AS VÁRIAS FACES DO PT!

A caleidoscopia petista não se diferencia, pelo perfil ideológico, de cada grupo de poder dentro da agremiação. Como sói ocorrer nos demais partidos  políticos nacionais, o PT, nos dias que correm, é um amontoado de militantes com  perspectivas, valores e propósitos, de visão extremamente pragmática. Na verdade, hoje, diante das circunstâncias, o PT se caracteriza por uma divisão  de grupos, cujos critérios não mais são doutrinários, ideológicos ou sequer programáticos. Seguindo o que dizia Ortega y Gasset, no “eu sou eu e as minhas circunstâncias”, o PT vive mais de suas circunstâncias e conveniências do que da essência de suas convicções ideológicas.

Dentro de uma possível classificação, numa perspectiva  nitidamente pragmática, hoje o PT, não se divide, como no passado – e põe passado nisto! – como o PMDB, entre moderados e autênticos. No PT a classificação é  hoje outra, em função das experiências vivenciais dos dirigentes partidários e da sua “dura e difícil” exposição ao poder.

Hoje o PT tem quatro grandes divisões, quais sejam:

a) os ideológicos, revolucionários e “bolivarianos”, como bem mostra a foto “orgástica” do condestável Franklin Martins, abraçando o “Coma Andante” Fidel, como o consagrado “novo Goebbels”, da república tupiniquim, dos tempos modernos; Dilma que, competentemente, é, mais faz de conta, que não é; Luis Dulci, Tarso Genro, Paulo Vanucci, Valter Pomar, entre outros;

b)  os chamados pragmáticos ou os “espertos” pragmáticos, que são os controladores do partido e da máquina de governo, incluindo-se aí José Dirceu,  LUis Gushinken, José Genuíno, Virgilio Guimarães, José Mentor, Professor Luisinho, Gilberto Carvalho, João Paulo Cunha, Palocci e outros menos votados;

c) os chamados excluídos, que apostaram as suas fichas em um projeto de poder e viram as coisas serem alteradas e desviadas do curso idealizado por eles, de tal forma que, ao não vislumbrarem mais quaisquer perspectivas de que seus sonhos se transformassem em realidade objetiva, resolveram abandonar o barco e seguirem outros caminhos.  Entre eles estariam Frei Beto, Leonardo Boff, Xico Oliveira, Plínio de Arruda Sampaio, Marina Silva, e outros;

d) os “aparelhadores” ou detentores da providencial “boquinha”, onde, a expressão maior, assumindo uma “bocona”, seria o Presidente da Previ, Sérgio Rosa, bem como os ocupantes dos quase cem mil cargos de confiança, distribuídos, Brasil afora,  entre as várias alas e correntes petistas.

Esse é, sem dúvida, o perfil do partido dos trabalhadores nos dias que correm. Assumiram, não sei se por vocação intrínseca ou pela convivência com o PMDB, a postura do chamado pragmatismo responsável, para eles e irresponsável para o país, de que o que vale é o itinerário e o resultado político e não velhas crenças e ultrapassadas convicções políticas. O resto é conversa para candidato sem viabilidade e sem sucesso político-eleitoral.

Pelo que se sabe, não há mais petismo e sim um lulismo que, sem o carisma do seu líder maior, vai-se, aos poucos, dismilinguindo-se. A militância, não é  mais dos sonhos e das esperanças alimentadas por um socialismo fabiano. Hoje, para que ela opere, há que ser paga e, sem Lula, ela, praticamente, inexistirá.  E Lula, será, apenas, um símbolo e um mito, a ser lembrado e exaltado pelos bolsa-família e saudosistas e não será mais o fiador e garantidor de que os excluídos terão vez. Aí, provavelmente, vai começar o processo de desconstrução de Dilma, nua e só!

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