E a crise: passou, só amainou ou surgirão novas bolhas?

EM RECENTE palestra no Conselho Superior de Economia da FIESP, o economista Paulo Rabello de Castro, fez brilhante exposição sobre a crise econômica e seu
impacto na economia americana. Por que focar a análise sobre a economia americana? Porque, por mais que se queira ou atribuir a Europa ou a Ásia papel maior
ou preponderante no processo, é exatamente o tamanho da economia americana e o seu papel na economia mundial que nos olhos do mundo tem se voltar para
lá para verificar o que está acontecendo e qual foi o saldo das ações de governo alí tomadas e os seus reflexos sobre a superação da crise lá e, por consequencia
no mundo como um todo. O que se concluiu é que a crise amainou mas o seu estrago no sistema bancário e financeiro; no endividamento das famílias e no
enorme endividamento do estado foi muito grande e levará tempo para uma retomada significativa do crescimento. Ademais é preciso que, não apenas o
sistema financeiro seja melhor regulado, a bolha dos cartões de crédito controlada e, a nível do mundo, os preços das commodities e o comportamento das
bolsas reduzam a sua euforia sob pena de mais uma rodada de sérios problemas em todas as economias do mundo.