CORAGEM CÍVICA MAIS COMPETÊNCIA POLÍTICA IGUAL A NOVA ALTERNATIVA!

Poucos esperavam o desdobramento do “affair” Marina Silva. Aliás, a maioria dos analistas como este cenarista, anteviram o malogro da empreitada de Marina para criar a sua Rede. O TSE não iria considerar o primado que, segundo estudos feitos pela FGV, prevalece na cabeça e nas decisões da maioria dos juízes no Brasil que é aquele que, em muitos casos, faz com que esqueçam a rigidez e a letra fria da lei e, apreciam as matérias. muito mais a partir de sua sensibilidade político-social do que do direito positivo.

O TSE não considerou os argumentos de que, por trás da anulação de mais de 90 mil assinaturas de apoio à Rede, notadamente aquelas recebidas na região do ABC, em São Paulo, poderiam ter sofrido o viés, na sua apreciação em termos de legitimidade, de natureza político-partidária. Ou seja, teriam sido rejeitadas sem razão de ser a não ser a razão maior que eram os interesses do PT e de seus aliados. Ademais, não considerou o TSE que, na sua decisão, poderia prejudicar o processo de amadurecimento das instituições brasileiras, ainda tão frágeis e limitadas!

Mas, quando a ética do compromisso e a ética da responsabilidade se colocam acima dos interesses pessoais, grupais ou particulares de um líder, ele sacrifica seus sonhos mais acalentados e, desafiando os seus próprios apoiadores e correligionários, assume o papel que o País cobra e precisa dos homens públicos. Dignidade, decência e compromissos com valores mais caros da política com P maiúsculo.

E só ela, Marina Silva, poderia ter feito algo que, pelos menos, pelos desdobramentos que poderão advir, promoveria uma mudanças de paradigmas na política brasileira. Na verdade, ao resolver ir para o PSB, Marina teve a grandeza, a altivez e a postura de que, o futuro do País não deve estar ao sabor de vontades, de vaidades, de interesses particulares ou de birra, de quem quer que seja.

Foi o gesto mais corajoso e destemido da política nos últimos tempos. Se a ela, Marina, sobrou coragem cívica, a Eduardo Campos sobrou competência de antever que, os dois, pelo itinerários já cumpridos, pelo desempenho que tiveram nos cargos que ocuparam e pelo discurso de quebrar essa polarização tão maléfica à política brasileira entre PT e PSDB, agiram no respeito maior a tudo que o processo democrática busca e anseia: debate das idéias dentro dos novos conceitos de desnvolvimento e bem estar social.

Discutir se ela transferirá votos ou não a Eduardo Campos é antecipar algo que, no momento, não é relevante. Isto porque, no decorrer da campanha, se Eduardo achar que Marina é melhor nome que ele para a Presidência, será bem provável que a chapa se inverta. Ou seja, Marina para Presidente e Eduardo para Vice. Tudo pode ocorrer se houver seriedade e respeito ao eleitorado por parte dessas duas grandes figuras que ora despontam, para valer, na política nacional.

Só esse movimento no tabuleiro político, já mudou várias alternativas nos palanques estaduais. E, a partir do discurso de Marina e Eduardo que, já nesta semana, será apresentado no programa do PSB, o que, já poderá ser sentido na própria pesquisa de opinião que, já e já, virá a ser divulgada, o país estará respirando outros ares além da mesmice dos escândalos, das promessas não cumpridas e dos dados frustrantes sobre a economia do País.

Mais uma vez e, é bom que se diga, que Marina, impedida pelo poder político de formar a sua Rede, o partido de seus sonhos, aspirações e a saudável utopia da sustentabilidade, restou-lhe como o único caminho para respeitar os seus valores, o compromisso maior com o fortalecimento das instituições democráticas do País.

Quebrar a polarização entre PSDB e PT, que impede o debate, limita a circulação de idéias, cria restrições a ousadia no pensar e no inventar e não dá chances ao surgimento do novo, representa notável contribuição a oxigenação da vida política! E, ao mesmo tempo, responde, pelo menos em parte, ao clamor das ruas.

Agora, a estratégia muda para todos. Aécio Neves vai refletir no que fazer e que caminho seguir. Dilma já reúne os seus assessores, marqueteiros e Lula para mostrar que, a partir de agora, já é bom pensar numa estratégia para um eventual segundo turno. Eduardo Campos, depois da saída dos Gomes do seu partido, agora terá o apoio redobrado dos atuais governadores do PSB que, neste novo cenário, sentem que tem nomes e discurso para enfrentar a avassaladora incursão dos petistas, dilmistas e lulistas, não só no aparelhamento do Estado mas, em importantes segmentos da vida do País.

E, agora, é só esperar os novos lances, como se estão forjando os palanques estaduais e como começará por se comportar a Câmara e o Senado, depois do inesperado mas benfazejo evento da filiação de Marina ao PSB!

5 Comentários em “CORAGEM CÍVICA MAIS COMPETÊNCIA POLÍTICA IGUAL A NOVA ALTERNATIVA!

  1. DOS MALES O MENOR. ACHO QUE QUANDO OS MILITARES COMANDARAM O PAÍS, HOUVE EXCESSOS, MAS NÃO HAVIA A ROUBALHEIRA QUE ACONTECE NOS DIAS DE HOJE . PRECISAMOS COMBATER A CORRUPÇÃO. NÃO SE JUSTIVICA QUE UMA PONTE SEJA CONSTRUIDA NO BRASIL POR PREÇO MAIOR TRINTA VEZES QUE O CUSTO NA CHINA. O TEMPO DA CONSTRUÇÃO DE 4 MESES NA CHINA SE TRANSFORME EM QUATRO ANOS NO BRASIL PRECISAMOS DE UM GOVERNO FORTE E MORALIZADOR. PRESO TEM QUE TRABALHAR E SE PROFISSIONALIZAR PARA AO TERMINAR A PENA, SE INTEGRAR NA SOCIEDADE .

  2. Todos estão focados nos 20 milhões de votos da Marina. São duas questões que levanto: Esses votos são transferíveis? Será se é possível votar numa pessoa que não teve competência para criar um partido? Parece que não é muito difícil essa tarefa, pois temos mais de 30 agremiações partidárias…

  3. A compreensão da necessidade de mudança na polarização do poder (PT/PSDB) traz uma nova ótica para os que analisam o processo político brasileiro. Como sempre o cenarista saiu na frente criando espaço para algumas novas perguntas: Quem perde e quem ganha? Como ficará a chapa do PSB? Como manobrarão as raposas da política nacional? Para quem queria que acabasse a lesma lerda a atitude de Marina Silva pode dar mais animação a um jogo que parecia ser de cartas marcadas

  4. Essa e a minha opinião,também !

  5. Maravilhoso artigo querido Paulo! Vou compartilhar..,

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