do custo de vida que afetou os filhos do Bolsa Família, já que a inflação de março foi de 0,92, de abril pode chegar a 0,85% e, a tendência é que não se deve esperar queda ou reversão da tendência no levantamento do mês de maio.
E, com a perda de poder de compra afetando muito as famílias que ganham até 2,5 salários mínimos de renda mensal, o temor é que as coisas piorem ainda mais quando muitos preços represados terão que sofrer reajuste até o fim do ano. E, finalmente, o FMI ao anunciar que a economia americana está “livre e firma para crescer” e que as economias da Zona do Euro estão “sólidas e em boa forma”, advertem que o Brasil precisa “botar ordem na casa” e ainda acham que as eleições são um complicador adicional para resolver os desvios de política econömica do país e, ainda afirmam que o pessimismo atual do mercado “é igual ao clima da primeira eleição de Lula”.
É, as coisas estão de vaca desconhecer bezerro!
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!