DONA DILMA: NÃO BRINQUE COM FOGO!

Os jornais noticiaram que os comentários de Joaquim Levy no encontro de Davos, sobre o seguro-desemprego no Brasil e sobre o enfrentamento de uma possível recessão, pelo menos em um trimestre deste ano, desagradaram a Dilma ou o seu entorno, onde pontificam Mercadante, Marco Aurélio Garcia, Rui Falcao, Pepe Vargas, Ricardo Berzoin, entre outros. Isto porque tanto não se conformam os mesmos, com a linha de política econômica posta em prática por Levy como também acham que perderam o discurso e o respeito pelos militantes do partido pela adoção de uma linha de conduta dos seus opositores.

Ademais, não entenderam Dilma e seus assessores mais diretos que, o que busca o País lá fora é resgatar a credibilidade perdida e reestabelecer a confiança dos agentes econômicos e dos entes financeiros, ai compreendidos os bancos centrais, os fundos de investimento e as agências de “rating”!

E por que isto? Quem terminou o ano como o Brasil terminou com um povinho, inflação em alta, 90 bilhões de déficit nas contas externas e enormes desequilíbrios fiscais, não pode esperar que os conceitos e a credibilidade tsnto interna como externa não estejam em forte baixa.

E,, diante do violento programa de austeridade que a Europa pôs  em prática, para qu o Brasil posso recuperar o respeito e a credibilidade lá fora, só a partir da apresentação de um programa sério e duro de austeridade fiscal  e, acima de tudo, adotar a postura denão mentir e de não tentar ludibriar quem, de boa fé, busca aceitar as razões e os argumentos do Governo Brasileiro!

Pois bem. Dizem as más línguas que Dilma tentou puxar as orelhas de Levy pelas manifestações expressas no encontro de Davos e, agora, o jornal Folha de São Paulo informa que Dilma “cederá a pressão sindical e reverá o novo seguro-desemprego e que o tempo mínimo para obter o benefício poderá mudar”. Se tal ocorrer, ninguém sabe como reagirá Levy.

Aliás, para quem conhece o estilo Dilma de ser, tal não surpreende haja visto que, já na primeira declaração do Ministro do Planejamento sobre a mudança possível da regra de reajuste do salário mínimo, mesmo dizendo mas “que manteria o aumento real”,  recebeu um sonoro pito público da Presidente e foi obrigado a ir à imprensa e desdizer o que disse.

O Ministro de Ministro e Energia esse, pobre coitado, tem levado mais esculacho e apanhado mais que mulher de malandro. Isto porque a Primeira Mandatária se acha, além de uma “expert” em Economia, uma pós-doutorado em energia. Com isto e, diante da crise e das críticas que surgem de todos e por todos lados e, também, em função da enorme dificuldade por que passa a Petrobras, marcada pelos efeitos do Petrolão, o saco de pancadas preferido da Presidente, tem sido Eduardo Braga.

Agora, se, na reunião ministerial de hoje, Joaquim Levy se sentir desautorizado ou for determinado a mudar os conceitos e providências relacionadas às medidas de austeridade fiscal, é bem provável que ele já se prepare, como tem insistido vários amigos e companheiros seus, para  pedir o boné. E, se isto ocorrer, ai então, do mesmo jeito que ninguém da área privada está aceitando o convite para ser membro do Conselho de Administração da Petrobras, só indo atrás de um outro dócil Mantega ou tendo a ousadia de colocar um Mercadante à frente da política econômica nacional. Só, essas duas hipóteses, atendem  ao estilo Dilma de ser!

E, se isto ocorrer, amigos, aí então a coisa vai pegar! Desmantela-se uma proposta compreensiva e abrangente de recolocar o país nos trilhos, montada por quem é capaz e preparado, substituindo por visões limitadas, precárias! Pobres e eivadas de ideologismo, populismos e de um estatismo vencido no tempo.

E aí os brasileiros vão ver o que é “bom para tosse”. A começar, a Bolsa indo para o brejo, o dólar explodindo e a confiança internacional sumindo. Por isto é que se adverte a Presidente de que não é hora de brincar com fogo. Não se deve catucar onça com vara curta. E, Levy tem paciência mas nãoao sabe se a humildade e a docilidade necessárias para se ver desautorizado junto à comunidade intelectual, a mídia, os empresários e as agências internacionais e, continuar no cargo.

Todo cuidado é pouco pois só os fracos, incompetentes e desprovidos de auto-estima aceitam o desrespeito, a desautorização e a desmoralização. E se Levy aceitar a sua credibilidade junto ao mercado e o respeito de seus pares irão tsmbem para o brejo.

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