E A VOLTA DO CONGRESSO? PROMETE NOVAS EMOÇÕES?
O retorno dos congressistas ao batente e a volta da Justiça ao trabalho, prometem uma semana, provavelmente, muito marcada por emoções. No primeiro momento, irá sentir-se qual será a estratégia de reaproximação de Dilma com os aliados e dela com o empresariado. As relações não são nada boas nem com a sua base de sustentação parlamentar e nem com os principais agentes econômicos do País. E, se a gente estender o relacionamento da Presidente com a sociedade civil, talvez a visita do Papa ajude a desarmar os espíritos e o povo se mostre mais compreensivo com os erros e dificuldades de encaminhamento dos problemas que Dilma tem demonstrado.
Com os parceiros de empreitada que rejeitam a idéia de serem parceiros da agonia, não adianta Dilma prometer 6 bilhões de liberação de emendas parlamentares que isto, parece, não garantirá sucesso na administração de uma confusa e polêmica agenda do Congresso. Deixou-se aumentar muito o contencioso em termos de questões polêmicas e, esticou-se demais a corda até chegar a uma circunstância em que as eleições de 2014 já estão definindo as atitudes e o comportamento dos congressistas!
Os empresários, por outro lado, se queixam, bastante, da relação com o Planalto, não apenas pela descrença na competência de Mantega e companhia para enfrentar os desafios da economia, como na indicação de um interlocultor — Arno Augustim — para negociar os termos das licitações das concessões. Aliás, a intransigência de Arno em ser duro e inflexível no que diz respeito ao impacto de tais licitações e dos leilões sobre o Tesouro, limita a sua visão de uma negociação tão relevante mas, no momento, tão complicada para o Brasil.
A falta de jogo de cintura do moço e, a precariedade de sua visão estratégica do que ocorre no Brasil, do que vai pelo mundo e, de como as agências de “rating” vêem o Brasil, geram grandes dificuldades para que tais leilões ou licitações tenham sucesso. Ademais, a incerteza quanto a estabilidade de regras por parte do poder público nacional, como, agora mesmo, ocorreu com a redução dos valores dos pedágios a serem cobrados pelas empresas, em face da pressão popular, cria um clima de quase hostilidade entre investidores e o governo brasileiro.
Aliás, Dilma tem sido infeliz na escolha de seus parceiros para o cumprimento de tarefas espinhosas. Mercadante na articulação politica é como macaco em casa de louça. Gleise Hoffman, no atrito que teve com Renan, demostrou que lhe falta jogo de cintura ou, talvez, tenha sido contaminada pela arrogância, pelo desrespeito ao Congresso e pela imposição autoritária, muito característico de sua Chefe! A própria teimosia em não mudar o Ministério faz com que os problemas que provocam inflação ou a tornam resistente na sua queda — indexação da economia; irresponsabildade fiscal e câmbio apreciado — continuem presentes sem que Mantega faça qualquer mexida no processo!
Finalmente, a semana começa com o PT entregando os seus reféns aos leões – no caso, os mensaleiros, agora entregues a própria sorte –; Joaquim Barbosa profundamente irritado com a tentativa dos petistas de desestabilizá-lo, emocionalmente; e, Marina, tentando atender as exigências para a criação de seu partido, já são assuntos bastante interessantes e que movimentarão, com muita intensidade, a semana.
Num contraponto a tais questões interessantes, de repente surge notícias que intrigam a qualquer cidadão de bom senso. Depois de mais de dez anos assistindo as coisas hediondas promovidas pelo comando do tráfico de drogas — extermínio de concorrentes, chacinas e aliciamento de menores para o crime — conduzidas de dentro dos presídios, o Estado de São Paulo, decidiu que vai contratar bloqueador de sinal de celular para presídios?
Essa é dura mas, se funcionar como se espera, a gente começa a ver programas que diminuem a violência nas cidades — tipo implantação das UPP’s; redução da criminalidade por ações de policiamento ostensivo, melhor iluminação pública e ocupação dos espaços físicos das cidades pelos seus moradores — além de, no momento em que se valorizar a polícia, equiparando salários, a nível nacional, promovendo-se um amplo expurgo de policiais corruptos
e favorecendo o trabalho de inteligentzia policial, aí a coisa pode começar a tomar jeito e gerar uma maior descompressão nos grandes centros urbanos do País!
Nunca pude entender porque o Brasil nunca pensou em se utilizar de suas dimensões continentais, a exemplo dos EUA, para diluir a capacidade de ação da çriminalidade. Neste caso, os presos de maior influencia e poder cumpririam pena separados e a mais de 1000 km da UF onde foram condenados, sendo suas despesas de transporte e manutenção ressarcidas a UF que os recebe pela mesma UF que os condenou. Para aumentar a eficiência, um sistema anual de rodízio por sorteio dificultaria a existência de mulas, advogados de leva e traz, etc.
Esta estória de bloqueadores de sinal de celulares nos presídios é muito antiga. Ocorre que, os marginais Lideres de facções tipo, PCC, investem muito dinheiro em corrupção nos Presídios. É tanto dinheiro e o medo de ver a família sacrificada, através de chantagem e a própria execução que, fazem qualquer esforço para não desgostar estes lideres. Será uma grande arma de defesa e que vai cortar o canal de comunicação, também, do comando vermelho. Sei não! Acho muito difícil! A não ser que se use uma tática muito inteligente e corajosa!!!
Muito bom !! Mostrou a nossa realidade política . Infelizmente não anda bem…. Telma de Brasília .
Muito bom !! Mostrou a nossa realidade política . Infelizmente nnão anda bem….