DUELOS DE EGOS, CONFRONTO DE VAIDADES!

Dilma vai pagar um preço, do mesmo modo que pagou Serra, do excesso de vaidade, de soberba e de presunção de Lula. Serra, pela sua própria presunção e pela soberba de FHC, ao não querer estar ao lado do ex-presidente temendo pagar os ônus de seu último ano de governo, considerado, por muitos, um tanto desastroso, pagou o preço de sua própria soberba!

Agora Dilma, assim que apear do poder e começar a fazer o seu vôo solo, será obrigada a, muitas vezes, dar explicações sobre os excessos verbais de Lula e, aí, terá que mostrar a lealdade canina dos dias de hoje ou denegar as desastrosas, inapropriadas e inoportunas opiniões do chefe.

Sabe-se que a dura reação da mídia nacional a Lula, como que buscando desconstruí-lo, nada mais representa do que a demonstração, para Lula  e o PT, de sua força num regime democrático bem como representa uma forma de responder a tentativa do governo de manietar, controlar e subjugar à mídia aos desígnios do comissariado petista. Enquanto o Estadão estiver impedido de exercer o seu papel, em face de decisão da Justiça, em resposta a recurso impetrado, contra o jornal, pela família Sarney; enquanto as idéias de Franklin Martins sobre o Conselho Nacional de Jornalismo estiverem prevalecendo; enquanto forem sendo cerceadas as liberdades dos veículos ou ameaçadas por uma proposta nacional de direitos humanos, dificilmente os grupos sociais mais esclarecidos deixarão de temer pelos seus destinos.

Em 2002, para superar os temores do empresariado e dos banqueiros, Lula teve que adotar três medidas para superar tais dificuldades: a carta aos brasileiros; a indicação de José Alencar para vice; e, por último, a escolha  de Palocci para condutor da política econômica nacional.

Portanto, essa campanha presidencial vai ser um conflito de egos, um confronto de vaidades e um duelo de arrogâncias, sendo que Lula conseguiu ser mais prepotente e arrogante do que a tão criticada elite branca e de olhos azuis do país.