Postado em 24 jul, 2013
Alguém, crítico feroz dos lulistas, dilmistas e petistas, afirmou que a crise existencial, notadamente a insegurança que marca as atitudes, que invade as cabeças e os sentimentos dos atuais detentores do poder, em face da queda livre na popularidade de Dilma e das enormes dificuldades por que passa a economia brasileira, deve-se a algo bastante objetivo e pragmático.
Com a perda do poder, a pergunta que não quer calar é “como ficarão os órfãos dos “programas compensatórios de renda”, não aqueles legítimos beneficiários dos programas como o bolsa-família, a LOAS, a previdência rural, entre outros, mas aqueles outros que, pela militância, pela intimidade com o poder e pelo papel na defesa intransigente de Lula e do petismo, credenciaram-se a auferir as benesses do poder!
O que se discute é que, ao serem apeados do poder, retornando a planície e voltando a ser cidadãos comuns, como irão se virar os petistas e seus mais próximos, sem as sinecuras e as boquinhas, tão ao gosto de ideólogos, sindicalistas e de militantes do petismo?
Ou seja, onde o partido irá buscar empregos, pelo menos, para um milhão de militantes que, por certo, poderão vir a ser defenestrados do poder, após 12 anos de participação nesse grande banquete? Embora Friedman afirmasse “não existir lanche de graça”, o PT demonstrou, à saciedade que, diferentemente do que pensava o direitista Friedman, era possível garantir, para alguns muitos, o estado de bem estar social, bancado pela Viúva e, dessa forma, por um longo período, conseguir negar a afirmação do grande economista de que não havia “lanche de graça”!
E sofrem, por antevisão e antecipação, as angústias e dramas, os militantes e filiados petistas tentando descobrir como será possível substituir os efetivos resultados auferidos com o tráfico e com o uso das influências? E por qual mecanismo? Como os benefícios hoje tão bem apropriado pela “tchurma”, nas várias instâncias e níveis de poder, poderão ser mantidos sem o controle do poder? Depois que, apeados do poder, em função do desaparelhamento do estado, onde eles buscarão abrigo e apoio para garantir a sua sobrevivência?
Como ficará a pelegada de CUT, CGT, UGT, Força Sindical, MST, et caterva, com o fim dos gordíssimos convênios dos mesmos com o estado, nos seus vários níveis e instâncias? Como ficará o partido sem o poder político de definir quem recebe ou não recebe o bolsa-família? Definir, também, quem terá acesso aos financiamentos da agricultura familiar? Ou então, ao seguro safra? Ou aos inúmeros vales criados no País? A tantas outras benesses desse estado de tetas grandes e cheias?
Aí, quando bate o desespero, a “tchurma” enloquece e é um Deus nos acuda para buscar formas de garantir a sobrevivência e a sua manutenção do poder! E aí vale tudo! E, nesse jogo pelo poder, vale tudo! O recurso mais usual e corriqueiro é desmontar, desarticular e desmoralizar os potenciais beneficiários do desgaste de Dilma e do PT; da fadiga do material que ora experimenta o lulopetismo e dos erros e incompetências cometidos pelos atuais detentores do poder.
Aí o processo começou com a infiltração de pseudo vândalos, baderneiros e irresponsáveis no meio dos manifestantes que mostravam a sua insatisfação com políticos, com a política, com o governo, com a crise nos serviços públicos, com a corrupção, entre outras.
Eles, os manifestantes, ocupavam, pacificamente, as ruas do Brasil, no último mês de junho! De repente cenas de violência, depredação e vandalismo, começam a surgir, a partir da ação de grupos isolados e, nitidamente, marcados por uma atitude deliberada obJetivando desmontar e descaracterizar o movimento, buscando retirá-los da rua, o mais rápido possível e, tentando minimizar e reduzir a expressão de descontentamento que eles demonstravam. E, diga-se de passagem, era, de fato, o que as ruas caracterizavam, um sentimento que era da maioria da sociedade brasileira! O caso do Rio é bem emblemático onde o grande beneficiário pelas manifestações, até agora, é o Senador Lindemberg e o grande prejudicado é o Governador Sérgio Cabral!
Depois, a disseminação de informações, idéias e insinuações maldosas e de uma desonestidade a toda a prova, contra possíveis beneficiários político-eleitorais da situação ou de quem se colocava no caminho da reeleição de Dilma e da alternância do poder!
Assim foi com Eduardo Campos, onde uma saraivada de críticas pesadas, não só da tropa de choque do lulopetismo, mas do próprio Lula, Dilma e Companhia, que o agrediram e buscaram descredenciá-lo junto aos seus pares; forçaram, quase chantageando, seus correligionários a não apoiarem a sua possível postulação à presidência; reduziram as verbas dos programas federais para o seu estado, entre outras atitudes baixas e rasteiras.
Depois de Eduardo Campos, foi a vez de Aècinho onde, não só se disseminou a crise existencial da tucanada, estimulou-se o conflito entre Aécio e Serra e, pelas redes sociais, buscou-se descontruir a imagem do ex-governador de Minas insinuando-se vício de cheirador de cocaína, playboy das noites cariocas, preguiçoso! Para concluir a contrainformação, procuraram demonstrar que lhe falta gás, gana pelo poder, de não ser conhecido pelo país e, por fim, de não dispor de uma proposta convincente para mudar o País.
Vem a vez de Marina Silva, agora representando uma ameaça as pretensões de Dilma. vez que, na última simulação, a acreana já garantiria o segundo turno da eleição presidencial. O mesmo grupo tenta dizer da inviabilidade de sua campanha, a falta de partido e possibilidades de coligação e, por cima, insinuam que ela está a serviço dos americanos; que os seus aliados mais próximos são comprometidos com a direita e que ela não dispõe de qualquer experiência gerencial e de cargo executivo!
Por conta da corrida presidencial, Dilma já vive um eleição em dois turnos pois que, na última enquete do IBOPE, Marina já estaria com 23%! E, para alguns estrategistas aliados da Presidente, necessàriamente, desconstruí-la, a partir de agora, é a estratégia mais oportuna.
Agora é a vez de Joaquim Barbosa, Presidente do Supremo que, colocado, à sua revelia, pela mídia e pelos institutos de pesquisas de opinião, como um dos possíveis nomes como candidato à sucessão presidencial, já está sendo espinafrado nas redes sociais como aliado do capitalismo yankee, como tendo recebido salários indevidos da UERJ; tendo se beneficiado de ajustes extemporâneos de vale alimentação; viajado ao Rio, por conta da Viúva para ver o jogo do Brasil, entre outras atividades fora das suas atribuições e competências.
As tais redes sociais estão buscando arrebentar com Barbosa e, já antecipam que ele, ao sair do Supremo, por renúncia, diante da derrota de seu relatório e vitória de José Dirceu e cia, será convidado a ser uma espécie de cavaleiro da esperança, de um timoneiro das boas novas e de um comandante que conduza a uma verdadeira cruzada ética e moral tão combrada pelo País! Mas, aí é que os mesmos estrategos, deverão explorar uma presumida vulnerabilidade e, dado o temperamento um tanto irascível do Ministro, será disseminada a idéia de que não teria jogo de cintura para conduzir a nação brasileira!
Será que é esse tipo de política, de disputa, de concorrência que o povo quer? Será que tal tipo de atitude faz bem à jovem democracia brasileira? Será que, não seria com respostas objetivas e competentes aos problemas que ora crescem e se ampliam País afora, que o lulopetismo poderia se repaginar, se reinventar e buscar se manter no poder?
Postado em 24 jul, 2013
Um belo momento vive o Brasil, apesar das suas agruras politicas, das incertezas econômicas e das dúvidas sobre o que podem esperar os brasileiros do amanhã! E isto é fruto desse generoso vento de fé, desse sentimento de fraternidade e de solidariedade que um argentino tem propiciado aos “macaquitos” brasileiros!
Enquanto o Papa Francisco busca uma reconciliação entre progressistas e conservadores dentro da Igreja, através do que seria uma chamada Teologia da Reconciliação, na política, lamentavelmente, mesmo com o recesso parlamentar, os ânimos se acirram e o entendimento ou a disputa política em nivel elevado, fica cada vez mais distante.
Assim, um papa que busca conciliar o conservadorismo doutrinário mas, com visão cristã contra preconceitos, restrições e intransigências quanto a valores, mores e costumes exigidos pelas sociedades modernas, com a opção preferencial pelos pobres, sem ideologismos e dogmatismos. E, tal atitude marca a perspectiva de um estadista à frente de uma instituição universal e sagrada e, espera-se que deveria inspirar os brasileiros na busca de uma conciliação nacional, via o exercício de uma política com P maiúsculo!
Pelo lado da política, Lula volta, com toda a carga, ao cenário, para uma defesa intransigente, aparentemente de Dilma mas, de fato, de manutenção do PT no poder! Falando para mulheres, sobre o negro e as mulheres no quadro de referência das conquistas alcançadas no Brasil, afirmou que “eles (os presumidos adversários e críticos) estão colocando as unhas de fora. As minhas eu estava cortando nos dentes. Agora vou deixar crescer”. Afirmou ainda que, não se justificam as exacerbadas críticas à Dilma, críticas que antes eram dirigidas a ele e, que ela faz um grande trabalho em favor dos brasileiros.
Os petistas atribuem os erros do governo atual e os problemas de toda ordem ou as circunstâncias externas ou a infidelidade dos aliados, diga-se particularmente, do PMDB e a alguns traíras dentro do próprio PT, como é o caso do Deputado Cândido Vaccarezza.
Acrescente-se aos protestos a voz de um aliado — no caso Ciro Gomes — na sua crítica virulenta e acre quando afirma que, embora solidário e respeitando a competência de Dilma, tem o “feeling” de que a Presidente tem uma “equipe de 5a. categoria” e opera num “cenário de putaria”, não se sabe se o adjetivo de baixo calão refere-se a base de sustentação parlamentar do governo ou ao excesso de ministérios e instâncias decisórias. O fato é que, na sua declaração, ele defende, com veemência, a redução do número de ministérios para, no mínimo,15!
Por outro lado, nesse extravagante e confuso cenário, o PT desautoriza o próprio PT — Lider José Guimarães diz que Cândido Vaccarezza não representa o pensamento do partido na condução da Comissão de Reforma Política! — e a Executiva do partido afirma que Dilma precisa se ver livre dos aliados (Quais? Todos? Quando? Como?) e aí não se sabe que caminhos tomará a articulação e a negociação política do governo.
A coisa vai ficando cada dia mais complicada na proporção em que os aliados, e, até mesmo, petistas de carteirinha, acham que o governo não poderia ir melhor, diante do estilo intransigente da Presidente, da precariedade e limitação dos seus auxiliares e, também, pelo principal aliado político, uma agremiação gulosa, egoísta e desleal como tem sido, para os petistas, o PMDB!
E, na proporção em que a crise econômica brasileira não dá tréguas, reproduzindo um cenário que mais se assemelha aquele de 2009 — o emprego caiu 21% no primeiro semestre deste ano, aumentando o desemprego para 6%; o PIB continua a encolher, segundo as mais variadas previsões; o déficit do balanço de pagamentos cada dia requer mais “hot money” para ser coberto; a inflação continua rondando o teto máximo da meta; a confiança dos consumidores cai assim como a confiança dos investidores também vai minguando; a tendência é que a popularidade de Dilma continue a cair, Marina continue a subir e os adversários se encham de esperança e se “assanhem” ainda mais, com a esperança de que possam tomar o poder dos petistas.
Ainda bem que o Papa Chico, o que “não traz ouro nem prata” mas a chama do amor de Cristo, veio trazer esse sopro de alegria, de fé e de esperança aos brasileiros, o povo mais otimista do mundo mas que, agora, anda de crista meio baixa!
Postado em 22 jul, 2013 1 Comentário
Os brasileiros estão mais que emocionados com a visita do Papa Francisco que, pelo jeitão simples, humilde, determinado e desprovido de vaidades, a não ser a de cumprir bem o seu papel como evangelizador dos povos, aproveitou a Jornada Mundial da Juventude para vir até o Brasil.
E, pelo andar da carruagem, as expectativas sobre as suas mensagens, que, cetamente, se distribuirão por toda a semana, são muito grandes pois, se espera, que tais mensagens marcarão posições sobre os caminhos que o novo Pontífice pretende para a sua Igreja. Caminhos esses no sentido dela ir ao povo ao invés de esperar que o povo vá até a ela. Que os pastores de almas não se isolem nas igrejas, não vivam da pompa e da antiga majestade, distante das agruras, necessidades, aspirações e sonhos do povo de Deus, mas sim, como verdadeiros evangélicos, indo até aos fiéis para sentir os seus problemas, os seus sofrimentos, os seus sonhos.
E, Francisco procura mostrar que é uma pessoa normal e comum, quando ele, esquece o lado de divino e assume o lado de mensageiro da fé e, como o Cristo, mostra-se tão humano quanto qualquer cidadão comum. É movido a paixões simples como ser um torcedor apaixonado pelo seu time, o San Lorenzo de Almagro, da Argentina; saboreia um dos prazeres da vida que é o gosto por uma boa literatura onde Dostoievsky pontifica, ao lado de seu conterrâneo Jorge Luiz Borges; de música, onde o tango, por certo, por razões óbvias, é o seu ritmo preferido e de uma boa prosa, com amigos como o Rabino de Buenos Aires. Que êle é um papa pop isso ninguém discute pois, não gosta de pompa e nem de circunstâncias e não se sente bem usando todos aquelas vestes e adereços, naturais como que a caracterizar a aura papal tradicional.
Francisco abandona a igreja episcopal e clerical e retoma a igreja do sacerdote, do leigo e do povo, capaz de fazê-la uma igreja para os pobres mas sem se subordiná-la a ideologias ou doutrinas outras e, como igreja universal e cristã, sem estabelecer resistências a participação de todos, sem preconceitos contra homossexuais, minorias e religiões e seitas outras.
Uma mudança de postura em relação aos últimos Sumo Pontífices onde, com humildade o papa pede que rezem por ele e que os fiéis se dediquem a mostrar que a igreja é universal e santa! E é santa porque é “do povo, pelo povo e para o povo”, parafraseando Lincoln! Sàbiamente o Papa sabe quanto a Igreja Católica perdeu espaço com os jovens para as igrejas evangélicas e para o ateísmo e o agnosticismo. Quer fazer com que os jovens sejam, mais uma vez, a preocupação dos líderes católicos, pois eles é que constróem o hoje e o amanhã de uma nação.
“Bote fé nos jovens e êles construirão um mundo bem melhor pela sua energia, seu voluntarismo e seu idealismo, eles são as janelas para o amanhã. Mas, na sua mensagem, não esquece o papel e a relevância dos mais carregados pelo tempo pois, se os jovens, com tudo que têm de força, de determinação, de sonho e de vontade, souberem apreciar e respeitar a sabedoria dos mais velhos, conseguirão trilhar os caminhos que as atuais gerações não foram capazes de fazê-lo.
O discurso de Francisco, foi simples mas cheio de significado e capaz de tocar a todos. Novos capítulos virão e, com eles, novas idéias e propostas para um País, cansado e exausto da política com p minúsculo mas que, mesmo assim, ainda tem ânimo e entusiasmo para buscar respostas a suas demandas as mais elementares no que respeitos os direitos, também, mais elementares da cidadania. Direitos esses que são sintetizados no tripé, exercício dos direitos civis e políticos; acesso aos direitos sociais fundamentais e sobrevivência econômica condigna!
Postado em 22 jul, 2013 1 Comentário
A semana promete ser uma das mais interessantes dos últimos tempos. Francisco, o humilde, o peregrino e o papa sorriso, pretende, na Jornada Mundial da Juventude, lançar as bases de um dos mais revolucionários papados dos últimos tempos. E isto por ser jesuíta, latino e, acima de tudo, ter, como profissão de fé para o clero, uma espécie de voto, se não de pobreza, de simplicidade e de despojamento.
Claro está que os brasileiros, para nutrirem tamanha admiração pelo Papa, mesmo sendo ele um argentino, é porque, a sua história, os seus gestos e as suas atitudes, tem cativado a todos e o tem colocado em uma espécie de repositório de esperanças de tempos melhores para a convivência, na apenas, entre os católicos mas, também, entre os cristãos e os não cristãos.
Polìticamente, há quem diga, no Brasil, que êle não começou bem a sua jornada pois, não pressentiu que os brasileiros precisavam de sua abençoada mão, em Mar Del Plata, já que a jovem seleção brasileira de volleyball que sonhava com a sua nona conquista da Copa do Mundo de Volley, superasse e conseguisse vencer a completíssima e competentíssima seleção da Rússia. Ficou o papa Francisco devendo aos brasileiros esse pequeno milagre que representaria uma espécie de salvo conduto para agir como o salvador da pátria no País!
Se Francisco vem fazer renascer esperanças, reacender a crença no país e no seu futuro, com certeza, a sua mensagem deverá conduzir os jovens, ao encontro com as suas aspirações e com a construção do seu futuro.
Será uma experiência inovidável para os brasileiros conviver com este homem que, sem excessos, mas com firmeza, desmonta mitos, destrói preconceitos e se prepara para revolucionar a igreja como o fez Angelo Roncalli, o papa João XXIII.
A semana também promete com a repercussào e as consequências da chamada revolução dos jalecos brancos onde, associação médicas, romperam com o governo e entrarão na justiça contra o chamado gesto autoritário de, por medida provisória, importar médicos, alterar o curriculum das escolas de medicina e criar o serviço civil obrigatório para os médicos!
Se tal já é matéria para uma boa mobilização e discussão nacional,
passada a euforia, a discussão das passagens de ônibus deve ganhar um novo alento porquanto os cidadãos como um todo, tem demonstrado, à saciedade, que não estão em busca da passagem livre mas sim , da melhoria significativa da qualidade dos serviços prestados pelas empresas.
Com a meia passagem para estudante, o não pagamento de passagens por idosos, cadeirantes, policiais, etc., adicionado a isto que, são as empresas e os empregadores, via vale-transporte, quem paga a locomoção dos trabalhadores, a discussão não é o valor da passagem em si mas, sim a presteza, a oportunidade e a qualidade dos serviços oferecidos!
No país das contradições e das surpresas, de repente descobre-se em Brasilia, a 20 quilômetros do Palácio da Alvorada, um aeroporto, com mais de 65 hangares já em operação, uma pista do tamanho da de Congonhas, com um movimento de mais de 400 vôos mensais e, de quebra, não homologado pelo DAC e, pasmem, utilizando a torre de controle do Aeroporto Internacional de Brasilia, comprando gasolina da Petrobrás e vendendo serviços aos Ministério da Saúde e da Educação! E tudo na mais santa irregularidade, sem que as autoridades se dessem conta!
Nesse terra de Pindorama, de repente uma pesquisa no País revela algo extremamente inusitado, qual seja, quanto mais cresce o nível de renda e quanto mais saem pessoas da faixa de pobreza absoluta, mais aumenta a criminalidade! Ou seja, no Nordeste e no Norte do País, onde mais foram aplicados recursos dos programas de compensação de renda e onde, diferentemente do resto do país, mais a renda per capita aumentou, foi onde mais se elevaram os homicídios e as mortes violentas! E o que o Governo pretende fazer para desvendar tal mistério e tomar atitudes para reduzir os índices de criminaidade? Ninguém sabe pois nada foi dito e revelado!
Na verdade, o país começa a semana com o governo em crise, com a sucessão em marcha, com a desconfiança geral na sua economia e sem se saber se o amanhã será melhor porquanto, mesmo as incursões da Presidente e suas reuniões com o seu partido e com a base aliada, em nada sugeriram que alguma coisa ia melhorar. Mas, como Deus é brasileiro e o Papa é um franciscano de afirmação e convicção, quem sabe, não aprenderão os brasileiros a viver!
Postado em 20 jul, 2013
A contínua queda de popularidade de Dilma, o Banco Central querendo retomar a necessária autonomia na política monetária, a deterioração dos indicadores econômicos e os sérios problemas do Governo com a sua base de sustentação parlamentar, são assuntos para um posicionamento estratégico do governo e do partido de apoio a Dilma, a partir desse fim de semana!
Neste momento, o PT, através de sua Executiva Nacional, vai tentar, através de um grande encontro nacional, vai discutir como se repaginar, se reinserir no quadro de referência das aspirações nacionais e, se reposicionar, em termos de apoio dos segmentos mais ativos da sociedade brasileira. Se terá sucesso, é ainda uma incógnita. O que todos parecem acordar é que falta ao partido, um discurso convincente, capaz de dar respostas as questões levantadas pelas manifestações das ruas.
Mas, o que muita gente conclui é que há uma manifesta incapacidade da Presidente Dilma e de quem lhe assessora, de enfrentar, de forma objetiva e eficiente, as demandas da sociedade, o quadro de crise da economia nacional e a flagrante inabilidade demonstrada pelos desencontros entre a Presidente e a classe política.
E cada vez mais, fica distante o encontrar de um equacionamento para os problemas de gestão da política econômica, de retomada de investimentos e de enfrentamento dos problemas de saúde, educação e segurança pública.
Seria surpreendentemente agradável se houvesse, por parte do Governo Federal, um processo de hierarquização de prioridades e, de modo rápido e rasteira, sem maiores análises e discussões, houvesse a determinação de reduzir o número de ministérios de 39 para 20; diminuição dos cargos de assessoramento superior, de 25 mil para 10 a 12 mil ocupantes; o fim de uma série de órgãos públicos, reorganizando as suas atribuições e competências, além de medidas para agilizar a atuação mais independente das agências fiscalizadoras.
Por outro lado, se o Governo Federal decidisse aumentar, significativamente, o FPM dos municípios, através de transferências de dotações dos ministérios de muita verba — Saúde, Educação, Transporte, Minas e Energia, etc — bem como fazendo calcular o FPM sobre as contribuições tipo PIS, COFINS, CIDE, etc. além dos valores do IPI e do IR, permitiria que muitas atribuições e competências, hoje com a União, pudessem ser transferidas aos municípios e, à União caberia o papel de fiscalizar, cobrar e avaliar uma atuação mais eficiente e objetiva dos entes federativas.
Finalmente, que tal passar toda a execução do PAC para os estados? Não interferir na decisão da C6amara sobre a distribuição e alocação dos recursos dos royalties do petróleo, além de, abrir, para os investidores estrangeiros, o espaço e o ambiente da mesma forma que estão querendo fazer com os médicos, condições para que eles, pudesse por aqui aportar trazendo os seus meios, a sua tecnologia, a sua capacidade gerencial e a sua perspectiva de urgência para, num período muito curto, ajudar a resolver os problemas de mobilidade urbana, gargalos infra-estruturais e outras limitações que tanto atormentam os brasileiros.
Bem, tudo isso é uma espécie de “wishfull thinking” pois que, desse Governo, pelo que se pode perceber, é difícil surgir alguma idéia boa ou decisão que bem atendesse tais desejos.
Postado em 17 jul, 2013 1 Comentário
O cidadão abre os jornais e se depara com notícias, se não de uma violência ampla, geral e irrestrita mas, ao mesmo tempo, de informes ainda mais deprimentes, de uma corrupção endêmica que grassa por todas as relações e por todo o tecido social. Por outro lado, em relação a economia o que se assiste é que, a cada dia, mergulha em uma crise difícil de se estabelecer onde vai parar ou, quando, se Deus assim o permitir, vai reverter a sua tendência de piora dos indicadores!
O quadro parece de profundo pessimismo na proporção em que, o Congresso vai à gazeta e deixa pendentes esperanças de uma sociedade ávida por respostas mais imediatas.
O Executivo, até agora não se dignou a rever o execesso de ministérios, o vergonhoso número de cargos de assessoramento superior e o confuso nível de instâncias decisórias que só complicam a vida do cidadão!
Ademais, Dilma não conseguiu estabelecer uma agenda de coisas objetivas relacionadas à segurança, à saúde pública, à educação universalizada e, “last bu not least”, nem sequer descomprimir o ambiente econômico, propondo mudanças no comando da política econômica.
Apenas manobras diversionistas, marcada por declarações vazias ou de inaugurações inexpressivas, aqui e ali; o estímulo à discussão do episódio do Big Brother americano; a reiteração de uma crença num moribundo Mercosul que hoje só existe por causa dos argentinos; uma importação de médicos que entrou em parafuso e, só Deus sabe em que vai dar e, promessas e mais promessas de que a articulação política do governo vai melhorar e Lula vai ajudar a reverter o quadro de desilusão!
Por outro lado, os anti-lulistas divulgam que o homem, o Dom Sebastião tupiniquim, já está até com metástese no Sírio-Libanês, dentro da terrorização e das teorias conspiratórias de uma política pobre que tudo permite e tudo estimula.
Por outro lado, parece que o PT não tem a chamada “second best” opção, caso Dilma se inviabilize, máxime quando se constata que, como ela já havia caído muito no respeito do eleitorado, agora desce, ainda mais, e a sua popularidade só atinge a 31,3%, quando, dois meses atrás, atingia acima de 67%!
As notícias “dalém” mar não são nada animadoras pois a queda da atividade econômica da China e a política do Banco Central americano, em nada favorecem ao setor externo e a entrada de capitais no Brasil.
E julho, com um Congresso parado, com as ruas desativadas e com o governo perdido, feito “cego em tiroteio”, vai ser aquele mês em que tudo tirou férias, até mesmo as crises!
E aí, seguindo a tradição brasileira, agosto será o mês do desgosto ou o mês das tragédias anunciadas. E, se muita adrenalina não for jogada no ar, tirando o torpor e a indiferença do Congresso, a inaptidão do Executivo para fazer as coisas acontecerem e a crise existencial que se acerca do STF – condenar ou não os mensaleiros? — aí não se sabe para onde irá o velho Brasil de guerra.
Lula não é mais aquele. FHC, o tempo fez passar. Serra é uma página virada. Alckimim é o conhecido picolé de chuchu que, ia até bem, até a crise de insegurança de São Paulo e as manifestações de ruas.
Aécio continua mais pessedista que o seu velho avô. Eduardo Campos, não sabe se vai ou não vai ou se espera para ser o nome do pt para substituir Dilma. E, Marina, é boazinha, legal e, fragilzinha como uma espécie de “glass menagerie”, talvez não aguente o tombo do embate de 2014.
Finalmente a possibilidade de Joaquim Barbosa vir a ser o “Dom Quixote tupiniquim”, parece remota porquanto falta-se partido, mobilização social e musculatura para enfrentar os embates relacionados a construir as alianças cobradas por uma candidatura presidencial.
Assim, pelo jeitão, por incrível que possa parecer, este cenarista que sempre foi um otimista inveterado, acha que a coisa está mais para jacaré do que para colibri e, difìcilmente, os brasileiros recuperarão a confiança e o otimismo nos próximos meses.
Será que devem os brasileiros esperar por um milagre ou que a copa retire o país do desencantamento e da desilusão? Esse caminho é o mais difícil e o mais complicado para recobrar aquilo que o país precisa: esperança consequente!
Postado em 16 jul, 2013
Mesmo que não se pretenda dar uma dimensão de algo mais sério e relevante para o Paí que foram as manifestações de rua. Talvez uma reflexão mais aprofundada poderia conduzir a conclusão que ora se inicia um verdadeiro processo que esse cenarista qualifica de revolução da cidadania.
Ou seja, uma explosão de sentimentos difusos, sem liderança, sem condutores, sem agenda e, acima de tudo, rejeitando o patrocínio de centrais sindicais e de partidos políticos, deveria merecer uma reflexão critica de imtelectuais, de políticos e da própria mídia. Ou seja, o que estaria por detrás de tais manifestações que poderia ser não apenas a exacerbação de uma insatisfação acumulada de uma classe média? Ou um segmento da sociedade que rejeita a forma como as coisas são conduzidas no País e que mostra a insatisfação com uma classe política onde inexiste a ética do compromisso e da responsabilidade e com um governo, manifestamente, incapaz de responder aos mínimos desafios que lhe são colocados?
Qualquer dessas opções pode sinalizar para essa verdadeira civilização da cidadania.
O que parece mostrar o que se viu nas ruas, foi uma espécie de cansaço da populaçao com a mesmice, a conversa mole, a esperteza barata e o cinismo desproposital das nossas elites e dos nossos representantes.
E, acima de tudo, a frustração e o desencanto com um pais que teria tudo para dar certo e as suas elites teimam em comprometer as possibilidades de expansão e de crescimento desta mesma nação.
Diante das limitações desse cenarista, acometido por resfriado que teima em não ceder os seus desagradáveis efeitos, os comentários de hoje ficam incompletos esperando que o amanhã será um novo dia e permitirá corrigir as bobagens ditas hoje!
O certo é que, a revolução da cidadania ocorre quando o povo rejeita a ditadura das aspirações, dos sonhos e dos objetivos, ditados ou pelo governo de plantão ou pela ideologia corrente ou por um partido majoritario.
Na verdade, a populaçao quer definir os seus caminhos, buscar as suas alternativas, atender, segundo os seus ditames, os seus anseios e não se sentir conduzidos por quem quer que seja!
O novo caminho que busca essa nova sociedade é diferentemente que pensam políticos, partidos,sindicatos e,até,entidades que, no passado, respondiam as aspirações dessa mesma sociedade, como eram a CNBB, a UNE, a OAB, a ABI, entre outras, é algo que ainda não foi decodificado pelas elites do País.
Diante das limitações desse cenarista, acometido por resfriado que teima em não ceder os seus desagradáveis efeitos, os comentários de hoje ficam incompletos esperando que o amanhã será um novo dia e permitirá
corrigir as bobagens ditas hoje!
E vai sem correção e sem revisão numa licença que só o cansaço e o torpor dessa gripe violenta, poderia permitir. Desculpem, todos!
Postado em 14 jul, 2013
Há três coisas que podem vir a ser, se não definidas, pelo menos pensadas, neste final de semana. São possíveis respostas que o Governo Central daria diante das manifestações de rua, da desagregação da base parlamentar e da perda de credibilidade dos gestores da política econômica.
Se Dilma mostra-se, até agora, impotente e, com todo respeito, despreparada para estabelecer uma estratégia de enfrentamento dos problemas do País, o Congresso ainda deve complicar mais a situação por deixar sem uma montagem objetiva a sua agenda. Na verdade, a presumida agenda positiva do Congresso, alardeada por Renan Calheiros, perdeu o ritmo e está a falecer de maior envolvimento e compromisso, além de ter uma interrupção de, pelo menos, quinze dias, em face do recesso parlamentar.
A situação da Presidente tende a se complicar, onde a sua queixa de isolamento, as críticas de seu próprio partido e, o tensionamento das relações com Lula, tendem a fazer o jogo esfriar. E, sòmente um gesto de maior repercussão, por exemplo, a substituição dos membros da equipe econômica, poderia começar a recuperação da credibilidade e da confiança dos agentes econômicas no Governo.
Claro que as pessoas não querem apenas gestos simbólicos ou promessas futuras, mas resultados objetivos e práticos.
Por outro lado, a agenda de Dilma deverá ser de respostas imediatas a certas demandas das ruas. Por exemplo, além de mudar o comando da economia, não interferir na sua liberdade de pensar e agir, de modo autônomo e independente!
Também, a idéia deste Scenarium, já externada aqui, de que o Governo Federal transferisse aos estados e municípios, a execução das obras do PAC, poderia ser feitas de imediato, ficando à União, o acompanhamento, o controle e a avaliação do andamento das obras.
Para ter a certeza de que as coisas venham a andar no ritmo cobrado pelas circunstâncias, a idéia de um conselho de urgenciamento das obras, composto por representante do Ministério Público, do Conselho Nacional do Meio Ambiente, do Tribunal de Contas da União, da ABI, entre outros, ajudaria a reduzir os embaraços criados pelos referidos órgãos.
Um encontro com os representantes da área de saúde, poderia resultar em uma estratégia mais objetiva para o enfrentamento das questões do SUS. Na verdade, talvez fosse o momento para que se priorizasse menos a perspectiva hospitalocênctrica dos médicos e mais uma visão de prevenção, apoiada no tripé saneamento ambiental, vacinação universal e um PSF — Programa de Saúde da Família — aperfeiçoado! Com isso, estabelecidas tais prioridades, daria, inclusive, para discutir questões relacionados com os gastos com medicamentos, notadamente aqueles de alto valor agregado e alto preço.
Caso esses três tópicos fossem encaminhados, objetivamente, aí então daria para estabelecer uma saudável descompressão do ambiente e, necessàriamente, ajudaria a alterar as relações entre a Presidente e o povo.
Quanto a substituição dos quadros governamentais, embora o ideal seria fazê-la após uma redução do número de ministérios e de cargos de assessoramento superior, seria importante, ao fazê-la, aproveitar para considerar um necessário equiilíbrio de forças, da base de sustentação parlamentar.
A idéia de Mercadante na Casa Civil só seria válida se a sua experiência até agora mostrasse notável competência gerencial no acompanhar, cobrar e avaliar o desempenho dos vários ministérios e agências de governo, na execução dos programas a eles atribuídos.
Colocar Mercadante para tratar com gente, fazer articulação e promover negociações entre partes, não tem o menor sentido pois o homem é visto como um “bruto” pela classe política.
A possível substituição de Mantega pelo ex-Presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, não parece ser uma alternativa que aquiete o mercado e devolva a confiança aos agentes econômicos e investidores.
Da mesma forma que, a possível indicação de Luciano Coutinho para a Fazenda, não garantiria a chance de um diálogo frutífero e promissor com o mercado.
Já a idéia de Aldo Rebello para a articulação política, pode até vingar. Ele tem trânsito no Congresso, foi Presidente da Casa, sabe administrar a sua presunção e pode vir a ser o negociador que a Presidente precisa. Isto é, desde que ela não o descredencie e desacredite, com suas interferências perniciosas.
O Banco Central está a requerer alguém a altura do órgão, porquanto Tombini é menor que a Instituição. Aí estão disponíveis, no mercado, excelentes nomes de “ex-diretores” além de profissionais do ramo — gestores de bancos privados — que bem poderiam cumprir tal papel. Basta convocá-los, desde que se garanta a quem vier a ser o escolhido, que o Planalto não interferirá na autonomia da instituição!
Postado em 11 jul, 2013
Segundo Ulysses Guimarães “o que mais mete medo em político é o povo na rua”!
Apesár de tal observação do grande político brasileiro, os parlamentares parecem acreditar que basta um recessozinho e alguns poucos afagos e aí todo mundo se recolhe as suas casas e deixa de lado as manifestações nas praças e nas ruas.
E, pelo andar da carruagem, os políticos não quiseram sequer arpoveitar o momento e, a partir dele, reinventar-se e apresentar-se com uma nova e confiável indumentária. Ao que parece “o cavalo passou selado e nem a Câmara e nem o Senado, decidiram montá-lo”. Perderam uma excelente oportunidade de estabelecer uma agenda para sí, para o Executivo e para a sociedade brasileira.
Parece que os congressistas querem fazer jus ao que, no “Novo Manifesto”, Lima Barreto afirmava, lá no início dos anos vinte: “Eu também sou candidato a deputado. Nada mais justo. Primeiro: eu não pretendo fazer coisa alguma pela Pátria, pela família e pela humanidade”.
Infelizmente, parece que os congressistas acreditam que “povo é massa falida” e que, não há nenhuma crise e tudo não passa, apenas, de uma marolinha sem maiores significados e consequências.
E isto fica demonstrado pelo fato de, o Senado haver pregado uma peça na sociedade, não aprovando o primeiro item de sua própria agenda, no caso a chamada PEC dos suplentes. Claro que, depois das manifestações na mídia e nas redes sociais, contra a não aprovação, a Casa voltou atrás e, a votou. Mas não tão atrás que reestabelecesse a proposta inicial.
Por outro lado, a Câmara dos Deputados parece que esqueceu de votar o fim do foro privilegiado para crimes comuns. Parecia uma matéria pacífica ( ou não? Tem muita gente na Câmara implicado em tais crimes?) e, no entanto, o recesso está chegando e ninguém fala mais disso.
Também na Câmara, o próprio Presidente da Casa, instado pelo Palácio do Planalto, foi a Comissão Técnica que examina a proposta de implantação do Orçamento Mandatório, o que, na verdade, representaria não apenas a independência do Congresso mas, acima de tudo, uma forma de acompanhar a execução da peça orçamentária, de conformidade com que o Congresso aprovou.
Vai continuar como está onde o Orçamento continuará a ser uma peça de ficção, sujeita a alterações frequentes, de acordo com os humores e interesses do Governo Central.
O Executivo, nesse mesmo período, mandou que os seus articuladores políticos forçassem a base aliada a não votar o relatório sobre a distribuição da parte dos royalties do petróleo que cabe a União, nos moldes em que a Câmara havia aprovado. No máximo, o que Dilma admite é que se vote a proposta do Senado que diminiu, bastante, o volume de recursos a serem usados em Educação e Saúde, vis-a-vis do que foi aprovado na Câmara. Se não for votada a matéria agora, só após o recesso.
Também, a famosa proposta do voto secreto, tendo sido votada uma redação na Câmara e outra no Senado, parece que vai ficar no jogo de empurra entre as duas casas.
Até mesmo a Comissão criada para apresentar uma proposta de reforma política, não se reuniu ontem e, pelo simples fato de ter sido estabelecido um prazo de 90 dias para a apresentação do relatório ( por que não 45 dias?), dá uma demonstração patente que o Congresso, se for votar alguma coisa, vai aprovar algo que não mude nada e deixe tudo como está agora.
E tem mais. Se porventura for aprovado o fim da reeleição para os mandatos executivos, em todos os níveis, e, consequentemente, aumentado o prazo dos mandatos para cinco anos, conforme proposto pelo PSDB, então a coisa vai ser um doce para Dilma que, ganha mais um ano de mandato e, Lulinha, que pode vir a ser candidato em 2016!
Se Dilma enfrenta o seu inferno astral, o que pode vir por aí em cima da classe política vai ser muito mais grave do que o que a Presidente enfrenta.
Será que os políticos acham que o povo vai engolir essa empulhação sem qualquer reação? Crer esse cenarista que não e, pode ser que a rebeldia dos jovens venha a ser engrossada pela insatisfação consciente e responsável dos mais velhos, dando uma feição ainda não vista de tais manifestações no País.
Postado em 10 jul, 2013
O País vive uma verdadeira sinuca de bico. A mãe de todas as reformas, assim chamada a reforma política, depende, para ser concretizada, dos políticos. Mas os políticos são surpreendentes. Quando se espera que tenham ouvido o recado das ruas; tenham refletido sobre os dados da pesquisa da ONG Transparência Brasil, onde 81% das pessoas acham que “os partidos políticos são os mais afetados pela corrupção” e “72% dos entrevistados acham que os deputados e senadores são também afetados pela corrupção”; e, tivessem atentado para um mínimo de compromisso com a ética da responsabilidade, eis que …
Não conseguem ser o personagem do livro a prostituta respeitosa” do romance de William Faulkner!
Os voadores dos aviõezinhos da FAB continuam com as suas explicações pouco convincentes; o Senado rejeita a PEC dos senadores que definiria que existiria apenas um suplente e este não poderia ser parente até segundo grau; a Câmara ainda não votou a versão final do fim do voto secreto; o Presidente da Câmara corre até a Comissão que examinava o mérito de uma questão fundamental ao Congresso que é a votação do Orçamento Mandatório e, pede para a votação ser adiada; e, finalmente, os líderes acham que a reforma só deve valer para 2016, além de outras licenças nada poéticas! Aí a coisa parece que não ter jeito mesmo!
Por fim, quando a sociedade está querendo acreditar que o Parlamento, como instituição, estaria sendo capaz de se rever, de se reinventar e deixar de ser a Geni do País, eis que todos se frustram com as atitudes tomadas.
Parecem que todos os políticos acham, à exceção dos Pedro Simons da vida, que os protestos das ruas passaram ou passarão e não voltarão jamais! Ledo engano. Isso é “como fogo de monturo” e, pelo que se acreditam serem as causas da insatisfação, a coisa continua ardendo por baixo do monturo!
As redes sociais deverão montar campanhas do tipo “não reeleja ninguém que está no mandato” ou, “não aceite parentes em até segundo grau de político no exercício do mandato como candidato a qualquer coisa ou “vamos votar pelo fim da reeleição, das coligações proporcionais e pelo voto obrigatório” e outras campanhas mais!
O povo é bobo mas nem tanto! Collor sabe disso e Dilma está começando a provar desse amargo sabor, notadamente agora quando se avolumam más notícias sobre a economia vindas de fora e produzidas aqui dentro. E, ainda, quando ela sente quão isolada e quão abandonada está por todos que a cercam no poder.
Talvez após o encontro com Lula, Dilma resolva tomar algumas atitudes que possam recuperar o prejuízo perante a opinião pública, como por exemplo, as tais medidas tão reclamadas como a substituição da equipe econômica, da ‘tchurma” da articulação institucional do Palácio; o pessoal da articulação institucional no Congresso; o terceiromundismo do Itamaraty; o excesso de apoio ao Mercosul além de um acordo para que os governadores e prefeitos de grandes centros, toquem as obras do empacado PAC!
E, talvez Dona Dilma aprenda um pouco, com o “encantador de serpentes”, como levar os parceiros na lábia e, como enganar, a própria sociedade, com uma mão no ombro, um passar a mão na cabeça ou uma promessa de que o amanhã será melhor!
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!