AS SETE DROGAS E AS SETE PRAGAS DO PAÍS!
Antes as preocupações dos brasileiros estavam voltadas para o que se poderia chamar de as chamadas Falhas, vícios e disfunções que atrapalham e afetam a vida dos cidadãos da pátria de chuteiras ou, agora, da pátria educadora ou da sempre pátria do Mensalão e do Petrolão. O fato é que, até bem pouco, representavam tais problemas apenas distorções ou mal funcionamentos além de constatação das mazelas sofridas e enfrentadas pelo país do faz de conta e da piada pronta.
Eram, ao que se imaginava, sete drogas que hoje infernizam e já, há algum tempo, infernizavam os cidadãos dessa pátria tão distraída. E quais eram as tais chamadas drogas? Eram, desde a incompetência gerencial do governo central, com todos os seus erros, vícios e desvios de conduta, passando por uma classe política de precária qualidade, expressa pela atuação e postura, particularmente, dos dois principais partidos — o PT e o PMDB — até alcançar a notória insegurança pública, a qualidade da justiça, a precariedade da saúde e a pobreza da educação pública.
Isso sem contar com a quase inviabilidade do que é enfrentar o desafio de morar nas cidades brasileiras, com os seus dramas de mobilidade urbana, de poluição ambiental, de baixíssima qualidade dos serviços públicos e de um ambiente de total insegurança.
Essas são, de maneira simplista, as mazelas que embaraçam e comprometem a quantidade e a qualidade de vida dos patrícios. São problemas mais que sérios porém se pode, corajosamente afirmar, que não comprometem, de maneira definitiva, a sobrevivência relativamente condigna dos habitantes desse imenso país. Isto está demonstrado pelo fato de que a sociedade brasileira conseguiu chegar até o nível atual dedesenvolvimento, atingindo o “ranking” de sexta potência econômica mundial.
Por outro lado , se se avalia com mais vagar tal quadro de referências, o que se sente é que, além desses transtornos e problemas com que se vê e se defronta, dia a dia, o cidadão e, com certeza, já lhe cria sérios embaraços ao seu ir e vir, existem outras questões que podem ser considerados desafios muito mais sérios. São como que as chamadas sete pragas, tão atormentadoras quanto aquelas que enfrentaram os seguidores de Moisés que, no desespero diante das mazelas e da perseguição do Faraó, decidiram arrostar, com todas as dificuldades e desafios, a travessia do deserto, em busca da sonhada terra prometida.
E quais seriam tais pragas que tanto ameaçam os brasileiros? Parecendo uma vingança dos céus, sumiram as chuvas e o Centro-Sul do País, junto com o Centro-Oeste, estão provando as agruras que os nordestinos sempre clamaram por compreensão, apoio e solidariedade do Resto do País! Falta água e, só um dilúvio, segundo alguns especialistas, devolveria aos sistemas hidrograficos da região, a tranquilidade passada. Com os desastres dos sistemas que abastecem São Paulo, Rio e outras cidades importantes do Sudeste, surge, de maneira perigosa, a ameaça de um grande racionamento d’agua em uma região que nunca conheceu tais dramas e sofrimentos! Tudo isto representando uma enorme contradição diante do País que detém a maior reserva de água doce do Universo!
E, se tal não bastasse, como 75% da oferta de energia elétrica, no País, derivam de fontes hidráulicas, a falência de tais sistemas e as limitações de oferta e custo da energia proveniente das térmicas, conduzem a antecipação de um quadro como que assustador pois, até mesmo um possível racionamento não será suficiente para equacionar, mesmo que precariamente, o problema!
A situação só não é mais grave em face de o país experimentar uma substancial queda da produção manufatureira, na atividade comercial e uma quase paralização dos investimentos como um todo, além da chance de importação de energia da Argentina, da Venezuela e do Paraguai. Porém fica patente que foi a falta de planejamento bem como os atrasos nas obras das hidrelétricas e nas linhas de transmissão que promoveram o caótico quadro que experimenta o Brasil.
Entre outras pragas que enfrenta o Brasil, a poluição de um modo geral e, particularmente a dos dois rios que cruzam a capital paulista; o desastre que é o comprometimento da bela Baía da Guanabara; o avanço no desmatamento da Amazônia, a limitada consciência ambiental, destruindo valores atuais, possibilidades futuras e qualidade de vida, são elementos que desenham o perfil de desmonte do país que as gerações futuras deveriam ter direito de verem tais valores preservados!
-Se tais pragas não bastassem, a falência da infraestrutura física, elevando substancialmente o custo Brasil e reduzindo a competitividade da indústria do País, representa uma das maiores do Brasil. Ao lado da enorme crise da infra-estrutura, aliam-se duas outras mazelas e transtornos que comprometem, enormemente, o funcionamento da economia nacional. São elas a crise no setor educacional, tanto formal como o não formal, segmento fundamental ao desenvolvimento socio-cultural e econômico mas que apresenta índices de desempenho muito precários e comprometedores e as profundas limitações que o ambiente econômico gera para os agentes produtivos.
A burocracia, o excesso de governo e o cipoal de normas e regras, representam alguns dos maiores entraves ao crescimento do Brasil. Finalmente e, uma das maiores chagas que comprometem a ética e os valores da sociedade tupiniquim, é a tal da corrupção hoje endêmica, corroendo tudo, desacreditando instituições e desmantelando os alicerces éticos e morais da própria sociedade. É o mensalão, o Petrolão e tudo o mais que virá em conseqüência dessa ferida que exala os piores odores e envergonha os brasileiros como um todo que fecha o conjunto de terríveis pragas que acometem o país!
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!