COM QUANTOS PAUS SE FAZ UMA JANGADA?
Quem é desportista, quem é nacionalista, de fato, quem ama o Brasil e não aceita o complexo de “macaquitos” com que os argentinos definiram os brasileiros, ficaram muito orgulhosos e excitados com a escolha do Brasil, não apenas para sediar a Copa do Mundo, mas, principalmente, os Jogos Olímpicos de 2014.
Mas, diante do que aconteceu com Santa Catarina, com a Angra dos Reis, com São Paulo e com o Rio de Janeiro, estão os brasileiros vivendo uma dúvida cruel. Será o país capaz de superar as suas limitações, de toda ordem, para garantir a sede a tais eventos? Será que os graves problemas urbanos, já mostrados à saciedade, não são suficientes para exigir uma definição clara, não só do governo, mas da sociedade como um todo, se será o país capaz de superar os desafios, os entraves e os estrangulamentos para garantir, aos dois eventos, o papel internacional de cumprir com o que foi acordado e, com o país, de garantir os resultados de transformação e mudança na sociedade, nas cidades e na economia?
É impressionante o fato de que se um programa, com características nitidamente eleiçoeiras, como é o caso do PAC, não encontra capacidade gerencial para “andar”, como pode ser esperado que os projetos de preparação das cidades para eventos do porte de uma Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos encontrem os padrões de segurança, de capacidade urbana, de serviços essenciais, de fluidez do tráfego e do transporte de massa, exigidos para tais eventos?
Todos os brasileiros estão perplexos diante de uma oportunidade de ouro para o Brasil se mostrar ao mundo, de resolver dramas urbanos, a partir de tal motivação e da falta de capacidade de mobilizar empreendedores para fazer isto que seria um grande salto para fazer do Brasil um país de qualidade. O que fará o País? A Copa está em cima e o Maracanã alagado em seu entorno, inviabilizado, como sairá o país de seu labirinto? E o que preocupa a todos e a tantos é que, se no cartão postal do País, as coisas ocorrem de maneira tão pouco diligente, imagine o que ocorre nas cidades que sediarão eventos da Copa?
Na verdade, até agora, a nível sério e responsável, um processo de planejamento, não se forjou no País. O que um tal comitê pode fazer de sério e previsível que alguém ponha fé? Todos olham o conjunto de possibilidades e potencialidades e, diante de tantas chances, ficam pasmos com a inércia, o descaso e a incompetência das autoridades que irão, se algo de sério não ocorrer, perder tal chance!
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!