Ė DURO QUANDO SE PERDE O RUMO E A GENTE COMEÇA A SE REPETIR!
A repetição de idÉias em um texto é, muitas vezes, fruto da negligência, da irresponsabilidade ou, até mesmo, da arteriosclerose aterosclerose. As vezes o cenarista é apanhado por essas armadilhas do inclemente processo de envelhecimento e acaba esquecendo coisas, aparentemente singelas, como, por exemplo, revisar um texto que acabou de produzir.
E isto ocorrem com o último texto gerado por um descuidado cenarista. Quando a apreciação até que seguia um bom caminho, a coisa desandou e, por duas vezes, a mesma idéia foi, inadvertidamente, repetida. Ato falho? Não! Mero esquecimento de alguém que, por lapso de memória ou por preguiça, não se deu conta de fazer a última revisão do texto. Ou, no pior dos mundos ou pior das hipótese, credite-se a uma “perseguição” severa do alemão — o tal de Alzheimer!
Assim, ficam as desculpas do cenarista junto a aqueles que, principalmente, por amizade, respeito e consideração , sistematicamente, estão a ler essas mal traçadas linhas e prometendo, “de pés juntos”, que fará tudo para não incorrer em tais descuidos e lapsos. Adicionalmente, já que se vive um período eleitoral onde a marca maior é fazer juras e promessas de toda ordem, não custa nada ao cenarista ingressar nesse clima e, pontificar com mais uma promessinha. Doravante, o cenarista promete esforçar-se para ser menos prolixo e, consequentemente, diminuir o tamanho dos seus textos. Dessa forma, a partir de agora, as análises e avaliações, tanto as econômicas como aquelas relacionadas ao processo político-eleitoral, se subordinarão a um determinado tamanho, algo como, no máximo, duas laudas.
É claro que, circunstâncias especiais ou fatos inusitados, merecerão a preocupação e a opinião do cenarista. Por exemplo, a decisão da CBF de criar um cargo nunca antes pensado, de Coordenador Geral de Seleções, ou um cargo de gerentão do processo de organização das equipes e dos dirigentes das várias escretes brasileiras de futebol que disputarão torneios, campeonatos ou eventos internacionais. Se a escolha de Gilmar Rinaldi já era algo polêmico por se tratar de um empresário de jogadores, mesmo que agora, haja se licenciado da atividade, levantam-se dúvidas e surgem incertezas sobre a sua capacidade de disciplinar e introduzir novas técnicas de gerenciamento do futebol brasileiro.
Se a escolha de Gilmar já foi objeto de reações pouco favoráveis, a definição do nome que irá comandar a seleção brasileira, depois da hecatombe de julho, no caso, de Dunga, chocou a muitos porquanto os resultados alcançados pelo treinador, quando esteve à frente da equipe canarinho, não foram convincentes bem como não conduzem a antever que ocorrerão mudanças capazes de atualizar, pelo menos, a tática, a técnica e a forma de conduzir do futebol brasileiro.
Para muitos, o problema do futebol está dentro do contexto da crise de valores, de princípios e de gestão que embaraça e dificulta o alcance das transformações estruturais e institucionais requeridas pelo País. Portanto, as expectativas em relação aos novos dirigentes indicados pelos velhos comandantes da CBF não são das mais promissoras. Talvez a presença de Alexandre Gallo e, quem sabe, de um Leonardo ou de um Zico, minimizariam as limitações de perspectivas, de conhecimentos e de credibilidade que a dupla Gilmar-Dunga enfrentará. Mas, existem coisas piores que o futebol e, infelizmente o País não está encontrando o seu eixo.
PARA PROVOCAR OS CANDIDATOS!