AS COISAS TENDEM A IR PELO CAMINHO QUE SE QUER!

Será que as coisas caminharão no itinerário que querem os brasileiros, no sentido do que se deseja  e com as respostas que se espera? Provavelmente, pelas primeiras declarações, iniciativas e pelos nomes e homens convidados a assumir, com Temer, tal empreitada. As coisas começam a andar no ritmo possível e desejado e, conducentes ao desafogo, a recuperação do ânimo e da esperança e, estão a ocorrer na direção necessária a que o País reencontre o caminho perdido.

Reações menores relacionadas a coisas do tipo “ausência de mulheres e de negros no ministério”, já foram, parcialmente, absorvidas e encaminhadas de maneira a reduzir as críticas, até agora postas ao novo governo. Também as duas declarações de Meirelles relacionadas a alteração da idade mínima como base para a reforma previdenciária e a insinuação da necessidade de um possível aumento de impostos, embora temporário, sofreram reações de alguns segmentos específicos mas, da mesma forma, já começam a ser absorvidas e adequadamente interpretadas.

No mais, os acenos de possíveis medidas a serem adotadas na área econômica relacionada a cortes de gastos, a suspensão de incentivos, subsídios e regime especiais e o compromisso com o respeito a direitos adquiridos e a manutenção dos programas sociais, acalmaram os ânimos e retiraram ingredientes e estímulos para a mobilização de uma oposição que se pretende raivosa e inconsequente.

A atitude do PT, como instituição,  de fazer duras críticas à Dilma e ao próprio partido, além do recolhimento temporário de Lula, para “cuidar das feridas” morais e cívicas, estabelecem, ao lado da pouca dimensão dos protestos que ainda se fazem “contra o golpe”, um novo processo politico no País. Tudo isto parece sugerir que, a partir de agora, as coisas vão se desenhar no caminho da pacificação, do entendimento nacional e no encaminhamento dos gravíssimos problemas da economia.

A explícita preocupação em recuperar os fundamentos da economia e, doravante, voltar a respeitá-los como uma espécie de cláusula pétrea, representa o reestabelecimento de princípios e valores em termos de gestão pública, particularmente no que tange aos aspectos fiscais. A preocupação em marcar a administração Temer por uma opção preferencial pela privatização de produtos, serviços e processos, onde couber, desde que compromissos republicanos com a cidadania e o consagrado papel do estado nas democracias sejam respeitados, representa uma nova faceta da arte de governar do Presidente Interino. Acrescente-se a tal a guinada de cento e oitenta graus na política externa brasileira, voltando a ter protagonismo e respeito internacionais e fugindo do amesquinhamento que era subordiná-la a uma chamada opção terceiro-mundista ou ao desastrado e atrasado bolivarianismo.

Ademais, o estabelecimento de critérios menos populistas e menos ideológicos na condução de programas sociais já provocou a suspensão de autorização para a construção de 11.500 casas, a supressão de 17.000 funcionários públicos do Bolsa Família além de uma revisão crítica do apoio de governo a entidades sociais como o Mst e outros assemelhados. Representam, tais medidas, uma espécie de atitude ou um freio de arrumação ou uma tentativa de “organizar a zorra” para não usar uma outra expressão mais rasteira.

Também há sinais acenados pelo novo governo de que haverá uma busca constante e diuturna pela redução de desperdícios, pela melhoria da eficiência e pela adoção do planejamento estratégico para conseguir gerar recursos adicionais para atender às prioridades estabelecidas pela sociedade, sem populismos, sem personalismos e sem ideologismos.

Assim, sem ser irresponsavelmente crédulo nem tão ingenuamente otimista, as atitudes, os propósitos e as decisões já tomadas mostram que o novo governo, sem gerar falsas expectativas, o chamado governo interino começa a fazer os consertos, substituir remendos, corrigir rumos e políticas, de tal forma que o ambiente na sociedade brasileira começa a mudar.

E, ao que parece, até repercussões no modo de fazer política vão se processar, não apenas por conta da Lava Jato mas porque  a falta de dinheiro, a estigmatização de políticos tradicionais e o papel das redes sociais na troca de idéias e informações entre eleitores, deverão mudar os referenciais dessa eleição que estará sujeita a esse novo tempo.

A partir de agora quem quiser fazer política terá que se preparar, planejar, montar suas estratégias e arregimentar sua gente para as eleições de outubro, considerando esses novos dados e esses novos valores que deverão prevalecer na discussão de idéias e de opções eleitorais onde se definirão as bases do próprio retorno dos partidos, à saga política nacional. É claro que, até lá, o Congresso, os partidos e os políticos, propriamente, passarão por testes e avaliações a partir das votações que virão de matérias da maior relevância para a economia nacional.

Sendo assim é possível acreditar que, para o Brasil e os brasileiros, depois da tempestade virá a bonança!

 

 

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