DOIS ÍNDICES, DUAS FRUSTRAÇÕES!
Vieram, à lume, nos últimos dias, índices e números sôbre homicídios e sobre desempenho educacional, por estados, que ampliam as frustrações e desencantos dos brasileiros com os destinos da pátria amada. Se aí forem incorporados os dados sobre os problemas na área de saúde de um modo geral ou, da assistência médica, prestada aos brasileiros pelo “maior programa de saúde pública do mundo, o famigerado SUS”, aí entram os patrícios numa espécie de “universo em desencanto”.
O fato de doenças ou endemias antes já desaparecidas — doença de chagas, tuberculose, febre amarela, tifo, etc — voltarem, com toda a força, quando, repita-se, antes já estavam extintas e controladas, mostra como a negligência com a prevenção de doenças tropicais, particularmente, fruto da orientação das políticas de saúde, de caráter objetivamente hospitalocêntricas, custa muito caro ao País. Para demonstrar quanto a prevenção tem resultados altamente alvissareiros, basta lembrar que, numa cidade como Fortaleza, 55% da mortalidade infantil era explicados pela falta de saneamento ambiental, o que demonstra que só ações na área de esgotamento sanitário, água potável e destino final do lixo, mudam, de maneira radical, tal quadro. Por outro lado, a reforçar tal tese, a decisão que as autoridades públicas parecem que irão tomar agora, para prevenir câncer de mama e de colo de útero, de vacinar garotas de 9 a 14 contra o virus HPV, caso se faça com se fez na Austrália, deve reduzir de 90 a 95% os índices de tais cânceres, quando, com foi o caso daquele país, se estendem as vacinas aos jovens do sexo masculino!
Se se considerar os problemas de saúde oriundos da falta de saneamento ambiental e os custos derivados da poluição nas grandes e médias cidades, associados a toda sorte de corrupção na execução e gestão dos programas de saúde públicos, além dos descaminhos derivados de incompetência e má fé, aí se tem a dimensão do problema com que se depara o País! E, na verdade,concluir-se-à que não bastará ampliar os recursos orçamentários e financeiros que, só com isso, o sistema não melhorará.
Se o desafio de melhoria da saúde, de um modo geral, incluindo um exame mais cuidadoso e mais sério sôbre a precariedade de operação, funcionamento e atendimento dos planos de saúde — diga-se de passagem, os mais reclamados pela opinião pública — é de dífícil e complexo enfrentamento, então aí o quadro desse segmento, tão vital à quantidade e a qualidade de vida das pessoas, é realmente uma equação de muitas variáveis e muitas incógnitas Mas, se se quiser, realmente, a coisa tem jeito, aí tem, basta a efetiva vontade política para tanto.
Se esse é o quadro da saúde no País, os dados sobre violência que vieram a público nestes últimos dias, deixa em polvorosa, não apenas os cidadão que vivem nas grandes metrópoles, como aqueles que habitam em locais que pareciam bucólicos e pouco subordinados a crise de insegurança. O que ocorreu em Santa Catarina com o incêndio de quase uma centena de ônibus pelo comando do crime organizado; o desafio que o PCC ou o CV impuseram ao governo do Estado de São Paulo com inúmeros ataques e chacinas nos últimos meses e, o assalto a caixas eletrônicos, sequestros relâmpagos e outras agressões a vida dos cidadãos, mostram o descalabro dessa área de atuação do poder público.
Mas, o exame mais profundo das causas, consequências e formas de combater a violência e superar a insegurança deverá ser objeto de uma outra análise para que se possa explorar, a temática, no limite do exagero, porquanto, só assim, abrir-se-à uma discussão mais objetiva, séria e ponderada sobre tão angustiante tema.
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!