É O FIM DO CAMINHO!

A festa acabou! A decisão do Senado de respaldar o que havia definido o STF, reflete, pelo menos, duas coisas. A primeira, o medo dos políticos da reação de uma sociedade, à beira de um ataque de nervos e, a total descrença e desconfiança, manifestado por essa mesma sociedade, nas instituições, particularmente no Congresso. A segunda é que, a maioria dos membros da Casa como que, talvez por ter que dar explicações à Justiça, por delitos maiores ou menores, assume uma postura cautelosa para não querer demonstrar que estaria propensa a confrontar o Supremo. E isto parece ser tudo que a classe política não quer!

O próprio Supremo, temeroso da reação da turba, decidiu agir, não apenas respeitando a letra da lei mas, de uma certa forma, buscando ouvir a voz rouca das ruas, para não ser por elas atropelado! O próprio Supremo, temeroso da reação da turba, decidiu agir, não apenas respeitando a letra da lei mas, de uma certa forma, buscando ouvir a voz rouca das ruas, para não ser por elas atropelado!

Por outro lado, a prisão de Bunlai, o homem do “passe livre”, na segunda, agora aliada ao evento da prisão do Senador Delcidio Amaral ao lado de um dos pilares do sistema financeiro, o dono e dirigente maior do Banco Pactual, André Esteves, revelam que o cerco estreitou e já chegou aqueles que detém a maior soma de poder.

Aliás, nas delações de Cerveró e de Fernando  Baiano, além das já conhecidas insinuações do possível conhecimento de Lula sobre tudo o que ocorria, agora fica também patente que Dilma sabia do que ocorria na Petrobras bem como, no caso específico da aquisição de Passadena,  pelos depoimentos recentes, foi partícipe efetiva, com cobranças diretas, ao próprio Cerveró, sobre o “cumprimento” dos compromissos partidários assumidos quando da concertação do entendimento.

Assim, seria difícil, inclusive diante da decisão do Senado, até mesmo à própria sociedade, deixar de amparar e apoiar, a decisão do STF, de manter preso o Senador da República, em pleno exercício do mandato, fato este, primeiro e único na história republicana. E, as razões apresentadas pelos ministros mostram-se gravíssimas. Mas, o mais serio de tudo é que o processo, pelos seus desdobramentos e envolvimentos, parece agora, definitivamente, encaminhar-se para um desfecho!

Isto porque todos, quase sem exceção, os líderes e dirigentes maiores do partido dos trabalhadores — inclua-se aí Lula, amigos e familiares e, agora, a Presidente Dilma — e muitos que fazem a base de sustentação do governo, além das grandes empreiteiras e, expressivos nomes ligados ao sistema financeiro do País, estão envolvidos nesse processo de desmantelamento, desestruturação e destruição moral e ética do sistema político-administrativo nacional. Com isto, a única alternativa que resta é interromper o sangrar do País e abrir espaço para que, pelo menos, os problemas mais urgentes possam vir a ser enfrentados.

Não dá mais para esperar e não falta mais nada a investigar para que se defina os novos caminhos a serem trilhados pelo País pois ao demorar a ocorrer um desfecho, até a possibilidade  do chamado acordão ficará comprometida e, praticamente, inviável. Se a posição de Eduardo Cunha é quase insustentável, a de Dilma agora está por um fio. E, Delcidio e André Esteves são dois homens-bomba, ao lado de outros — Bumlais, Marcelo Odebretch e outros menos cotados — que chegaram ao limite e não pretendem mais pagar o preço por ninguém.

A tendência é que as revelações, a partir de agora, virão como a maré de lama do desastre ambiental de Mariana, onde não há mais como estabelecer elementos de contenção e proteção! Agora parece que é chegado o fim do caminho!

 

 

 

 

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